As coisas boas da crise – Maria João Costa

Sim, há coisas boas. Que mania a do leitor, de não conseguir ver o lado positivo do que parece não ter outro lado se não a “tragédia, o horror, o drama” (se se lembrou do Artur Albarran, era esse o objectivo).
Não quero criar muitas expectativas, não vai sair daqui uma lista como se dos “10 mandamentos” se tratasse, mas vou tentar deixa-lo a pensar de uma forma mais positiva, só para começar melhor a semana.
Quando os jornais lhe dizem, pela milésima vez, que os combustíveis vão aumentar, pense que andar na estrada é mais seguro. Os condutores andam mais devagar, gastam menos; os que ligavam o carro para ir ao supermercado a 500 metros de casa, já vão de bicleta; e os que trabalham nos grandes centros urbanos, aprenderam que o metro é um excelente meio de transporte (tirando os dias de greve, mas não vamos pensar nisso agora).
A questão das férias. O portuga, que conhece mais cidades na europa do que as de Portugal, passou a adoptar o slogan “Faça férias cá dentro” como máxima, foi ao Google e percebeu que há imagens giras sobre o nosso país. A economia agradece, o senhor António do café também, e a D. Elisa dos gelados até já consegue dinheiro suficiente para comprar os livros todos da mais nova. Ficamos todos a ganhar, porque na terra de D. Afonso Henriques também há sol e praia.
Humoristas com emprego garantido. A crise é uma piada fácil. Os políticos, personagens principais. A sociedade, o público satisfeito. Qualquer frase do Primeiro-ministro bem interpretada tem piada; é só acrescentar uma entoação exagerada e interpretar com muita confiança. O público faz o resto, ri-se, porque em alturas como esta é “o que se leva desta vida”.
E até me lembro de mais algumas, mas estou a ficar com pouco espaço e o leitor tem coisas mais interessantes para fazer, como por exemplo, ver os sites da Planeo; férias com 50% desconto, quem é que não gosta? Assim já vai começar melhor a semana.

 

Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez!