Modernismo – Histórias, lugares e factos

É engraçado observar as diferenças da infância dos dias atuais, para o tempo de nossos pais e avós, a até mesmo, a nossa.

Em cerca de 10 anos atrás, as crianças brincavam de pegar, de esconder, corriam, subiam em árvores. Voltavam para casa sujas e cansadas. A água que escorria de seus corpos era escura, denunciando o contato com a terra. As crianças movimentavam-se mais, usavam o corpo para divertir-se. Dificilmente eram obesas ou sofriam de problemas como o colesterol. As crianças dos tempos atuais são mais altas, mas menos saudáveis do que há 50 anos. Este foi o resultado de levantamento feito jornal Daily Mail, do Reino Unido, que comparou dados de crianças de hoje, com 11 anos de idade, com as de cinco décadas atrás.

As causas são visíveis. Uma delas, certamente, é o avanço da tecnologia, que faz com que crianças troquem bolas por controles de video games, ou então, reunir-se com os amigos para brincar, por um computador. É bom que tenham contato com as coisas modernas, mas o facto é que isto está se tornando cada vez mais prematuro. O mundo não é mais o mesmo. Muitos pais dizem que estão perdendo o controle da situação, que sentem-se perdidos, sem saber o que fazer, já que é uma mudança unânime, entre as crianças.  As brincadeiras e joguinhos saudáveis do passado, estão perdendo fortemente para a concorrência  virtual.

Nossas crianças estão se tornando dependentes tecnologicamente, então, o que fazer? A primeira coisa é os pais perceberem esta dependência, ou então, melhor ainda, não permitir que ela ocorra, impondo limites. Da mesma forma que um viciado em drogas precisa da droga, nossas crianças também estão sofrendo uma abstinência, no caso, virtual. A melhor maneira de começar, é limitando o tempo de acesso à internet e outros aparelhos virtuais. Mesmo que a criança não queira respeitar estas regras no início, com o tempo vai acostumar-se. Até porque torna-se uma questão de disciplina. É tempo dos pais usarem da sua autoridade, para definir o que é o melhor para seus filhos. Muitas vezes o que eles desejam, não é o melhor para eles.

Crónica de Bárbara S. Delazeri
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