Josef Mengele – O Médico dos Horrores

Josef Mengele nasceu na Alemanha a 16 de Março de 1911, filho de Karl e Walburga Mengele. Conta-se que, em criança, gostava de música, arte e ski e que na univerdisade decidiu estudar antropologia. Casou-se com Irene Schönbein, em 1939, que conheceu quando exercia funções como residente médico.

No início, nada fazia prever o seu futuro.

Em 1937, Josef filiou-se ao Partido Nazi e, em 1938, juntou-se à SS onde recebeu treino militar básico. Em 1940, pouco depois do início da II Guerra Mundial (1939-45), foi chamado ao serviço das forças armadas alemãs e, em 1943, vendo nisso uma oportunidade, candidatou-se ao serviço do campo de concentração. Acabou por ser colocado em Auschwitz como médico chefe.

Mengele era um apaixonado por genética e ser colocado no campo, com tantos prisioneiros à sua mercê, foi tudo o que precisava para realizar as terríveis experiências que idealizou.

Os prisioneiros que mais lhe interessavam eram os gémeos, anões, pessoas com deficiências físicas e grávidas.

As Experiências

Mengele começava muitas vezes por encantar as crianças, ganhar a confiança delas com açúcar e doces naqueles tempos de escassez. Depois, levava-as para o laboratório onde trabalhava e começava, então, as suas experiências.

Aos gémeos, Mengele fazia exames e avaliações semanais, para ver que alterações tinham sofrido. Injetava tinta nos olhos para tentar mudar a cor– preceito que seguramente pretendia usar quando resultasse para aumentar a raça ariana. Injetava sangue de um gémeo noutro para ver como reagiam, infetava um deles com alguma doença (como tifo ou tuberculose) para ver o processo da doença e compará-lo ao irmão saudável. Matava um deles para ver se o outro sentia ou, por vezes, os dois, só para depois realizar autópsias e ver se os corpos tinham reagido de forma diferente. É claro que quase todos morriam durante as experiências. Dos mais de 1500 gémeos que o médico conseguiu apanhar, apenas 200 acabariam por sobreviver.

Um dos casos mais conhecidos foi o dos gémeos Tito e Nino. Mengele decidiu tentar produzir irmãos siameses e então costurou-os um ao outro nas costas e nos pulsos.

Por vezes, implantava partes do corpo de uma pessoa no corpo de outra. Uma outra das experiências de Mengele incluía descobrir quanto tempo um bebé demorava para morrer à fome. Para isso ele enfaixava os seios das mães, impedindo-as assim de alimentar os filhos. Algumas enfermeiras do campo de concentração, condoídas pelo sofrimento das mães e dos filhos, davam-lhes remédios para que os bebés pudessem morrer mais depressa, sem sofrer.

Mengele fugiu de Auschwitz em Janeiro de 1945, pouco tempo antes da libertação do mesmo. Conta-se que ele e os que estavam com ele que foram feitos prisioneiros de guerra por um curto período. Acabou por ser libertado no final de Julho, devido à desorganização dos seus captores e começou, então, a sua fuga. Acabou por ir para a América do Sul, onde ficaria até morrer, em 1979. Ficou conhecido como o Anjo da Morte.

 

Imagem de Destaque – Fonte: Jornal “O Público”