Mundo ao Contrário – Saber Amar

Contrariando as expectativas de quase 100% dos “namorados” portugueses, Pedro Passos Coelho não impediu a celebração do “Dia dos Namorados”, nem tampouco classificou o dia como sendo “piegas”. É estranho, porque a meu ver o “Dia dos Namorados” é uma celebração bem mais piegas do que o Carnaval. Apenas poderiamos classificar o Carnaval como uma celebração gay mas isto apenas levando em consideração o elevado número de homens de bigode, que quais Village People se disfarçam de mulher, em autenticas versões de: Travesti mas pouco.

Tenho que admitir que a celebração do “Dia dos Namorados” é do ponto de vista económico muito positivo para Portugal. Se há dia em que os portugueses pedem factura é em 14 de Fevereiro. Este fenómeno tem uma finalidade muito simples. Qualquer homem guarda bem todas as despesas desde que começa a namorar, no caso das coisas correrem bem ou seja acabe em casamento ou união de facto, é sempre bom ter a noção do impacto económico que uma mulher teve na nossa vida.
Triste é qualquer homem poder constatar que por altura das bodas de prata já investiu numa mulher tanto como teria investido para construir uma piscina, atingindo facilmente a conclusão que uma piscina é algo que também nos dá prazer, e acima de tudo algo que conseguimos rentabilizar. Eu nunca tive uma piscina, nem daquelas de plástico, mas tenho quase a certeza que outra grande virtude da piscina é nunca sentirmos a necessidade/obrigação de dizer que a amamos.

Fiquei um pouco sentido com o facto de no dia 14 de Fevereiro não ter ouvido nenhuma declaração do governo. Devo dizer que cheguei até a aguardar com uma certa expectativa uma declaração dos nossos mandantes, mas tal não ocorreu. Na minha leitura Pedro Passos Coelho aproveitou a data para marcar uma posição, e mostrar aos portugueses que a sua relação connosco é puramente sexual.
Por isso digo com uma certa magoa: eles só nos querem comer… não nos amam