Tanto no Brasil, como em qualquer outro país, existem pontos positivos e negativos. Uma das coisas mais sensatas e corretas na Lei brasileira, é a proibição do aborto. No Brasil, o aborto é tipificado como crime contra a vida humana pelo Código Penal Brasileiro, em vigor desde 1984, prevendo detenção de um a quatro anos, em caso de aborto com o consentimento da mulher, e de três a dez anos para quem o fizer sem consentimento. Porém, não é qualificado como crime quando praticado por médico capacitado em três situações: quando há risco de vida para a mulher causado pela gravidez, quando a gravidez é resultante de um estupro ou se o feto for anencefálico.
Existem líderes feministas tentando mudar esta realidade, alegando motivos sem nexo e sem base científica. Muitas dizem: “A mulher tem o direito de decidir sobre seu próprio corpo!”. Para começar, 50% dos fetos são mulheres, e, consequentemente, se forem alvo de aborto, não terão direito de decidir sobre seu próprio corpo. A frase dita pelas líderes já perde o sentido total apenas com este facto. Mas vai muito além disto. Na Lei, nenhum ser humano tem o direto para se magoar, ou seja se ferir. A pessoa pode sofrer processo por isto. Se alguém não tem direto legal nem para ferir a si mesmo, que dirá ao corpo dos outros. Sim, o feto não é extensão do corpo da mulher. Na gestação, o agente ativo é o bebê, e o passivo é a mãe. É ele quem determina o ciclo menstrual, a regulagem do líquido aminótico e é ele quem decide o momento de sair do corpo da mãe. Ele está unido à mãe por processos de nutrientes, até a hora de nascer. Portanto, não cabe à mulher a decisão de abortar ou não. Se a mulher não quer a criar o seu próprio filho, ela não tem esta obrigação, visto que existem listas intermináveis de pessoas estéreis, à espera de um bebê para adoptar.
Existem profissionais da saúde que defendem a legalização do aborto em alguns países, para reduzir o número de mortalidade materna por complicações pós aborto. Acontece que a grande maioria dos abortos que ocorrem no mundo, é fruto de irresponsabilidade, e não de recursos médicos ou informativos. O aborto é sim uma violência contra o próprio corpo, mas mais ainda, um crime contra a vida, que ninguém tem o direito de tirar, a não ser, é claro, como prevê na legislação brasileira, em casos muito específicos. O Brasil está, de fato, com um grande passo a frente nesta questão. Torçamos para que outros países, quem sabe um dia, possam se dar conta da verdadeira realidade do aborto, e mudar de posicionamento, com base nos princípios éticos, divinos, científicos e, por fim, à favor da vida, que é dádiva de Deus.
Boas. Eu apoio totalmente o aborto e sinceramente, muito pouco do que foi dito nesta crónica pode ser constituído como facto mas sim uma opinião pessoal devido a crenças religiosas. Claro que toda a gente tem direito a uma opinião pessoal, mas isso de dizer que quem apoia o aborto diz coisas “sem nexo e sem base científica” está totalmente errado.
Os factos verdadeiros são estes: no primeiro trimestre de gestação, o feto é nada mais do que um parasita no corpo da mulher (sugando nutrientes e causando mau estar no corpo e na pessoa) e não tendo consciência nem sentido de si, não pode ser definido como uma pessoa ou um ser humano, e por isso não deve ter os mesmos direitos que as pessoas. Seria algo ridículo.
Lembrando que a partir do primeiro trimestre, a mulher já não pode abortar porque o feto começa sim a desenvolver consciência, acho que as coisas estão bem como estão e espero que mudem as leis do Brasil num futuro próximo.
Quanto aos abortos serem fruto da irresponsabilidade, espero que nunca tenha acontecido a si ter relações sexuais e descobrir que o preservativo rasgou e/ou o método contraceptivo feminino deixou de funcionar correctamente (o que é perfeitamente normal). Fica aqui uma perspectiva diferente.
Olá Carla!
