A pergunta que eu hoje faço, e na qual vou basear este meu artigo é.
Quais são os critérios de uma Assistente Social, para decidir quem é que precisa de ajuda ou não?
Eu, sinceramente por vezes fico perplexo com as decisões de certas Assistentes Sociais, e com as respostas que estas dão aos seus utentes, às pessoas que estas senhoras deveriam de ajudar.
Pessoas que existem, e que vivem cheias de carências, e que por uma maneira ou outra são a razão dessas Assistentes Sociais terem emprego e receberem um ordenado muito acima do ordenado mínimo, o que faz com que algumas delas se abstraiam das sérias dificuldades que muitos Portugueses passam no dia-a-dia.
Vou começar por justificar o que eu acabei de afirmar, descrevendo um episódio que se passou há dias aqui bem pertinho de mim, ou seja no Concelho vizinho de Estarreja mais propriamente na Freguesia de Avanca.
Joaquim Dias Cardoso, é um homem de 51 anos com mobilidade reduzida devido a dois AVC que sofreu, vive sozinho e tem como rendimento 180€ que a Segurança Social, lhe paga todos os meses.
Ora quando eu falo que o Joaquim tem uma mobilidade reduzida é mesmo reduzida, ao ponto de demorar cerca de três horas para ira pé de sua casa até ao centro de Avanca, numa distância de mais ou menos 3 km.
Como todos os anos o Joaquim, tem que provar que está mesmo incapacitado de trabalhar, teve mais uma vez que tratar de todos os papéis para poder usufruir do rendimento mínimo.
Com este propósito, pediu à Assistente Social de Avanca, se não o poderia ajudar, fosse no transporte ou a tratar-lhe da respetiva de comentação, recebeu como resposta um não, e que se desenrascasse como quisesse.
Um não, porque não tinha carrinha nenhuma disponível, e que ao mesmo tempo não tinha tempo para poder tratar-lhe da de comentação.
Todos nós sabemos, que no meio de tudo isto existe regras a cumprir, e que estas Assistentes Sociais não podem fazer tudo aquilo que nós que estamos por fora gostaríamos que elas fizessem.
No entanto não há regra sem exceção, neste caso o mais prático seria levar os papéis a casa do Joaquim, preenche-los lá na sua presença, marcar a consulta para o médico, e na falta de transporte há prior até Assistente social o transportaria ao médico.
Mas não, esta Assistente Social, apenas deu um não redondo ao Joaquim descartando-se do assunto, como que este não lhe dissesse respeito.
Também não admira, uma vez que esta mesma senhora não visita o Joaquim há mais de um ano, nem a sua vizinha desempregada que vive com dois filhos, um já adulto desempregado e um menor de 7 anos, que sofre de bronquite julgo eu já crónica.
E no entanto, vive numa casa que chove a quase tanto dentro como fora, onde a humidade é bem visível em todas as paredes da habitação, o que não ajuda nada na saúde deste menor, a última visita da Assistente Social, foi feita em Janeiro de 2012.
Dessa data até ao momento, a Assistente Social não passou por lá uma única vez, apesar do escritório dela ficar apenas a uns três km de distância das residências destas pessoas, pouco se tem importado se eles têm de comer pelo menos uma vez por dia, se vai tudo bem com eles a respeito de saúde, nada estão para ali esquecidos num canto como que abandonados.
Eu sei que esta Assistente Social, deve de ter muitos casos como estes dois, a tratar e com que se preocupar, mas será que num ano e três meses não conseguiu arranjar meia hora para fazer uma visita a estes seres humanos, e ainda aquando estes lhe batem há porta levam com um não na cara.
Quando nós sabemos, e aqui sim temos a certeza que esta e outras Assistentes Sociais favorecem, outras famílias com menos precisão do que estas que eu aqui menciono.
Quanto ao transporte, eu também tenho a certeza que ele existe, e que no dia em que o Joaquim pediu há Assistente Social havia carro e lugar vago para o poder transportar, só o não fizeram, porque assim não lhe apeteceu à senhora Assistente Social.
Outro caso que me chocou é uma mãe em Olhão desempregada, o marido também desempregado, e esta mãe já sem outros recursos para poder alimentar o filho deixou de comer para dar ao seu filho.
O pior de tudo isto, foi a falta de apoio por uma Instituição Solidária de Olhão, que lhe dava apoio até há um mês atrás, mas segundo uma nova avaliação lhe cortou o dito apoio. A desculpa para esse corte de apoio dessa mesma Instituição foi que havia pessoas em maiores dificuldades.
Honestamente, eu não conheço este caso, mas ao ler esta notícia ponho-me a imaginar qual será as maiores dificuldades que os responsáveis dessa Instituição encontram, para lá de uma mãe deixar de se alimentar para dar de comer ao filho.
E que segundo o relato da mesma, o próprio pai, já tem ido trabalhar (fazer biscastes) com o estomago vazio durante todo o dia.
Eu sinceramente, e mais uma vez me repito, eu não compreendo os critérios de avaliação destes responsáveis pela ajuda às pessoas mais carenciadas.
Ou será, que por irem visitar (aquelas que vão visitar) uma vez por ano ou por mês, estas famílias e por um mero acaso encontrarem um frigorífico mais ou menos carregado com géneros alimentícios, que estas famílias já não precisam de ajuda.
