Conveniência, não caso.

Mais um dia de chuva. As nuvens brancas apoderam-se do lindo céu azul. Onde está o Verão?

Onde estão os dias quentes, com o sol radioso?

Mais um dia e o sol não aparece. Não posso ir a rua. Fico por casa a fazer zapping. Num dos canais apareceu um programa estranho. Estranho porque falava de situações que ninguém, no seu perfeito juízo, iria se lembrar. A novidade que foi tratada no programa foi referente aos casamentos. Ui não estejam a pensar que vou falar de casamentos com pessoas do mesmo sexo, não. Isto já não era uma novidade. E talvez aquilo que vou dizer também não seja novidade para muitos. Para mim é! Fiquei boquiaberta quando ouvi esta notícia. Cada vez mais os casamentos são tardios, pensamos nós. Mas enganem-se redondamente. Parece que o relógio biológico das pessoas está a mudar e já sentem palpitações muito cedo. Poucos anos depois de nascer, sentem uma enorme vontade de casar. Ah pois! Já não pensam em brincar. Brincar, isso é para gente crescida. Esta (gente) brinca muito e às vezes em demasia. Mas isso já são contas de outro rosário!

Não se acreditam? Acredito que o casamento está nos genes e quando encontra alguém do sexo oposto, isto normalmente, comunica com o coração e é só palpitações. Depois aparecem as borboletas no estomago. Os pensamentos começam a voar como passarinhos. Tudo começa a desvairar e a pessoa sente-se nas nuvens.

Aconteceu isso comigo e convosco também deve ter acontecido. Ou não?

Não me acredito que seja tão cedo. Num país algures no mapa, os pais casam os filhos com 5 ou 6 anos. Mais cedo no podia ser. Mal sabem escrever o nome e dizer aquelas palavras bonitas e juras de amor que nem sequer sentem. Provavelmente, hoje em dia muita gente mais velha faz e também não o sentem verdadeiramente.

Pensem comigo. Isto não vos cria estranheza? Como é que as crianças se podem casar tão cedo? Qual é vantagem para elas? Para os pais também são poucas porque, como as coisas são, estão todos de costas voltadas por causa dos bens materiais. E o amor, onde está?

As crianças não têm maturidade suficiente para dar um passo destes. Um passo tão grande tem que ser dado com consciência. Tem que se saber o que realmente se quer. Depois mais tarde, aparecem aqueles problemas que ninguém sabe resolver e o caminho mais fácil é o divórcio.

Eu aconselho: Não façam casamentos por conveniência. Na base de um casamento tem que haver amor. É para toda a vida! Já viram o que é aturar a mesma pessoa a vida inteira? Se não tivermos aquele sentimento, vamos chegar a um ponto que não queremos ver mais nada à frente e acontece o pior.

Casem-se na idade mais oportuna! E pensem que a vida foi feita para viver!