Motor de Arranque – Mi Céu

Hoje, senti que o meu “motor de arranque”, na partida não estava a querer pegar …domingueiro, preguiçoso, malandro, de apetites, do contra, com mau feitio, ou simplesmente, porque não estava para aí virado…não sei definir, com apenas uma palavra, o estado do meu motor!

Quantas vezes na vida, sentimos que temos de fazer, uma rectificação no motor, como dizem os entendidos! Perguntam vocês, mas porquê, o motor não anda? Andar anda, mas uma coisa é rolar outra é andar…rola mais do que o que anda…e pretendo fazê-lo andar…rolar por si só, não desenvolve muito nem possuí tanta energia…enquanto que andar, já indica criar movimento e imprimir força!

Há dias assim, o problema, é quando já são muitos dias e meses assim! Ah e tal e mandar arranjar o motor? Talvez, mas ainda fica carote e estamos em crise e tal…é ter de abrir os cordões à bolsa…e é um gesto que agora mais do que nunca, ninguém gosta! Depois os mecânicos, nem todos percebem a arte de rectificar um motor…no verdadeiro sentido da palavra, verificar todos os segmentos que o compõem e avaliar o seu estado e se necessário repará-lo…ou até, substituí-lo…porque nada é insubstituível…nem um bom motor!

Pois foi o que eu fiz, no Verão passado, dei ordem ao Sr. Norberto, o meu recente mecânico…digamos que, troquei de aldrabão! Então ele achou que o carro merecia uma rectificação do motor…depois dessa ficaria com um carro semi, para não dizer novo…só faltava acrescentar “em folha”! É aquele típico discurso, que acho que já todos ouviram…estes senhores, possuem a real capacidade de nos fazerem sentir que, os nossos carros são realmente os melhores do mundo… eu diria até únicos, no planeta! Os únicos mesmo a acreditar nestas histórias da carochinha, somos mesmo nós tugas, que quase andamos com os carros até caírem as portas e ficarmos com o tecto a cair-nos em cima da cabeça…como se se tratasse do último grito da chapelaria!

Convenhamos, os carros também têm prazo de validade, limite, termo, conclusão, finito, the end, terminus…como lhe queiram chamar…temos de saber fazer esse luto…e secalhar aí reside a grande questão ou dificuldade…o fazer o luto das coisas, que já não nos servem de muito! Contra mim falo, sou muito apegada às coisas… é como se não existissem mais coisas para mim, senão as minhas…talvez por me ter custado tanto a conquistar cada pedacinho do que tenho…acho que é mais isso! Como se diz, saiu-me do corpo…tive de lutar para ter cada coisa, por mais estapafúrdia, que possa parecer para os outros…e depois olho para tudo com um brilho…porque é meu! Vocês também são assim?… acho que isto acontece mais em algumas colheitas…assim tipo a minha os anos “70”…eu já sou mais do meio, “1977”…é uma colheita única, com vivências, irrepetíveis e incomparáveis!

Se pudesse, repetia tudo outra vez…da mesma forma, porque se fosse de outra maneira, com certeza, eu não seria quem sou hoje…não faria, jus ao meu carácter, irrepreensível!
Fui educada, tendo por base ou lema, este provérbio chinês “ Não lhe dês o peixe, ensina a pescar”…faz toda a diferença a aplicação deste lema, regra, inspiração na educação de um novo ser e no lapidar, também a sua essência! O processo, faz com que o resultado final seja completamente diferente!

Uma semana energética, para todos!

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