Será que esses dirigentes, julgam que a comida que por acaso possam ter encontrado nessa visita nesse frigorífico dura um, dois ou três meses, ao ponto destes cortarem-lhes o apoio.
Na verdade eu não percebo, entender até entendo agora perceber isso é que não.
Para eu poder perceber, tinha que ter o poder de trocar os papéis colocar esses dirigentes e Assistentes Sociais a viver com o orçamento de 180€ por mês, a caminhar com mobilidade reduzida, sem outro meio que não o de andar a pé, e levarem 3 horas para percorrerem 3 km.
Só depois de eu ver como é que estes senhores /as se desenrascavam, e depois de eu poder avaliar os seus casos é que realmente eu talvez conseguisse perceber aquilo que neste momento entendo mas que não percebo.
Sr. Júlio eu por acaso conheço esse Sr. Joaquim, sei um pouco do seu passado, pois eu sou natural de Avanca, vivo mesmo ao lado da fabrica da Nestlé. Deixo-lhe aqui um desafio ao sr.Júlio, para investigar o passado do Sr. Joaquim e de certeza que irá encontrar, material para fazer um bom artigo. artigo esse, que irá ser vergonhoso para certas pessoas residentes aqui nesta freguesia de Avanca, pela maneira negativa como trataram tanto o Joaquim como quem o tentou ajudar, procure se informar e verá que vai encontrar bom material para escrever. Bem haja Sr. Júlio, e continue assim tal e qual como é…
Obrigado António Rodrigues.
Sim por acaso eu já soube de alguma coisa que o próprio Joaquim, me contou, eu estive em casa dele há 8 dias atrás, a entregar lhe gêneros alimentícios, e ele falou-me que inclusive a pessoa que o ajudou e que fazia parte julgo eu da comissão fabriqueira da paroquia de Avanca correram com ela dessa comissão.Eu estou para ir a casa do Joaquim agora brevemente uma vez que normalmente vamos entregar-lhe mercearia de 15 em 15 dias, e desta vez já vou levar o meu MP3 e vou gravar a nossa conversa, depois de eu falar com o Joaquim vou tentar falar com essa pessoa que ajudou o Joaquim a ter um tecto para viver que julgo ser o Sr. Fernando que tinha um restaurante próximo das bombas de gasolina junto há rotunda que dá acesso há Auto Estrada…
A (in)capacidade de aplicar o ‘à’ e o ‘há’ correctamente dá um ar de desleixo quanto à Língua Portuguesa.
Sem mais nada a tecer,
Melissa
Sr. Julio
DOCUMENTAÇÂO
Documentação
😉
Uma profissão louvável é a das assistentes sociais, que cada vez com meios mais parcos, tentam fazer o impossivel. Se soubesse da etica profissional destes profissionais, saberia que não se pode envolver a vertete pessoal (caso a Sra em questão tenha carro, alias! conheço alguns assistentes sociais que se deslocam de transportes, pasme-se!)com a conduta profissional, sob pena de ter que ser linear e ofertar transporte particular a todos os seus utentes que não possam deslocar-se! Mas já agora uma sugestão, já percebi que faz trabalho voluntário, louvavel, e sendo voluntário, naturalmente que se pode v oluntariar para ajudar as questoes burocraticas desse senhor, não?
Cumprimentos
D. ALEXANDRA.
A VERTETE PESSOAL.
A vertete pessoal
D. Marisa Alexandra Duarte em resposta ao seu comentário, antes de mais deixe-me perguntar-lhe se a senhora por acaso é de Avanca, e se conhece o Joaquim Dias Cardoso?
É que se o conhecesse, talvez compreendesse melhor o conteúdo da minha opinião, e dessa maneira evitaria ter-se arreliado tanto com aquilo que eu escrevi, acerca do trabalho executado por algumas assistentes sociais.
Com respeito ao trabalho voluntário que eu pratico, tenho-lhe a dizer que sim me ofereci para nas questões burocráticas como também me ofereci para o transportar para onde ele precisar.
Infelizmente e em muitos casos temos de ser nós os membros das associações particulares a fazer o trabalho ou a chamar a atenção das assistentes sociais.
Porque na maioria dos casos em que intervimos, deparamo-nos com seres humanos na miséria abandonados pelas assistentes sociais, como neste caso para um canto da Vila de Avanca, mais propriamente no Lugar das Areias, com um acesso difícil, e sem lhes fazer uma visita há mais de um ano a quase a fazer ano e meio.
Sabendo que no caso do Joaquim, tem um pedido de reforma por invalidez metido na segurança social e que não ata nem desata, e o homem lá continua a sobreviver com os seus 180€ mensais.
Não me diga, que esta assistente social está a fazer um trabalho perfeito, porque se mo disser mais uma vez eu passo-lhe um atestado de estupidez há senhora.
Para já não existe explicação plausível para esta assistente não visitar, o Joaquim e a sua vizinha a Rosa há mais de um ano.
Ou será que ela não faz essa visita para não ter que se deparar com o estado em que vive a Rosa e os seus dois filhos, numa casa que apesar de ser construída mais ou menos há uma década, pagar a sua renda seja ela alta ou baixa não importa, mas que esta habitação encontra-se cheia de humidade, por ter sido mal construída.
