Já sabemos – chegamos a essa conclusão por diferentes exemplos – que os economistas do FMI não sabem como governar um país e dão instruções a um primeiro ministro como quem dá instruções a um CEO de uma empresa. A última do género é a necessidade de baixar a despesa em 4 mil milhões de euros.
Mas onde? Para um governo neo-liberal como o de Passos Coelho é fácil: corta-se no Estado Social. Pior a emenda que o soneto. Não adianta muitas explicações para não maçar o leitor com factos que já referi noutras semanas.
O Seguro pode não ter “estaleca” para aquilo, mas numa coisa tem razão: é preciso cortar no aparelho do Estado, não necessariamente no Estado Social e não de cortes pontuais. E essas “receita” só se consegue com reformas de fundo, mas pensadas com tempo e cabeça, com decisões devidamente ponderadas. E muito provavelmente, a médio longo prazo, essas reformas levam a poupanças muito superiores a 4 mil milhões de euros.
Crónica de João Cerveira
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RIP Noção