Escrevo a exatamente uma semana de distância das eleições presidenciais norte americanas. Donald Trump, candidato republicano, ou Hillary Clinton, do lado dos democratas: um destes dois candidatos será o próximo presidente dos Estados Unidos da América (EUA).
Pela primeira vez na sua história, os norte americanos tiveram na presidência do seu país um cidadão afro americano, Barack Obama. Após dois mandatos na Casa Branca, os EUA farão história, novamente. Poderão vir a ter o primeiro presidente proto fascista da sua história, ou a primeira mulher a sentar-se na desejada cadeira da sala oval situada na Casa Branca, em Washington DC.
Donald Trump, no dia em que escrevo, surge em primeiro lugar nas sondagens do jornal Washington Post e da cadeia noticiosa televisiva ABC. Isto dois dias após o FBI ter anunciado a retoma das investigações aos emails duvidosos recebidos por Hillary Clinton, o que parece ter influenciado de alguma forma o resultado dessas sondagens, porque mesmo tendo sido efetuadas antes da revelação do FBI, já muito se falara dos emails da ex-primeira dama e também ex-secretária de estado.
Só um episódio destes poderia fazer a balança desequilibrar-se para um dos lados. Se é certo que os EUA votam quase sempre nas mesmas candidaturas em quase todos os estados, poderemos ver que as sondagens apontam para que Hillary vença em quase todos os estados costeiros; porém, se Trump conseguir avançar e vencer o estado da Florida, ele poderá vencer as eleições.
Trump vencerá as eleições? Talvez sim, talvez não. Mas ele conseguiu resistir às suas próprias armadilhas de comentários sexistas e chauvinistas, atitudes racistas e xenófobas, e favorecedoras de um regresso a um passado obscuro, sem esquecer a amizade com Putin e os desejos de contato com os norte coreanos. E se Hillary tiver os seus emails vasculhados e divulgados na comunicação social, os EUA e o mundo poderão ver um novo presidente norte americano, e um rol de novos problemas e ausência de soluções. Espero que Hillary vença, porque isso significa que Trump perde.
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