Sendo por esta razão o principal efeito causa da doença do filho de 7 anos que sofre de bronquite crónica.
Tenha lá paciência D. Alexandra, o que eu conheço da ética profissional de alguns destes profissionais, é baseado no que eles não fazem mas que podiam fazer.
A minha dificuldade aqui é eu não saber a quem de direito me estou a dirigir, porque ainda lhe gostaria de dizer mais umas coisas, mas como eu não sei se a senhora conhece realmente estes casos, fico-me por aqui.
Porque quem me parece que não sabe da ética do que é miséria (chamamos-lhes assim, pasme-se!) pois suaviza um pouco mais a situação que estas pessoas passam todos os meses com os seus parcos rendimentos, é a senhora.
Passar bem.
Como eu assino e me identifico sempre que escrevo algo.
Aqui vai o meu endereço.
Júlio da Silva.
Presidente da Associação Dar Ajuda Aos Mais Carenciados.
Com sede na Rua do Feital n: 15
Freguesia do Bunheiro, Concelho da Murtosa.
Desculpem-me mas tinha de comentar….afinal estamos a falar da minha profissão. sou assistente social por vocação e não por obrigação. Amo o que faço, aliás amava o que fazia, dado que fiquei desempregada em Março por cortes orçamentais. E sinto-me verdadeiramente frustada cada vez que vejo este tipo de notícias e penso que existe tanta gente competente desempregrada. Desemprego não é sinónimo de incompetência, actualmente é mais falta de cunhas, mas isso é outro assunto. Para quando uma ordem??? Para quando???? Nunca neguei um pedido a um utente desde que fosse válido, fazia inumeras horas a mais para prestar o melhor serviço que podia e sabia para as pessoas para quem eu trabalhava. Acompanhava os meus utentes a consultas, à segurança social, e a tantos outros sitios pertinentes para estas pessoas. E sabem sempre que o fazia ficava com a nítida sensação de que se não fosse o facto de eu estar ali para explicar os procedimentos aos utentes, eles não percebiam a linguagem utilizada nestes serviços, e os funcionários nem se davam ao trabalho de explicar. E nestas alturas lembro-me exactamente que pensava isto, ganho meia dúzia de trocos a recibo verde, e esta gente recebe no minimo o triplo daquilo que eu ganhava e estão aqui e nem saber tratar as pessoas. Expliquem-me como é possível?
Digo-lhe desde já que não me sinto ofendida por essa critica, porque não sou esse tipo de assistente social.
Resposta há Assistente Social.
Gostei do seu comentário. Como eu me referi na minha opinião quando me dirigi às assistentes sociais, eu escrevi desta forma (Eu, sinceramente por vezes fico perplexo com as decisões de certas Assistentes Sociais) quanto eu saiba não generalizei. Também sei, que como em todas as profissões existem bons e maus profissionais. E também é sabido que em caso de despedimento sejam eles por cortes orçamentais ou por outra razão qualquer, os maus profissionais são aqueles que recorrem logo às cunhas e por esta razão são os que ficam sempre no mesmo lugar. Digo-lhe sinceramente, tenho imensa pena da senhora estar desempregada, porque se realmente a senhora trabalhava da maneira como descreveu aqui no seu comentário, era e é uma excelente profissional. Infelizmente profissionais como a senhora em Portugal não têm valor nenhum, só dão valor a incompetentes, e mais não digo…
Boa tarde sr. Júlio, li atentamente o que descreveu a cerca da situação do sr. Joaquim, embora não conheça os recursos sociais existentes na área de residência do sr. Joaquim, parece-me que de facto uma coisa faz parte da realidade, em todas as profissões existem profissionais mais competentes que outros, julgo ter a ver com a própria vocação de cada um. Portanto embora como assistente social não me identifique com essa forma de intervenção social, reconheço que nem todos temos a mesma forma de agir e entender as prioridades dos utentes da mesma forma, por isso mesmo existem reuniões de equipa, multidisciplinares entre técnicos de modo a decisões não se centralizem da decisão de um técnico. Sempre trabalhei com população carenciada e nunca tive uma postura de indiferença para com nenhuma situação de utentes. Orgulho-me muito de fazer o que amo de coração e lamento que infelizmente as representações sociais dos assistentes sociais sejam ainda assim, mas acontece em todas as profissões.
Existe guia de transporte, existem Centros de Dia da área onde o utente poderia frequentar e/ou receber apoio domiciliário de forma a melhorar a qualidade de vida do sr.
Muita sorte para o sr. Joaquim e que recupere a maior qualidade de vida possível!
Boa noite
Permitam-me a intromissão mas, recebi via email o link para aceder ao artigo em assunto que diga-se julgo bastante delicado do ponto de vista humano e algo desconcertante do ponto de vista profissional.
Em 1ºlugar escrevo como Assistente Social, solicitando por favor que estas matérias sejam apresentadas ás entidades competentes se for o caso e não transportadas para a praça pública. É mau para ambas as partes, utente e profissional, levando a que se lave roupa onde talvez não exista sabão, com isto não ilibo ou inibo qualquer actuação do ponto de vista institucional ou jurídico, pois não sou conhecedor do caso em assunto.
Existem entidades responsáveis, nomeadamente a Segurança Social e/ou o Ministério da Solidariedade e Segurança Social onde devem ser apresentadas estas matérias.
