A passividade em Portugal – Augusta Ferreira

No outro dia li no jornal que um menor foi violado numa casa de banho pública por outro homem, e que enquanto estava a decorrer a violação a mãe estava em na porta da casa de banho batendo na porta com todo o desespero possível de uma mãe.

No final da violação o homem sai de dentro da casa de banho com as calças na mão e a população que lá se encontrava deu-lhe um valente enxerto de porrada.

Para quem tem poucos horizontes, fica contente, houve um criminoso que foi castigado em praça pública.

Mas para quem tem um pingo de decência na mente sabe que as coisas não podem ser assim.

Nessa mesma notícia já no final havia a informação de que duas turistas relataram à polícia que anteriormente à violação do menor esse mesmo canalha esteve a assediar e tocar outras crianças.

A meu ver, isto por si já merece uma chamada para a polícia para que levassem este pulha para que pudesse ver o sol aos quadradinhos para o resto da vida.

Mas parece que para quem bateu nesse nojento, só depois de cometer o crime é que as porradas lhe caiam bem. Infelizmente foi isso mesmo que aconteceu.

Se as turistas foram capazes de identificar que o alarve estava a fazer antes de violar o rapaz, porque é que o resto das pessoas que depois o agrediram não viram também? E em vez de lhe bater depois da violação, não o entregaram às autoridades para que o mesmo fosse responsabilizado pelos seus actos, antes do crime mais grave?

Isto faz-me lembrar na minha terra onde um atrasado mental que não tem outro nome violou a própria mãe e introduziu-lhe as mãos dentro da vagina e foi preso, isto porque os vizinhos chamaram a polícia porque a gritaria era tanta que eles tinham que fazer alguma coisa.

Não se engane car@ leirtor@, não foi a primeira vez que aconteceu, a irmã, essa sim que tinha uma deficiência mental, foi várias vezes ao hospital abortar, mas alguém fez alguma coisa nessa altura? Não. As pessoas só tinham boca para criticar o facto da rapariga abortar, porque por muito que uma mulher seja violada, o aborto é que é crime aos olhos de deus, um deus parvo que não evita que as violações acontecessem.

Esta passividade em Portugal, só faz do nosso país guarida de pedófilos, violadores, mal tratadores, traficantes de pessoas e outr@s nojent@s que o melhor favor que podiam prestar à sociedade é o suicídio.

Não contem comigo para esta parvalheira toda, se eu alguma vez vir um borrego assim na rua, mesmo não tenho dinheiro no telemóvel, como é hábito a chamada para a polícia será feita, mesmo que policia não possa fazer nada por não ofender a livre circulação desse asqueroso, mas pelo menos vai travar-lhe as intenções nesse momento.

Não é de passivos que este país precisa, é de gente de bem, que saiba lutar por uma sociedade justa, e tal e qual como na condução, prudente acima de tudo.



Crónica de Augusta Ferreira
Se eu acreditasse em tudo o que me dizes
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