Final em Amsterdam – Sabine Borges

Após uma noite penosa no passado sábado, no Estádio do Dragão, em que o Benfica perde uma considerada final no tempo compensatório, volta a perder da mesma forma mas desta vez com o grande Chelsea e a final da Liga Europa. Apesar de existir uma grande (se não enorme) diferença entre estas duas derrotas, tendo em conta que na final europeia debateu-se com garra contra uma grande equipa, tornando esta derrota injusta, a verdade é que não podemos deixar de questionar o verdadeiro motivo de um fracasso destes. Uma equipa como o Benfica, uma grande equipa como esta, não se pode “dar ao luxo” de “queimar” tempo, na espectativa de adiar um resultado. Cometeu um grande erro contra o Porto ao adiar a conquista do campeonato e apenas jogar para o empate, e contra o Chelsea tendo dominado praticamente os 90 minutos mas não atingindo o objetivo final, que era a vitória, quando viu o tempo a terminar, começar a abrandar o passo e tentar ganhar tempo para chegar ao prolongamento. Mas parece que o que aconteceu nos últimos minutos, dias antes, não lhes serviu de lição, pois deixaram-se perder, uma vez mais, por falta de garra nos instantes finais.

É claro que, apesar deste triste resultado e deste triste repetido erro, não podemos deixar de dar valor à exibição desde o início da partida. O Benfica deixou uma boa imagem do futebol português lá fora, tendo dominado 90% do jogo, e podendo até dizer que principalmente na primeira parte o Chelsea foi encostado e anulado. Infelizmente a boa exibição não foi suficiente para um resultado positivo e para trazer a Taça para o nosso país. Resta desejar os parabéns ao Chelsea pela conquista da Liga Europa, ao Benfica pela excelente exibição (esperando no entanto que não cometam o mesmo erro dia 26 para a final com o Guimarães) e ainda desejar que na próxima época consigam uns melhores resultados e maiores sucessos que este ano. Um grande abraço para todos os Benfiquistas e Portugueses que apoiaram a equipa em Amsterdam e na frente dos seus televisores também.

Crónica de Sabine Borges
Cada caso… é um caso