Em 2ºlugar como responsável por 2 IPSS na plataforma da Saúde lamento que e de forma pública como é o caso seja mencionado o nome da pessoa em causa, pois todos nós estamos protegidos pela Lei Geral da Protecção de Dados (Lei 67/98), utente e profissional incluído.
Podemos estar com a máxima das boas vontades mas, inadvertidamente estamos a expor uma pessoa, um individuo, um cidadão que talvez não queira ser “ferido” na sua dignidade, não queira a sua privacidade exposta, logo Sr. Júlio Silva com o devido respeito e consideração é preciso ter muito cuidado com os dados que divulgamos publicamente, ainda por cima sendo V Ex representante máximo de uma IPSS.
Como responsável máximo, não autorizo os meus colaboradores a divulgação de dados pessoais sob pena de processo inquérito e posterior acção disciplinar apesar de serem voluntários, em conformidade com as normas internas e legislação aplicável.
Repito, não estou a ilibar a colega, como assistente social e com as centenas de doentes que acompanho quantos “erros técnicos e/ou humanos” já cometi? Muitas vezes posso julgar que estou a ter o melhor procedimento mas,….
Uma coisa é certa a Crise não serve de desculpa para ninguém, muito menos para expormos publicamente a pessoa, a crise não nos retirou a dignidade nem a privacidade…por enquanto!
Não deixa de ser um acto grave e desrespeitador da privacidade e dignidade da pessoa humana.
Pergunto, já tentou falar com a colega em causa e perceber de facto quais os contornos da situação?
Cumprimentos, ao dispor
Vítor Bento Munhão
Assistente Social
Sr. Vitor Bento Munhão, eu até que compreendo o seu comentário, sendo o Sr. Assitente social tem que defender a sua classe de trabalho. No entanto a maioria da vossa clase (assistentes sociais) a mim já nada me dizem, estou farto delas/les até às pontas dos cabelos, e se eu fosse a cortar pano teria aqui pano para cortar até amanhã por esta hora. Com respeito à divulgação do nome do cidadão em causa pode o Sr. Vitor Bento Munhão ficar tranquilo que o mesmo cidadão deu-me autorização para divulgar o seu nome assim com a sua história, devido há indignação deste. E para sua informação, nós não somos nenhuma IPSS, mas sim uma pequena Associação que ajuda quem mais precisa com aquilo que a população nos vai oferecendo, e com dinheiro do nosso bolso. E como se pode ver e verificar na página do facebook desta associação ainda fazemos por vezes o trabalho que deveria de ser feito por algumas assitentes sociais.
Sem mais os meus respeitosos cumprimentos.
Júlio Da Silva.
Parece-me que isto é absolutamente vergonhoso e tal como o comentário do Dr Vitor uma autêntica falta de respeito para com a dignidade humana. Mas isto é o que dá julgar as situações e os assistentes sociais sem conhecer minimamente o seu trabalho e a ética e deontologia profissional a que estão sujeitos. Já para não falar no volume de trabalho que têm e segundo entendo como técnica de RSI. e Só para relembrar ao sr. Júlio que nós assistentes sociais temos que nos limitar a cumprir leis. Não somos tidas nem achadas sobre a publicação das mesmas e temos conhecimento do seu conteúdo ao mesmo tempo que todo e qualquer cidadão. Não somos nós quem decide o valor que os utentes devem ou não receber. E já agora se julga que uma assistente social ganha uma fortuna deixe-me dizer-lhe que está redondamente enganado. E ainda que somos insensíveis por dizer não a determinados pedidos. Se dizemos não é porque existe uma razão muito forte que nos leva a fazê-lo. Apesar de não conhecer esses dois casos especificamente, deixe-me dizer-lhe que conheço outros tantos semelhantes e que durante os anos em que andamos a estudar somos supostamente preparados para desempenhar diversas tarefas apesar de as pessoas pensarem que as assistentes sociais só servem para organizarem cabazes de alimentos ou conceder apoios sociais. mas se há coisas que não entendo sugeria-lhe realmente que conseguisse acompanhar uma assistente social durante o seu horário laboral durante um mês (na área do RSI e A.S.) e passaria certamente a ter outra visão que neste momento lhe é totalmente impossível obter por ausência de conhecimentos. E não quero com isto dizer que a assistente social é ou não boa profissional e que as situações em causa são mais ou menos delicadas do que outras. Mas tentem não julgar de olhos fechados um mundo que vos é totalmente obscuro. Agora que há situações que nos revoltam lá isso há e nem queira saber quanto. E aos colegas que estão a exercer a profissão, principalmente na área do RSI e A.S. percebem bem o que quero dizer com isso. Sabe quando entramos para o curso temos uma ideia que vamos mantendo durante algum tempo, apesar de sermos de imediato alertados pelos professores para não nos iludirmos porque não vamos conseguir salvar o Mundo, mas de facto quando nos deparamos com a realidade dura e crua percebemos de imediato a mensagem que nos foi passada. E como a minha ética profissional não me permite revelar determinados pormenores, prefiro apenas dizer-lhe que uma assistente social que presta assistência direta a uma comunidade neste momento de crise económica sente-se maioritariamente conselheira porque nada mais pode fazer. E mais não posso adiantar.
