Deixe a raiva secar – Bárbara S. Delazeri

Por estes dias, publicou-se uma história, de autor desconhecido, que passava uma belíssima lição. Uma menina havia ganhado um brinquedo de sua mãe, um conjunto de peças de cozinha. Quando ela e sua mãe iam sair, uma amiguinha, por sua vez, pediu emprestado. A menina emprestou, mas com muito receio e medo que a amiga estragasse seu belo presente. E ela saiu com sua mãe. Quando retornou, viu no pátio da casa da amiguinha, seu brinquedo todo quebrado. Ficou furiosa, e disse à mãe que iria brigar com a amiga e tirar satisfações. Entretanto, a mãe lhe disse:

“Filha, lembra-se de quando você saiu com seu vestido branco, e um carro passou e jogou barro nele?! Quando você chegou em casa, queria lavá-lo rapidamente. Contudo, o que sua avó lhe disse?” A menina respondeu:

” Disse que eu deveria deixar o barro secar primeiro, que depois ficaria mais fácil de limpar.” E Então a mãe concluiu:

“Pois, minha filha. Com a raiva é a mesma coisa. Deves deixar ela passar.”

A menina ficou a pensar naquilo. Depois de algumas horas, apareceu sua amiguinha, com uma embalagem de papel, e lhe entregou, com muita vergonha, e disse:

“Peço imensa desculpa, sabe aquele nosso vizinho da rua de trás?! Ele quis brincar comigo, e eu não deixei, então ele quebrou todo seu conjuntinho, de raiva. Então minha mãe foi correndo comprar outro.” Então a menina respondeu:

“Não tem problema, amiga. Minha raiva já secou.”

Podemos concluir com esta bela história, que de facto, devemos deixar a raiva “secar”. Quando estamos irados, nossa tendência é tomar atitudes precipitadas e que, na maioria das vezes iremos nos arrepender depois. A raiva nos deixa cegos e nos torna injustos. Tudo têm uma explicação. Portanto, nunca devemos nos precipitar. Assim, estaremos fazendo um bem tremendo para nós, e para os que conosco convivem.


Crónica de Bárbara S. Delazeri
Histórias, lugares e factos