Nuestros Hermanos, Los Porcalhanos! – Gil Oliveira

Alou! Boas noites, amigos leitores do +oPinião. Como estão vocês? De férias muito provavelmente, não é?! Seus sortudos… Eu, infelizmente (ou felizmente, porque diz que hoje em dia quem trabalha é um sortudo) já voltei à loucuraaaa do diaaaa-a-diaaaa. Com trabalho, trabalho, e ainda mais trabalho, que é para aprender a não ser parvo e andar por aí a gozar férias à bruta…

Então mas vamos lá ao que interessa. Teve saudades minhas? Eu confesso que tive saudades suas. Adoro saber que existem para aí, na loucura, umas 10 pessoas que lêem esta rubrica. É fantástico saber que somos acarinhados por pessoas que desconhecemos. (Hum… Isto agora soou estranho. Até parece que sou algum género de prostituta literária e, que dezenas e dezenas de pessoas desconhecidas, se aproveitam abruptamente das minhas palavras, frases, parágrafos e quiçá, dos meus textos por inteiro…) Dito isto começo a sentir-me um pouco sujo, espere só um pouco que vou ali tomar um banho e já volto.

Ahh… Muito melhor! Um banho sabe sempre bem. Lava as mágoas, a alma, tira o sal do corpo e a areia que se enfia nos «entrefolhos». E uma vez que estamos a falar sobre banhos, vou aproveitar para vos contar um segredo: nuestros hermanos – Los Espanhóis – não tomam banho! Ai, já sabia? Não foi novidade para si? Sempre soube disso e não foi capaz de me dizer nada antes?! Olhe que sinceramente… Que belo amigo que você me saiu… Sabe que mais?! Amuei! Já não lhe conto como é que cheguei a esta brilhante conclusão! Adeus e até para a semana!

«Nááá» estou a brincar consigo. Eu prezo muito os meus 10 leitores e não quero que deixem de vir ler o “Graças a Dois”. Por isso, vou contar-lhe sobre a minha descoberta:
Estava eu acampado algures no Algarve quando me deparei com uma situação potencialmente caótica. Junto da minha tenda só havia uma cabine de duche no WC. O drama, a tragédia, o horror! O pânico tomou conta de mim. Desatei a correr parque fora à procura de outras cabines e, a muito custo, achei mais duas em outro WC e ainda outras três num terceiro pseudo-WC longínquo (se não sabe o que é um pseudo-WC eu depois envio-lhe fotos). Apenas seis cabines de duche num parque cheio de gente… Fantástico não é?!

E agora, como seria?! Só no meu grupo éramos 3 rapazes! Comecei a imaginar o pior… Havia imensa gente acampada no parque. E se todos os homens quisessem tomar banho à mesma hora?! Quantas horas teria eu de esperar para tomar o meu duche? (Confesso que “paniquei” um pouco.) Mas quando chegou a hora de ir tomar o meu relaxante banho, após o meu sono de beleza – nunca percebi porque se chama sono de beleza, farto-me de dormir e ainda não fiquei belo – não estava lá ninguém à espera! NINGUÉM! E eu fui ao WC com apenas uma cabine. Acha isto normal?! Não, pois não? E pior, os outros dois rapazes foram para o WC que tinha as duas cabines e…estavam as duas livres! AS DUAS!! Seria sorte?! Não, não era. Era o facto da nacionalidade dos outros campistas, ser maioritariamente espanhola! E, segundo vim a descobrir mais tarde, os espanhóis não tomam banho. Não sei nem como nem porquê, mas aquela gente não se aproxima da água! E não é só na hora do banho. Também estive em Espanha durante as férias e constatei que o típico espanhol não vai à água. Chega à praia com a sua cadeira (tudo que é espanhol leva uma para a praia), geleira e chapéu-de-sol e senta o seu «real bufunfo» na cadeirinha até a hora de se ir embora. Não sei se é alergia, se é medo de se afogarem ou se por acaso acham que se lavarem mais vezes começam a falar português?!
Hum… Agora que penso nisso creio que deve ser esse o motivo. «Nuestros hermanos são uns porcalhanos» porque têm medo de começar a falar português caso se lavem mais do que uma vez por mês! EUREKA, AGORA EU SEI!!
Obrigado e volte sempre. =)

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Crónica de Gil Oliveira
Graças a Dois
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