Gostaria de parabenizá-la Ana Miranda, faço das suas palavras minhas!
Era uma vez um burro de um aldeão que caiu num poço. O animal fartou-se de zurrar. Zurrou tão fortemente durante horas e horas que o dono inquieto por não conseguir tirá-lo sozinho, resolveu ir procurar ajuda para o retirar.
Não a encontrando, acabou por decidir que, sendo o burro já velho e estando o poço seco, o melhor que tinha a fazer era sacrificar o burro. Tapava o poço e o burro ficava lá enterrado.
O aldeão pegou numa pá e começou a atirar terra para dentro do poço. O burro, ao ver o que se estava a passar, começou desesperadamente a zurrar. Mas, pouco depois, e para surpresa do aldeão, ele calou-se, e o único som que se ouvia era o som das pazadas de terra a cair.
Pensando que o burro estava morto, o aldeão, olhando para o fundo do poço, não pode esconder o seu espanto ao ver o que o burro estava fazendo. O animal de cada vez que caía uma pá de terra, sacudia-a para trás das suas costas e dava mais um passo para cima dela.
A realidade é que rapidamente, pazada atrás de pazada, o aldeão, viu com os seus próprios olhos, como o burro chegou à boca do poço, saltou por cima e aí vai ele a caminho do seu pasto.
A exemplo da história do burro, a “vida” vai-nos atirar muita terra para cima, e terra de todos os géneros, até parecer que estamos no fundo de um poço, onde a escuridão nos abafa e nos paralisa.
O que temos de fazer é não desistir nunca. Se olharmos para cima, a luz está lá para nos encorajar e dar direcção. Para sairmos do “poço”, temos que sacudir “toda a terra” e usá-la para darmos um passo de cada vez, sempre em direcção à luz que vem de cima.
Cada um dos nossos problemas é apenas a oportunidade de construirmos um degrau para subir, e continuar a subir até estarmos a salvo. Não vale de nada vitimizar-nos. Antes, temos que ser responsáveis e usar a terra que nos foi atirada, para subirmos, degrau a degrau, com rumo, em direcção a tudo o que temos direito.
“Procuremos acender uma vela, em vez de amaldiçoar toda a escuridão”
Boa noite
Sempre numa perspetiva construtiva e se me permite, gostaria de prestar alguns esclarecimentos sobre esta profissão que, deixo claro no meu caso pessoal foi por escolha e não por opção, pois 27 anos a falar directamente com o Cancro…leva-nos a pensar e muito!
Assim, o Assistente Social em conformidade com as suas competências, corroborado pelas diversas observações de algumas colegas que prontamente e de forma correcta se manifestaram neste espaço, tem como principal objectivo a procura de soluções, ele ou ela é o mediador entre a Pessoa, Grupo ou Comunidade e o Estado, no entanto não é dono do Sistema, quero dizer com isto que e muito em especial tem que cumprir, não as directivas mas, os objectivos que lhe são impostos pelo “Sistema Politico”.
De facto o Assistente Social deve pautar-se acima de tudo pela ética e deontologia e não pela “linda cor dos olhos do utente”, deve inovar, empreender, promover, actuar mas, sem meios é complicado não acha?
Existe actualmente por força das circunstâncias globais, uma vaga de Criticas e Censuras sobre a nossa actuação, sobre a profissão e o profissional que sejam elas justas ou injustas do ponto de vista individual, diga-se de passagem que a mesma é cobiçada pelos muitos que nos criticam mas que nos tempos livres o querem ser! Estranho não é?
No entanto e perante o novo Despacho 5623/2013 de 13 de Abril as dificuldades aumentam para o Assistente Social pois a redução 15% na aquisição de bens ou serviços para a área da saúde, pergunto acha fácil agirmos neste ambiente completamente destabilizado? Não é desculpa mas se descobrir como fazer uma “omelete sem ovos” eu quero ser o 1º a saber a receita!
Repito, não se trata de defender a “Dama” nem “Camuflar” os erros e/ou incompetências dos profissionais, como já afirmei anteriormente até eu com certeza já cometi maus juízos de avaliação social! Errar é humano e o que nos diferencia é factor de assumirmos a responsabilidade.
Deixei-lhe anteriormente uma questão…a qual reitero, já tentou o contacto com a Colega e ou responsável do Serviço para perceber qual a razão desta “ausência” no acompanhamento, como responsável de uma associação acho Humanitária, já manifestou oficialmente junto da responsável? Já contactou a Associação dos Profissionais de Serviço Social?
Em vez de mediatizarmos a situação ou exposição desnecessária da pessoa ou pessoas não acha que devemos procurar soluções eficazes e eficientes.
Por acaso sabe que a Associação dos Profissionais de Serviço Social após longas conversações que duram á dez anos, com os diversos partidos políticos o Partido Comunista Português, Bloco de Esquerda, etc., manifestaram o seu desacordo pela regulamentação desta profissão, são contra a constituição da Ordem dos Assistentes Sociais, porque será? Será porque o Assistente Social tem soluções ou porque incomoda com a sua acção humanizadora ou porque não existe interesse na regulamentação profissional? Esperamos em breve ver esta grave lacuna resolvida.
