2012, o ano da regressão! – Teresa Isabel Silva

Quando penso que estamos a caminhar para um novo ano, sinto uma espécie de calafrios na coluna. E não é só porque os serviços de saúde estão caros para eu me tratar, mas assim, porque vão ficar piores.
Aliás, não é preciso ser perito em economia e sociologia para ver que as coisas cá pelo nosso modesto país vão ficar piores.

Seja como for temos que ver o lado positivo, as igrejas vão ter mais seguidores, este ano. Á falta de uma politica de confiança, resta-nos apenas agarrarmo-nos a Deus ou a qualquer outra entidade divina. Mas caros leitores, lembrem-se que Portugal está tão mal, que até as entidades divinas têm medo de vir para cá sob pena de terem que pagar algum imposto por estadia.

Com o ano a terminar, está na altura de fazer um balanço sobre 2012. Afinal de contas o mundo não acabou, tal como eu disse que ia acontecer (estava ansiosa para dizer isto), mas a economia portuguesas está mais errada do que o calendário Maia.

O pobre extraterrestre que me acompanhou ao longo de algumas crónica, deixou-se ficar pela Alemanha e garante que só volta se o nazismo recomeçar por esses lados.
O nosso parlamento, começou a parecer a casa dos Segredos, a única diferença é que no parlamento os personagens andam vestidos, mas a capacidade intelectual de cada um dá para que as pessoas mais atentas encontrem semelhanças com o programa televisivo.


O nosso presidente da Republica confessou que com a crise já teve que ir mexer nas poupanças. Que sorte para ele que ainda tem poupanças para mexer. Fica aqui o alerta para os governantes: Muitos portugueses já nem poupanças tem para usar.
E enquanto o ministro da economia brinca ao monopólio com o nosso dinheiro, nós ficamos a ver familiares e amigos a partirem para o estrangeiro.

Até para mim, foi um ano difícil. Mas também teve as suas coisas boas. Pelo menos eu, ao contrário do Miguel Relvas, já sou licenciada, e desfrutei dos prazeres se sentir que aprendi algo importante.
O paradoxo está em que eu queimei as pestanas e não consegui um trabalho estável, ele não queimou nada e tem aquilo a que se chama de emprego!

Portugal começou a sua viragem, e não estou só a falar da economia. Para aqueles que ainda pensam que no outro lado do mundo os chineses estão de cabeça para baixo, lembrem-se que eles pensam o mesmo de nós.

Crónica de Teresa Isabel Silva
Crónicas Minhas