A Máxima de Ladrão só Puta Só, Nem Sempre Resulta – Júlio Silva

A máxima de ladrão só puta só nem sempre resulta, que o diga o ladrão que foi na Segunda-feira caçado pela PSP de Lisboa.

Este artista de roubo ao produto alheio, era conhecido pelo “Solitário” fez 10 assaltos com sucesso, mas ao décimo primeiro teve azar foi apanhado com a boca na botija ou seja com os 300€ na mão, que tinha acabado de sacar numa farmácia em Telheiras.

Este ladrão, pode-se talvez chamar-lhe de ladrãozito, pois contentava-se com poucas quantias, além de ser um pouco assustador no modo operandos que utilizava.

Uma vez, que apresentava-se sempre de pistola em punho, com a qual intimidava as vítimas e entretanto roubava o dinheiro das caixas.

Os dez assaltos que este ladrão cometeu por toda a Lisboa, aconteceram no período de dois meses, e por descuido ou por vaidade este artista nunca se escondia dos meios de vigilância.

Sendo por esta razão, sempre identificado pelos meios de video vigilância dos estabelecimentos, onde nem uma sex shop, escapou às suas necessidades financeiras.

Este ladrão, mesmo assim conseguiu ludibriar a polícia durante dois meses consecutivos agachando-se sempre depois de mais um assalto cometido, estando em parte incerta até há última segunda-feira, onde a polícia o conseguiu prender antes de este voltar a se esconder.

Foi presente a tribunal na passada Terça-feira, para aplicação das medidas de coação.
Medidas estas que cá para mim, devem de ser apresentações periódicas no posto da sua residência.
Entretanto deve de ser julgado e deve de apanhar uma sentença de prisão para ai de três anos efetiva, e deve de sair ao passar do ano e meio por bom comportamento, e já com o curso profissionalizante de roubo especializado em “Solitário”.

Até ser de novo apanhado, e entrar mais uma vez na cadeia, para desta vez tirar o doutorado, mais que não seja por equivalência.
Se este ladrão, trabalha-se com um compincha, sempre tinha quem vigia-se a retaguarda deste e talvez não fosse apanhado assim tão depressa.

Para mais duas cabeças a pensar sempre dá mais resultado do que uma cabeça só, talvez se este trabalha-se com outro ladrão, este poder-lhe-ia ter chamado à atenção para ele ter cuidado por exemplo, com as câmaras de videovigilância dos estabelecimentos, digo eu não é…

Já uma prostituta, (puta) tem e não tem interesse em trabalhar sozinha, será 50% de risco que uma prostituta corre ao trabalhar só por exemplo na rua ou até num apartamento se não vejamos as vantagens e as desvantagens.
As vantagens, de trabalhar sozinha, é que não possuem concorrência por perto, podem oferecer ao cliente os seus serviços, sem ter que estar por vezes a sussurrar o que fazem ou não fazem, por aquela importância que pedem para fazerem o trabalhinho, digamos que é um mercado livre.

No entanto as desvantagens, que estas mulheres de vida fácil como lhe costumam de apelidar, por vezes sofrem de alguns clientes abusadores e até de alguns ladrões.
Digo abusadores, porque de vez em quando existe um ou outro cliente que chega junto destas empresárias por conta própria ou associadas a outro sócio, normalmente do sexo masculino, onde esse cliente ajusta o serviço, e depois de este estar realizado põe-se na alheta sem pagar o que ficou acordado desde o início.

Outros há, que vão mais longe, usam-nas e por cima ainda lhes roubam o pouco, ou em certos casos os muitos euros que estas têm ali no momento.
Como que não bastasse, ainda as agridem quando o resultado não acaba em tragédia (morte) da prostituta.
Há dias, vinha eu de Coimbra na estrada Nacional nº 1, quando ao chegar a Albergaria, me sai uma mulher meia despida a gritar agarra o ladrão e atravessa-se à frente do meu carro o que me obrigou a fazer uma travagem brusca para não a atropelar.

Ora como esta é uma estrada bastante movimentada, tanto por automóveis ligeiros como por camionistas, formou-se logo ali um ajuntamento de pessoas.
Com os carros, todos encostados há berma da estrada com os quatro piscas, onde o meu era o primeiro da fila, eu tive que sair para me inteirar do que se tinha passado.

Não foi lá muito boa ideia da minha parte, eu ter saído e até o eu ter parado o meu carro, para vir a descobrir o que eu já imaginava que tinha acontecido.
Pela simples razão, é que entretanto passou um carro da Polícia, que ao ver a mulher a quase nua aos gritos no meio da rua, parou o carro há frente e veio saber também estes o que é que se passava.
Só neste momento, é que todo o mundo ficou a saber, que tinha sido um cliente que fora com ela para o meio do pinhal fazer o serviço, e que depois de este estar feito não lhe pagou, assim como lhe colocou as mãos ao sutiã rasgando-o lhe roubou 150€ fugindo pelo pinhal fora.

Enquanto, a prostituta ia contando o que se passara aos polícias uma senhora tentava tapar-lhe as partes intimas com uma gabardine.
Mas a prostituta não queria ver-se tapada, como que aproveitando a sua nudez para fazer publicidade gratuita às partes íntimas do seu corpo, o que era o seu modo de vida, e o seu sustento.

No entanto, lá ia narrando aos agentes da polícia como é que tinha sido o roubo, afirmando que eu teria visto tudo, e foi aqui que eu sem saber de nada sem culpa alguma, tive que me identificar perante a polícia, e o caso não se complicou mais graças ao motorista de um camião TIR, que veio sempre atrás de mim desde Águeda, o qual confirmou que eu travei bruscamente para não atropelar a mulher que se tinha atravessado à frente da minha viatura.

Depois desta confusão esclarecida, ainda deu para nos rir-mos, com a situação, era a senhora com a gabardine cheia de boas intenções a tentar cobrir o corpo desnudado da prostituta, esta a esquivar-se, a polícia a mandar esta que se cobrisse porque estava na via pública em trajes não apropriados.
Esta a Prostituta, não ligando ao que a polícia dizia, e só gritava que não era justo ter feito o serviço e não ter sido paga e ainda por cima terem-lhe roubado o dinheiro que tinha ganhado com este corpinho.

Afirmação, que ela fazia, exemplificando com as mãos e gestos com qual das partes do seu corpo tinha ganhado aquele dinheiro.
A maior parte dos homens que ali estavam parados, mantiveram-se ali porque estavam a aproveitar um espetáculo de nudez feminina gratuito.
Ouve alguns, que quase que a comiam com os olhos, só falta dizer que esta prostituta não sendo uma das mais velhas que neste lugar atuam.
É no entanto, já muito bem conhecida como habitue naquelas paragens.

Deixando de ser já há imenso tempo uma mulher, jovem, vistosa, e que faça parar o trânsito.
Os seus clientes são na maioria sexagenários, e de vez em quando um ladrãozito meio frustrado, oportunista na maioria tóxico dependente.

Com tudo isto chego há conclusão, que tal e qual como o nosso ladrão “Solitário” se esta prostituta trabalha-se acompanhada, de certeza que teria evitado todo este espalhafato.
Dai eu dizer e afirmar que a máxima de ladrão só e puta só, nem sempre bate certo, que é como quem diz nem sempre resulta.

 

Crónica de Júlio Silva
A opinião de Júlio Silva