“Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes,
Façam estalar no ar chicotes,
Chamem palhaços e acrobatas!…”
Trovante- Fim (quando eu morrer)
O fim, o adeus, o sono eterno… à morte ninguém ilude, ninguém escapa.
Não gosto de pensar na morte nem de lhe dar importância mas ela é inevitável.
Chegará o dia em que será dada por terminada a minha missão por estas bandas. Gosto de pensar que o que me espera é um paraíso – nuvens fofas de algodão, anjos lindos, perfume, bolo de bolacha, chocolate, flores, música, gatos e cães mas o mais importante será o reencontro com aqueles que já me privaram da sua companhia.
Desejo que a minha partida seja em paz e sem atribulações. Se possível, à laia de último desejo, espero que me deixem partir durante o sono, sem aviso, sem prazos ou despedidas…
Quando eu partir, não quero lágrimas – quero sorrisos pela recordação de momentos especiais.
Quando eu partir, não quero flores – quero velas que iluminem o meu caminho.
Quando eu partir, não quero despedidas – quero apenas um “até já” em surdina.
Quando eu partir, não quero a melhor fatiota – quero estar confortável, com um pijama e pantufas, para dormir o sono eterno.
Quando eu partir, não me escondam sob a terra – deixem-me voar ao sabor vento…
Se eu partisse hoje, tanta coisa ficaria por dizer, por fazer, por ver e experimentar…
mas levaria comigo o prazer e a cumplicidade imaterial com a vida – o coração cheio pelo amor da família e dos amigos, o cheiro a maresia, o calor do sol, o som da chuva, o azul do céu, o sabor do chocolate, o perfume das flores, as noites quentes de verão…
Como sempre e um prazer ler as suas cronicas
Espero que o tema nao seja motivo de nada mau, mas sim e simplesmente uma cronica sobre um tema ao qual ninguem se safa
Concordo inteiramente consigo, com os seus desejos, e gostava de tudo assim para mim
Mas temos tempo
Por esse dia ser inevitavel, e eu nao saber quando vira, faco questao de dizer tudo o que penso sempre que posso, e principalmente de agradecer todos os dias por ainda ca estar
Parabens
Obrigada Isabel Marques!
Como sempre, os seus comentários são um incentivo.
O que eu desejo para mim, é o mínimo que posso desejar aos amigos – espero que nos façam a vontade…
Apesar do tom algo melancolico – nem todos os dias são doas de júbilo, infelizmente – gostei da tua visão do “outro lado”….devo dizer-te que se juntares a isso um queijo serra, um Douro reserva e chá preto, tens companhia!
Venham de lá mais dessas.
Bjcas
Mesmo que todos os dias fossem de festa rija, este é um momento de verdade que nos espera e para o qual se estabeleceu tratar-se de um tema meio “tabu”.
Fica, então, combinado: quem for em último, leva essas iguarias e fazemos uma granda farra!
Bjs
Esta é uma forma linda de pensar o que nos espera, gosto principalmente do pijama e das pantufas…
Parabéns!
Bjs
Obrigada Maria!
Ainda vamos fazer grandes farras, todos juntos, no além…
Não te esqueças de levar um baralho de cartas para jogarmos ao Sobe e Desce 🙂
Mas, por mim, o traje é pijama e pantufas – alinhas????
Obrigada pelo teu comentário
Beijo graaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaande