Elie Saab

Sem me aperceber do rápido que passou Fevereiro, chegou um novo mês e como tal um novo artigo. Este será completamente diferente das edições anteriores. Em vez de vos dar dicas, de vos mostrar sugestões ou tendências, vou falar-vos de um ponto de vista muito pessoal.

Trago-vos então um texto sobre o meu, ou um dos meus, estilistas preferidos. Sou fã número um de todas as coleções deste senhor e da capacidade que tem de me fazer sonhar e desejar que ao menos um dia tenha um dos seus exemplares comigo. Quem se interessa pelo tema, com certeza já ouviu falar dele e senão, aqui tem uma ótima oportunidade para ficar a conhece-lo através deste artigo, com uma pequena biografia e alguns dos seus trabalhos, e quem sabe, ficar tão apaixonado pelas suas criações como eu.

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Com tudo isto estou então a referir-me a Elie Saab; o estilista de moda, autodidata, libanês que nasceu em 1964. Elie, é de Beirut, de uma família a quem a moda não fazia parte do seu currículo.

É curioso que o seu interesse por este tema começou muito cedo, por volta dos 9 anos, quando aplicava padrões que encontrava em jornais, nas peças de roupa do armário da sua mãe, usando as suas irmãs como manequins.

Em 1982 abriu um atelier de couture em Beirut quando tinha apenas 18 anos, contando com uma pequena equipa de aproximadamente uma dúzia de empregados. Começou por especializar-se em bridal couture, usando materiais muito ricos como renda, bordados detalhados, pérolas, cristais e seda. Começou por apresentar a sua coleção às mulheres que viviam na vizinhança, fazendo assim com que a sua reputação fosse crescendo até transcender a fronteira de Beirut, atraindo mulheres da alta sociedade que desejavam um dos seus vestidos.

Em 1997 foi o primeiro designer não italiano a fazer parte da “Italian Camera Nazionale della Moda” e nesse mesmo ano apresentou a sua primeira coleção fora do Líbano, em Roma. Pouco depois começou a linha ready-to-wear em Milão onde fez um desfile de moda que contou com a presença da Princesa Stéphanie do Mónaco.

Foi convidado pela “chambre syndicale de la haute couture” em 2000 em Paris, onde apresentou quatro coleções por ano (alta costura e ready-to-wear) e onde seis anos mais tarde se tornou um membro oficial.

Ainda que a sua fama já fosse bastante considerável, o grande boom ocorreu depois de ter sido o primeiro designer libanês a vestir uma vencedora de um Óscar: Halle Berry em 2002.

Elie-Saab-Dresses-Halle-Berry-13th-Annual-Costumer-Designers-Guild-Awards-Red-Carpet-Celebrity-Dresses-CustomDepois disto já vestiu várias celebridades tais como Christina Aguilera, Angelina Jolie, Taylor Swift, Mila Kunis ou mesmo Catherine Zeta-Jones. Em 2011 lançou a sua primeira fragrância “Le Parfum” que foi bestseller em mais de 15 países.

Tem um estilo muito único, uma verdadeira fusão entre a cultura do Este e do Oeste, usando alguns materiais como o tafetá, organza, cetim ou renda junto a tecidos mais fluidos e leves. Além de tudo isto, tem uma capacidade incrível de combinar e jogar com as diferentes cores e padrões.

 A junção dos detalhes intrigantes com os tecidos ricos e esvoaçantes, origina peças que transbordam beleza e enaltecem o feminino, sendo esta a sua imagem de marca e que fazem com que na minha opinião, seja impossível não gostar de todas as suas coleções.
Embora a principal crítica ao seu trabalho seja o facto de nunca sair muito do mesmo registo, a verdade é que para mim, está perfeito como está e tem resultado na perfeição ao longo dos tempos, transformando-se na sua imagem de marca. Passando por vestidos alta costura e outros na secção ready-to-wear, o melhor mesmo é verem por vocês mesmos a seleção dos meus preferidos, porque uma imagem, principalmente neste caso, vale mais que mil palavras.

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E então ? Ficaram tão fãs como eu? Acho que é situação para dizer- ” the best things in life are free, the second best are very expensive”

Artigo de Alissa Oliveira