Aborto, Legal?! – Bárbara S. Delazeri

Tanto no Brasil, como em qualquer outro país, existem pontos positivos e negativos. Uma das coisas mais sensatas e corretas na Lei brasileira, é a proibição do aborto. No Brasil, o aborto é tipificado como crime contra a vida humana pelo Código Penal Brasileiro, em vigor desde 1984, prevendo detenção de um a quatro anos, em caso de aborto com o consentimento da mulher, e de três a dez anos para quem o fizer sem consentimento. Porém, não é qualificado como crime quando praticado por médico capacitado em três situações: quando há risco de vida para a mulher causado pela gravidez, quando a gravidez é resultante de um estupro ou se o feto for anencefálico.

Existem líderes feministas tentando mudar esta realidade, alegando motivos sem nexo e sem base científica. Muitas dizem: “A mulher tem o direito de decidir sobre seu próprio corpo!”. Para começar, 50% dos fetos são mulheres, e, consequentemente, se forem alvo de aborto, não terão direito de decidir sobre seu próprio corpo. A frase dita pelas líderes já perde o sentido total apenas com este facto. Mas vai muito além disto. Na Lei, nenhum ser humano tem o direto para se magoar, ou seja se ferir. A pessoa pode sofrer processo por isto. Se alguém não tem direto legal nem para ferir a si mesmo, que dirá ao corpo dos outros. Sim, o feto não é extensão do corpo da mulher. Na gestação, o agente ativo é o bebê, e o passivo é a mãe. É ele quem determina o ciclo menstrual, a regulagem do líquido aminótico  e é ele quem decide o momento de sair do corpo da mãe. Ele está unido à mãe por processos de nutrientes, até a hora de nascer. Portanto, não cabe à mulher a decisão de abortar ou não. Se a mulher não quer a criar o seu próprio filho, ela não tem esta obrigação, visto que existem listas intermináveis de pessoas estéreis, à espera de um bebê para adoptar.

Existem profissionais da saúde que defendem a legalização do aborto em alguns países, para reduzir o número de mortalidade materna por complicações pós aborto. Acontece que a grande maioria dos abortos que ocorrem no mundo, é fruto de irresponsabilidade, e não de recursos médicos ou informativos. O aborto é sim uma violência contra o próprio corpo, mas mais ainda, um crime contra a vida, que ninguém tem o direito de tirar, a não ser, é claro, como prevê na legislação brasileira, em casos muito específicos. O Brasil está, de fato, com um grande passo a frente nesta questão.  Torçamos para que outros países, quem sabe um dia, possam se dar conta da verdadeira realidade do aborto, e mudar de posicionamento, com base nos princípios éticos, divinos, científicos e, por fim, à favor da vida, que é dádiva de Deus.


Crónica de Bárbara S. Delazeri
Histórias, lugares e factos