Sabemos que a Terra dista 384.400 quilómetros do seu único satélite natural, a Lua. Esta distância representa o comprimento do segmento de reta que une a superfície dos globos a partir dos pontos mais próximos entre eles.
Trata-se de uma evidência tornada possível, pelo grau de conhecimento que confere à matemática o estatuto de ser uma ciência exata, de acordo com a qual nunca 42 poderá ser igual a 21, a menos que lhe subtraiamos algo.
Lembrei-me desta equação, a propósito da especulação em redor de ainda a Tasque Force criada pelo Governo, não ter vindo a público desmentir de forma inequívoca, a hipótese de vir a aplicar a resolução adotada no Reino Unido e na Dinamarca, e recomendada pela DGS, de aumentar para o dobro, ou seja, para 42, o prazo de dias entre as tomas da vacina da Pfizer.
Recordo que o prazo ideal fixado pelo laboratório é de 21 dias, ao passo que o da vacina da Moderna são 28.
Implicando a redução da eficácia da vacina demonstrada nos testes, esta decisão no mínimo bizarra, trairia a confiança dos portugueses nas Autoridades nacionais, baseando-se em que, quando o fármaco foi submetido à aprovação na Agência Europeia do Medicamento, já se sabia que só em casos excepcionais é que o laboratório responsável pela produção do mesmo, admitia alongá-lo até às 6 semanas.
A Ministra da Saúde em entrevista afirmou que não se queria ainda pronunciar, guardando declarações para quando estiver na posse dum parecer pedido à Autoridade Europeia, que a decidir favoravelmente ao que já acontece naqueles países, não levaria em conta a opinião do grupo de peritos que se manifesta contra.
A confirmar-se que Portugal integraria esse grupo de países, cumprindo as recomendações da DGS que já apontam nesse sentido, o Governo pregaria uma rasteira aos portugueses e acertaria um tiro no pé, despoletando uma hemorragia que, face à circunstância de poder passar horas numa ambulância à espera de ser atendido, poderia revelar-se fatal.
Não se ponham a inventar! Tem sido confiando nos especialistas que produziram a vacina, que até hoje milhares de portugueses deram o corpo ao manifesto e deixaram-se vacinar, na promessa duma imunidade percentualmente próxima do anunciado pelos testes realizados e não do zero, que é, quanto a mim, o número próximo da capacidade de utilização do cérebro, por quem acha que pode a vontade política sobrepor-se à dos cientistas dum laboratório com provas há anos dadas na produção de vacinas.
A esses eu pediria que, caso se tivessem pronunciado publicamente a favor desta intenção, viessem dar o dito por não dito (muitos políticos já não estranhariam). Que dessem o braço a favor dos especialistas. Que dessem o lugar a outro se concluíssem não estar à altura deste enorme desafio. Agora, não deem é a entender que controlam a situação e logicamente sabem o que andam a fazer.
Repitam que é tudo um mal-entendido. Tão grande, como a confusão que geram na cabeça dos portugueses, os avanços e recuos do Governo, como nos dias em que anunciam 10 medidas de combate ao Covid e para cada uma abrem 52 honrosas exceções.
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