Bem,li o seu comentário e não concordei em partes..
uma delas é que não vi opiniões religiosas durante toda a crónica,outra é que não imagino como seja a sua vida,visto que você consegue tratar um feto humano como parasita,o aborto vai sim contra os direitos da vida,se estudar um pouco mais sobre cidadania e mundo actual este é um tema muito abordado,não sei se já parou para pensar em como seria se a sua mãe o tivesse feito ou se na data de hoje imaginemos ela fosse fazer e a operação corresse mal (como na maioria dos casos) como ficaria a sua familia? continuaria a defender um assassinato? porque isso é matar um ser até então indefeso..
enfim,desejo-te muita alegria e paz
Não concordo com aborto exceto em casos muitos excepcionais, quando de fato isso se faz necessário. É fácil dizermos que temos livre arbítrio sobre a nossa vida, contudo,a prática do aborto implica também, em arbitrar sobre a vida de alguém que não pode defender-se. Também é fácil dizermos que somos apenas um aglomerado de células no início de nossa formação no ventre materno,que somos um protótipo, ou um vegetal sem ligações nervosas antes do terceiro mês de gestação porque vivemos. Somente por isso, que podemos expressar nossa opinião. Você que lê esse comentário, o faz porque ninguém tentou te abortar. Digo isso como alguém que foi vítima de uma tentativa de aborto frustrada. Minha mãe tinha muito boas razões para abortar-me, mas milagrosamente não funcionou… Agradeço a Deus pela minha vida, e minha mãe também, pois hoje na sua velhice já com oitenta e cinco anos e sendo viúva ela está sendo cuidada por mim.
13 Pois tu formaste o meu interior,
tu me teceste no seio de minha mãe.
14 Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste;
as tuas obras são admiráveis,
e a minha alma o sabe muito bem;
15 os meus ossos não te foram encobertos,
quando no oculto
fui formado e entretecido como nas profundezas da terra.
16 Os teus olhos me viram a substância ainda informe,
e no teu livro foram escritos todos os meus dias,
cada um deles escrito e determinado,
quando nem um deles havia ainda.
17 Que preciosos para mim, ó Deus, são os teus pensamentos!
E como é grande a soma deles!
18 Se os contasse, excedem os grãos de areia;
contaria, contaria, sem jamais chegar ao fim. (Sl. 139.13-18)
Sociedade Bíblica do Brasil. (2003; 2005). Almeida Revista e Atualizada.
Sempre fui a favor do aborto. Essas pessoas “Sem base científica” que fala tem mais base cientifica que o texto que está aqui.
De um ponto de vista biológico, quando o feto se começa a formar é apenas um aglomerado de células que se agregam entre si. Começa com o ovo a dividir-se uma e outra vez em mais células até que estas se começam a diferenciar e a formar partes do corpo.
Pelos conhecimentos cientificos de hoje em dia (tirando, obviamente, os que estão contaminados por ideologias religiosas), é possivel afirmar que o protótipo do ser humano só se começa a formar realmente a partir do terceiro trimestre. Porque antes disso é um vegetal, sem ligações nervosas.
Dizer que mesmo assim é um potencial ser humano, é a mesma coisa que estar contra a pílula do dia seguinte, ou a pílula normal. Acabam por ser mini-abortos, mas como é numa altura em que ainda se estão a dividir as células a população em geral não vê problemas nenhuns.
Quanto à parte da irresponsabilidade, sublinho o que a Carla Vieira escreveu em cima e ainda acrescento : é muito bonito dizer “engravidaste, agora desenrasca-te”, ninguém se lembra é que muitas vezes o que vem é um bebé mal amado porque a mulher não o queria ter e mal tratado o resto da sua vida.
Qualquer pessoa que estude psicologia, percebe o que uma depressão pós-parto da mãe e a recusa dela pelo filho podem fazer à criança. E sim, isso é violento. O aborto não.
A criminalização do aborto leva à sua prática clandestina.
Aí, estaremos perante o problema das graves complicações e mesmo a morte de algumas mulheres. A despenalização do aborto que em Portugal foi sujeita a referendo (e isto sim é estar um passo à frente), permitiu não só à mulher ter poder de decisão (e cada uma sabe de si) como também usufruir de cuidados médicos necessários e adequados.
