Crônica de despedida: Aborto; Aprender Inglês; Casos de Assassinatos – Bárbara S. Delazeri

Hoje, cá estou para despedir-me dos queridos colegas e leitores do Mais Opinião, pois eu e meu marido, após um ano vivendo cá, iremos retornar ao Brasil, findando assim, nossas actividades em Portugal. Este belo país, repleto de cultura, foi cenário de grandes momentos para mim e para meu amado marido. Aproveitamos muito do que Portugal tem a oferecer, e agora, voltaremos à nossa terra. Sou uma amante das línguas, e também da Biologia, e cá em Portugal temos excelentes e conceituados escritores, bem como belíssimos Zoológicos e Oceanários, que me possibilitaram momentos de grande aprendizado e lazer.

Escrever no Mais Opinião foi gratificante tanto no sentido pessoal, como profissional. Agradeço à todos os colegas, em especial ao nosso Director Filipe Vilarinho, por ter valorizado meu trabalho e minhas experiências profissionais, desde o momento em que recebeu o meu currículo, mostrando-se sempre atencioso e prestativo. Gostaria então, de comentar sobre minhas três crônicas mais lidas: “Aborto, Legal?!”, “A importância de aprender inglês”, e “Casos de assassinatos por psicopatas”.

Sobre a crônica “Aborto, Legal?!”, gostaria de dizer que creio que para criarmos uma opinião, temos que nos basear em factos. Eu e meu marido não possuímos religião, somos cristãos. Religião aprisiona, a fé em Jesus liberta. É nisto que cremos, mas independente disto, na crônica, citei apenas argumentos científicos, biológicos e Legais, para justificar o posicionamento de muitos países, que são contra o aborto.

Em 1971 o Supremo Tribunal de Justiça dos EUA pediu a mais de duzentos cientistas, entre os mais prestigiados especialistas americanos, que elaborassem um relatório sobre o desenvolvimento embrionário. Esse documento diz o seguinte, resumidamente: “Desde a concepção a criança é um organismo complexo, dinâmico e em rápido crescimento. Na sequência de um processo natural e contínuo o zigoto  irá, em aproximadamente nove meses, desenvolver-se até aos triliões de células do bebé recém-nascido. O fim natural do espermatozóide e do óvulo é a morte, a menos que a fertilização ocorra. No momento da fertilização um novo e único ser é criado.” O valor científico destas afirmações é inquestionável, pois constam dos livros adotados  pela maioria das Faculdades de Medicina dos EUA. Independente do facto de que, é somente no terceiro mês que o feto passa a ter consciência, à partir do momento da concepção ele já é uma vida, do ponto de vista biológico. Ou seja, aborto sempre será um assassinato.  Logicamente, o bebê não é extensão do corpo da mãe, ela não tem direito Legal para decidir se ele viverá ou não. No Brasil, o aborto é proibido, por ser crime contra a vida, baseado nas diversas questões científicas. Logicamente que existem casos, em que é permitido, quando põe em risco a vida da mãe, por exemplo. Mas, infelizmente, 94% dos abortos realizados não tem uma justificativa como esta.  A Lei objetiva proteger não só a vida do bebê, mas também a da mãe, que após um aborto voluntário, pode ficar estéril, ou ter hemorragias, infecções, baixa auto-estima, frigidez, culpa, dentre vários outros problemas. Certamente que quem já passou por um aborto, sabe que, de uma forma ou de outra, além dos sofrimentos físicos, sofre-se emocionalmente. A pílula anticoncepcional existe, justamente, para os casais que ainda não desejam ter filhos, como no início do casamento, quando estão a se estabilizar financeiramente. Enfim, abortar, não é um ato de amor, que é o sentimento mais nobre e belo que une um casal.

“Zigoto. Esta célula resulta da fertilização de um oócito por um espermatozóide e é o início de um ser humano… Cada um de nós iniciou a sua vida como uma célula chamada zigoto. Da união de duas células, espermatozóide e oócito, resulta o zigoto e inicia-se a vida de um novo indivíduo.”(K. L Moore. The Developing Human: Clinically Oriented Embryology.)
“Sempre que um espermatozóide e um oócito se unem, cria-se um novo ser que está vivo e assim continuará a menos que alguma condição específica o faça morrer”. (E. L. Potter, M. D., and J. M. Craig, M. D Palhology of lhe Fetus and lhe lnfant, 3rd Edition.

Independente de tudo isto, é claro que cada um tem a sua opinião e pode decidir se é contra ou à favor do aborto. E foi muito bom saber a opinião de cada um dos estimados leitores.

Já sobre a crônica “A importância de aprender inglês”, gostaria de destacar, que cá em Portugal, é admirável os bons conhecimentos da língua, da parte dos portugueses, bem como o nível de exigência das escolas. Realizei um curso intensivo cá, e ampliei meus conhecimentos de forma estupenda. Foi algo realmente gratificante.

A crônica “Casos de assassinatos por psicopatas”, lembrou um triste e chocante episódio que chocou o Brasil: O assassinato da menina Isabella Nardoni. Foi no ano de 2008, mas dá o que falar até hoje, pela forma brutal que a pobre criança foi morta: arremessada do sexto andar de um edifício em São Paulo.  O pai e a madrasta da menina foram responsabilizados, julgados e condenados à prisão. Ambos, tiveram seus perfis definidos como psicopatas, que são 4% da população mundial. Obviamente que uma pessoa com este perfil não destrói apenas a sua vida, mas sim, a de todos aqueles à sua volta. Neste caso, ficou a ferida nos corações daqueles que amavam a pequena Isabella. Por fim, para refletir, deixo uma frase, de Willian Shakespeare, que diz: “As pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa, por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos”.

Enfim, queridos leitores. Aqui encerra-se o meu trabalho no Mais Opinião. Espero que todos tenham gostado. Procurei escrever sempre com princípios de ética, respeito e amor. Quero deixar a todos o meu agradecimento, pela atenção que me têm dado, desde o dia em que passei a fazer parte desta equipe de grandes mestres do Jornalismo. Um grande abraço a todos!