Sr. Júlio Silva, com o devido respeito e consideração peço a sua compreensão e gentileza para uma reflexão sobre a forma algo intempestiva como caracteriza a profissão e o seu profissional, talvez criticar o sistema aí sim…começo a dar-lhe razão e não rotulando os (as) Assistentes Sociais de…Estúpidos!!!
Muito Obrigado, ao dispor
Senhor Júlio Silva
Eventualmente o Senhor poderia ter alguma razão na apreciação inicial que narrou a propósito de um cidadão de Avanca (Ovar), carenciado e eventualmente vítima de negligência de “uma Assistente Social” e dos “serviços de segurança social ” e talvez dos “serviços de saúde”! Digo eventualmente porque não escutei a outra parte! Para fazer um juízo de valor tenho de ouvir as partes!
Porém, o que não posso concordar com o Senhor é com a generalização “à priori” sobre os Assistentes Sociais, particularmente na sua intervenção feita aqui a 16/6 pelas 03H50! Se eventualmente o Senhor tivesse razão, acabou de a perder com a forma não urbana como o fez! Tal pode legitimar-me pensar o mesmo sobre a forma como trabalha, mas não o farei porque a ética profissional e o respeito o não permite pois não conheço o seu trabalho no terreno nem na Associação a que se dedica.
Como referiu o Dr. Vítor Munhão, a haver negligência há organismos próprios a que se deve dirigir e dar conta da “eventual negligência”.
Sem outro assunto de momento,
Atentamente
Vítor Gomes
Assistente Social
Aveiro, 17 de Maio de 2013
Sr. Vitor Gomes, deixe-me apenas retificar algo no seu comentário, para não induzir em erro os restantes leitores.
Avanca, não pertence a Ovar mas sim a Estarreja.
Obrigado pelo preciosismo e pela correcção do erro, Avanca é uma freguesia pertencente ao Concelho de Ovar. Como não abordou mais nenhum conteúdo do que escrevi é porque está correcto.
Atentamente
Vítor Gomes
Obrigado pelo preciosismo e pela correcção do erro, Avanca é uma freguesia pertencente ao Concelho de Estarreja. Como não abordou mais nenhum conteúdo do que escrevi é porque está correcto.
Atentamente
Vítor Gomes
Muito interessante a forma como uma classe, que até terá uma grande contribuição na crise em que o nosso país se encontra, se sente no direito de vir aqui inflamar-se contra uma pessoa que denunciou um caso que conhece e pelas informações com autorização dos intervenientes.
Diz-se que quem gosta não comenta, quem não gosta ou no caso se sente atingido une-se contra quem escreve o que vê, e denuncia situações.
Sr. Júlio Silva, parabéns e bem haja por ser genuíno e por se indignar e comentar sobre casos que passam ao lado de quem de direito.
Não sou do seu País Manuel, e acredito que devemos reclamar e criticar sim quando não estamos satisfeitos, mas isso depois de buscar saber realmente os motivos. Penso que antes de fazer o artigo o senhor julio deveria buscar outros meios, pois nem todos profissionais agem do mesmo modo, se é que realmente houve falha da assistente social. Eu sou uma profissional que atua no Brasil, e sei que garanto meu trabalho por isso estou aqui expressando minha opinião, é injusto criticar toda uma categoria, tantas pessoas sem saber de fato como é o trabalho destas pessoas, a regra básica de uma critica é, argumente tendo conhecimento sobre o assunto e eu posso garantir que li este artigo e não vi respaldo teórico na critica do autor.
Juliete, eu agradeço muito ter lido o meu comentário, e agradeço mais ainda ser merecedor do tempo que me dedicou a uma resposta.
O seu provável desconhecimento pelo actual estado social em Portugal, devia ser motivo para a Juliete e outros “profissionais” da “insegurança e desigualdade social” ponderarem melhor os seus comentários.
Tudo isto para lhe dizer que me desculpe. Reafirmar as minhas palavras ao Sr. Júlio. Ele expôs uma situação, bem ou mal, pode ser que todos estes comentários motivem estes profissionais a ver o caso.
A verdade não se esconde na internet. A Juliete não deve saber mas em Portugal durante muitos anos existia uma caneta azul para rasurar o artigo do Sr. Júlio, hoje não há.
Agora com tudo o que li aqui, eu fico a aguardar o dia em que surja aqui o comentário de alguém a dizer “fui ver a situação, assunto resolvido”.
Senhor Manuel Tiago
Se não fosse hilariante eu nem lhe respondia! “A classe dos Assistentes Sociais é de certa forma responsável pela crise”??? O Senhor deve de estar a brincar ou então não vive neste país e está completamente alheio às vicissitudes que uma classe profissional passa desde há alguns anos. E mais? O Senhor coloca aqui em causa o direito a que cada um possa livremente discordar de uma opinião? Não gosta de ser contraditado? Bom, parece-me que quem é o utilizador do “lápis azul” é o Senhor!
Eu reclamo-lhe sim é bom senso, pois ter o direito à opinião é elementar, mesmo quando se dizem asneiras!
Passe bem!
Sr. Vítor Gomes,
Do alto da sua secretária não deve ter acesso ao país real…
Quem nunca ouviu a frase: “era só o que me faltava arranjar trabalho quando fico em casa a ganhar mais” Nunca ouviu? Eu já! Vezes a mais, tantas vezes que revolta. Gente que nunca contribuiu para a segurança social ou só o fez durante um curto espaço de tempo, gaba-se de estar em casa a receber rendimentos que fazem falta a muita gente.