Respeito a sua opinião mas acho que abordou um assunto demasiado delicado sob um ponto de vista muito generalista e por motivos francamente levianos.
Aborto é um assunto polémico demais para ser justificado com religião (que tem tanto ou mais que se lhe diga).
Justificar a vida ou o fim dela com base em Deus pode por em causa a longevidade humana. A mesma ciência que põe fim à vida também cria vida e dá a imensos casais que nunca poderiam ter um filho a oportunidade de o ter, não me parece que Deus seja também a favor disso, seguindo a mesma linha de pensamento.
Sendo um homem (pelo menos o primeiro aqui a comentar)acho que o aborto deve ser permitido, apenas para deixar essa decisão à mulher ou ao casal.
É complexo demais para a sociedade decidir, a sociedade deve permitir a escolha aos intervenientes, o estado tem a função de acompanhar de todas as maneiras possíveis essa escolha.
Olá,
Sou contra o aborto. Gente, quem não quer ter filhos que tome as medidas cabíveis para a prevenção de gravidez! Acho ridiculo mulheres sem total discernimento falar que é a favor do aborto se não tem a capacidade de se cuidar!
A questão que entra aqui agora, não é sobre religião (como comentarios anteriores). A questão agora é a LEGISLAÇÃO! O Estado em si tem a obrigação de destribuição de métodos contraceptivel, para que justamente o cidadão tenha conhecimento e acessibilidade de prevenção!(quem quiser aprofundar os conhecimentos e conhecer ALGUNS de seus direitos, por favor peço que procurem a CONSTITUIÇÃO FEDERAL/88)
Ora, por que acham ruim a punição do aborto com ou sem o conscentimento da gestante (previsto no Código Penal,artigos 125 e 126)Se o Estado ja fez a sua parte anteriormente (com a distribuição de metodos contraceptíveis)e cabe AGORA o total discernimento dos respectiveis “pais”?
Cabe falar tambem sobre a saude da gestante, pré ou pós aborto.. mesmo com profionais qualificados e com a autorização da Justiça (em casos de estrupo e caso fortuito)há possibilidades de problemas serios. E CASO legalizar o aborto, já pararam pra pensar quantos trilhoes de casos iriram ter? Contando com crianças, adolescentes?? Seria horrivel.. ai já entraria outro aspecto: O Estado teria condições de bancar todas essas IRRESPONSABILIDADES?
Resumindo..
Isso é consequencia da irresponsabilidade! E nao adianta choramingar depois. Se não quer ter o filho,CUIDE-SE… Caso tenha se descuidado, dê para as instituições, pois tenho certeza que será melhor amado por outras pessoas mais responsaveis… Não tem coragem de dar? pense bem antes de fazer entao!
ABRAÇOS!
Como já tido anteriormente, falar de ABORTO é demasiado complexo e delicado, igual debater politica, religião e eutanásia, por exemplo!
Independente de embasamentos científicos ou religiosos, acredito que cada um tem direito de defender os seus princípios!
Eu particularmente sou contra o aborto, pois nós temos livre arbítrio sobre as nossas vidas, no entanto vale ressaltar que não temos livre arbítrio sobre a vida que carregamos (gestação), levando em consideração a quantidade de métodos que existem nos dias atuais para se previnir gravidez indesejadas, não podemos ignorar o fato de que “acidentes” acontecem, porém cabe a cada um se responsabilizar pelos seus atos, concordo plenamente com as exceções que a legislação Brasileira concede para tal assunto! Sem me prolongar muito, deixo bem claro, que tenho conhecimentos, cientificos e religiosos, sobre prós e contra do aborto, porém fiz questão de deixar aqui a minha opnião baseadas nos meus princípios de cidadão esclarecido! Respeito a opnião de todos, no entanto nunca é demais tentar enxergar os dois lados do problema aqui exposto e tentar se por no lugar do outro, e se aquele feto abortado fosse você?