Há sempre mais um no bolso – Maria João Costa

Nunca fui muito de novas tecnologias e todos aqueles equipamentos com linguagem de geek (cheguei mesmo a pedir aos meus amigos para me actualizarem o hi5; de uma forma discreta, claro!); e no que diz respeito aos telemóveis nunca percebi muito bem a diferença entre um 3310 e 3410, para além da actualização do jogo da Snake.

Por todos esses motivos e mais alguns, para mim um telemóvel só tinha 2 funções: mensagens e chamadas. Um “made in china” era perfeito. E continua perfeito.
É um bocadinho pesado, não recebe mensagens multimédia e tem toques polifónicos, mas é a cores. E fico mesmo feliz quando encontro alguém que solta um “sim mãe, às onze estou em casa”, a partir de um “tijolinho”. O problema é que o tijolinho é só para ligar para a mãe.
Já percebi que ter dois telemóveis e ter dois números diferentes da mesma pessoa é normal. Arrisco a dizer que é tão normal como não ter conta no hi5; e uma pessoa percebe isso quando lhe perguntam se tem um telemóvel a sério para além do “comando lá de casa”. Um telemóvel, aquelas coisas que recebem mensagens multimédia e com mp3.
E não, não estou a tentar ser alternativa nem me estou a impor na sociedade capitalista … estou só à espera que o meu samartphone chegue (talvez esteja a pactuar com a sociedade capitalista)! Mas não vou largar o “tijolinho”, mesmo sem bateria …. É só para criar aquela tensão. Vou ter mais um no bolso.

Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez