Dia a Dia – Queremos cumprir, mas………… deixam-nos com muita dificuldade

No fim de semana passado estive com uns amigos e em conversa, fiquei a saber que os mesmos tinham recebido uma conta exorbitante de luz, à volta de 1000€, os mesmos ligaram logo para a linha de apoio da EDP, para solicitar uma forma de fraccionarem esse valor, pois eles queriam pagar, mas não tinham meios de o fazer logo de uma vez. Um dos conjugues encontra-se desempregado e o outro apenas recebe o ordenado mínimo, e têm 3 filhos para criar, como tal querem pagar, mas tem que lhes ser dada uma forma de o poderem suportar, pois para além dessa factura de acertos, ainda tem a factura mensal que também tem que conseguir pagar, para não se verem privados de energia.

A muito custo, e depois de muito insistência por parte dos meus amigos, o operador lá os informa que podem fraccionar a dita factura em 6 meses, menos mal, assim já se pode tentar.

Como se costuma dizer uma desgraça nunca vem só e fiquei a saber que também tinham recebido um telefonema do banco a informar que tinham que comparecer logo na segunda-feira de manha para uma reunião, pois estavam em vias de ir para ao contencioso.

Quando os meus amigos me disseram isso, perguntei-lhes logo se tinham alguma prestação em atraso (infelizmente o conjugue desempregado já esta nessa situação à bastante tempo) daí a minha pergunta, ao que me responderam logo que nem pensar que tem pago a mensalidade com algum atraso, mas um atraso de dias e que todas estão pagas, perguntei se tinham algum outro tipo de empréstimo, o que me informaram logo que não, apenas o empréstimo da casa.

Achei realmente muito estranho, pois se realmente é assim como me dizem, não havia razão alguma para os mesmos terem recebido um telefonema ameaçador de contencioso.

Por fim hoje lá consegui falar com eles e então disseram-me que após vários documentos apresentados que provam que realmente o que dizem é verdade que um dos conjugues esta desempregado e que o outro recebe apenas o ordenado mínimo (não sei para que tanta burocracia, pois o que ambos recebem é através do banco), lá conseguiram que o banco não os manda-se para o contencioso e ainda lhes tentaram arranjar mais soluções para os aliviar um pouco.

Do que se passou apenas posso verificar que se realmente não nos tentamos mexer fazem de nós o que querem, se não provassem que realmente querem pagar, mas não pode ser como as entidades querem, mas sim como eles podem, estavam se calhar prestes a ficar sem luz e sem casa.

Crónica de Ana Couto
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