Tenho a certeza que isto não é culpa sua ou da classe que orgulhosamente defende, mas estas situações não são conhecidas? Cabe a quem implementar/sugerir medidas para alterar estas situações? Há forma de denunciar isto? Se há está a falhar, porque senão estas coisas não eram faladas e declaradas sem qualquer tipo de pudor como acontece.
Se ficou ofendido pelo meu comentário da caneta azul retiro-o e peço desculpa. (sinceramente)
Mas repare que quem olha de fora isto parece simplesmente uma praça pública virada a quem escreveu um artigo, quando não me parecia ser esse o moral da história.
Trabalho diariamente com o Brasil, troco imensos emails e telefonemas, de tal forma que tenho de parabenizar a Sr.ª Juliete pelo português exemplar que aqui apresentou.
Por isto tudo soar tão estranho, por achar que deve haver muito mais gente a concordar com o Sr. Júlio do que com tanta gente que se insurgiu contra ele é que eu comentei.
Infelizmente quer o Sr. Vítor e restantes queiram quer não, tenho a certeza que as pessoas que lêem este artigo e lêem os comentários finalizam com um comentário (ainda que apenas interior): “Oh, nem vale a pena.”
Peço desculpa por me ter intrometido no vosso apedrejamento público.
Não há dúvida que devem estar a conquistar as pessoas.
Cumprimentos,
Manuel
Sr. Manuel Tiago
Não precisa de me pedir desculpas pois não me ofendeu, “nem do alto da minha secretária….!”, porém lhe digo que “…uma andorinha não faz a Primavera…”! Há casos? Claro que os há! Mas não se confunda a árvore com a floresta.
Atentamente
Vítor Gomes
Sr. Manuel Tiago (não o “outro” que já morreu)
Parece que lhe desagrada o direito do contraditório. Infelizmente ainda há muita gente assim. Ainda bem que vários colegas meus têm manifestado a sua legítima opinião, é sinal que a classe está viva e que quem dirige este espaço não utiliza “o lápis azul” privilegiando a salutar liberdade de opinião.
Atentamente
Vítor Gomes
Sr. Vítor Gomes,
Tal como o Senhor eu vou abandonar esta guerra de comentários.
Até porque não concordo com a forma que lhe têm respondido que é de facto grosseira. Mas eu e o Senhor não chegamos a essa troca de galhardetes, pelo menos acho eu.
Só sinto que tenho de lhe dizer que o seu discurso é “uma mão cheia de nada”, não o vejo a responder a nenhuma questão só o vejo a defender-se desdobrando-se em acusações.
Também tenho de ser sincero, não admitia certas coisas que lhe disseram aqui, por isso a sua paciência e educação chegam a ser de louvar.
Olá á todos, olá senhor Julio, li seu artigo e as respostas, e como sou Assistente Social, achei interessante contribuir na discussão, pois isto é pluralismo. Eu já tive um salário baixo como o senhor menciona, também já andei a pé e vivenciei muitas situações, pois além de profissionais somos seres humanos. Logo, além de conhecer a realidade social através da academia tenho experiencia de vida e acima de tudo capacidade de me indignar quando vejo uma pessoa em situação de vulnerabilidade Social. Enquanto profissional nunca neguei um atendimento, e por muitas vezes já me desdobrei para dar conta de demandas que além de serem de minha competência enquanto profissional , tive uma postura humana. O Assistente Social é um profissional que não oferece ajuda em seu trabalho, faz mais que isso, pois o direito social não é algo que alguém lhe dá, mas sim algo que já é uma garantia por ser direito. Nós assistentes sociais não trabalhamos ajudando as pessoas, esta é uma visão infundada, nos atuamos na garantia de direitos, logo, entendo que talvez neste caso em especial a profissional pode ou não ter cometido um erro, pois não conheço a realidade, devemos sim atender todos aqueles que da assistência social necessitar e se não for de nossas competência devemos encaminhar para outro órgão que seja competente. No entanto, minha critica é que o senhor Julio deveria ter procurado primeiro esta profissional falar com ela, se não resolvesse, ligar para seu conselho fiscalizador, pois o Serviço Social é uma profissão muito séria e tem um conselho de classe, e este, se responsabilizaria de averiguar se há infração no trabalho deste profissional e não simplesmente fazer um artigo criticando todos os profissionais. Deste modo, entendo como uma falta de respeito aos profissionais que atuam seguindo um projeto ético politico profissional, um código de ética profissional, lutando dia após dia na garantia de direitos sociais, receber uma critica infundada, senhor Julio, vá lá pessoalmente fale com as profissionais que o senhor conhece com uma pratica questionável, mas não critique de forma geral todos os profissionais, pois meu trabalho e de muitas outras pares que conheço são trabalhos de intelectuais e temos praticas de resultado em nosso cotidiano, conheça de verdade nosso trabalho, eu lhe desafio a comprovar tudo o que dizes sobre as Assistentes Sociais depois desta experiencia.
Prezado Júlio!
Concordo com o Sr. quando ressalta a questão da falta de infra-estrutura para a assistente social realizar com efetividade seu trabalho. Só a título de esclarecimento, procure saber sobre a QUESTÃO ESTRUTURAL em que esses profissionais atuam e deliberam suas atividades, mas, ainda temos que entender que estamos num país da PALIATIVIDADE,da POLITICA DO FAZ DE CONTA,ou seja, muito se planeja,mas pouco se executa, principalmente quando se remete ao nosso processo de colonização brasileira.TEMOS ALGUMA IDENTIDADE NACIONAL PRESERVADA?Acredito que há necessidade de sermos prudentes ao afirmarmos sobre uma ação de um profissional dentro apenas do senso comum!
Resposta coletiva.
Peço desculpa por não responder a todos os comentários, mas é-me impossível de todo dar uma resposta a todos vós neste momento.
Pois como poderão verificar pela hora de registo deste meu comentário eu já deveria de estar a dormir, no entanto ainda tenho pelo menos mais umas 2 horas de trabalho pela frente.
De qualquer modo, eu só quero explicar aqui o porquê de eu não procurar a assistente social do burgo, nem tão pouco perder tempo em procurar saber o porquê ou a razão de esta não ir visitar estas duas famílias.
Ao mesmo tempo a mesma proza serve para justificar a minha descrença do trabalho de algumas e repito (de algumas) assistentes sociais.
É que eu já tive uma guerra aberta com uma assistente social, resultado foi-lhe aberto um inquérito, eu prestei as declarações que entendi ser justas na altura, outros dois intervenientes também prestaram as suas declarações, ficaram-me de me comunicar o resultado desse inquérito e atá há data nunca recebi nada.
E esta guerra que me levou a nunca mais perder tempo com assistentes sociais começou porquê, perguntaram vocês que me leem?
E eu respondo-vos, começou + ou – no mês de Abril de 2012, quando eu descobri um paraplégico, que andava há 15 anos a pedir, a preencher requerimentos e mais requerimentos junto desta assistente social para que esta lhe conseguisse uma cadeira de rodas normal, cujo custo normalmente é de 80€ já com iva.
É claro que são das mais baratas, mas era exatamente o que ele o paraplégico precisava na altura e já há 15 anos. Segundo o mesmo, a resposta que recebia todos os anos da assistente social, é que tinha recebido uma resposta negativa da Segurança Social de Aveiro, dizendo que o orçamento para esse ano já estaria esgotado.
O esgotamento do orçamento da Segurança Social dado como desculpa a este paraplégico, fez com que este anda-se os últimos 10 anos numa cadeira de rodas, onde só tinha ferros o assento era atamancado com um cobertor e umas toalhas.
O que valeu-lhe diversos internamentos hospitalares, e umas quantas intervenções cirúrgicas, uma das quais o colocou entre a vida e a morte, devido a uma fistula que ele apanhou na parte da bacia, o que levou a carne que lhe cobria os ossos a apodrecer, carne esta que lhe teve de ser retirada (raspada) ficando com os ossos da bacia há vista, levando a equipa médica a acreditar que se ele hoje está vivo deve-se a um milagre.
Resultado o que a assistente social não conseguiu em 15 anos, consegui eu em 5 dias através de um pedido do Facebook, consegui arranjar-lhe não uma, mas sim duas cadeiras uma das quais elétrica e uma normal basculante.
Passados uns 15 dias de entregarmos as cadeiras de rodas a este paraplégico, descubro um casal de reformados mais o filho com deficiência motora a viverem há 19 anos num barraco de chapas de zinco de duas divisões no meio de uma duna na praia, sem água nem luz.
Onde estas três pessoas dormiam, cozinhavam, lavavam-se, comiam e tinham que fazer as suas necessidades fisiológicas para dentro de um balde, balde esse que era despejado no meio da duna de noite para ninguém ver.
No entanto esta mesma assistente social tinha conhecimento do caso, aceitou durante estes 19 anos diversos requerimentos da parte desta família a pedir um habitação condigna para viverem. Esta família viu diversos blocos de apartamentos sociais a serem construídos mesmo ao lado do seu barraco, viveram sempre com a esperança que um deles lhes seria atribuído.
Mas na realidade, eles viam-nos a ser ocupados por outras famílias que até nem precisavam assim tanto de um apartamento, ou tanto como eles, mas que estes viam a ser-lhes entregues, sem perceber em qual o procedimento ou o critério de escolha de famílias na entrega destes apartamentos.
Também aqui o que levou 19 anos a resolver, depois do jornal local ter feito uma reportagem em vídeo, o caso foi resolvido +ou-em 6 meses ficando a Autarquia a pagar-lhes uma renda numa casa que esta lhes arranjou.
Depois destes dois casos, como é que querem que eu acredite no trabalho das assistentes sociais. Não posso acreditar, não quero acreditar nem tenho tempo a perder com esta classe trabalhadora.
Ainda havia muitos mais casos para relatar aqui de miséria no Distrito de Aveiro, com conhecimento até direi profundo das assistentes sociais, mas que estas ou nada fazem ou então mandam os vizinhos ajudarem. Quer-se dizer, as os assistentes sociais é que ganham o ordenado seja ele muito ou pouco, e os vizinhos é que tem de olhar, que ajudar e encaminhar a miséria alheia. Aja paciência minhas senhoras, meus senhores mas assim desta maneira não há Santo que aguente.
kem e você sr julio para falar da segurança social se você não merece tar a frente duma associação ganhe mas e vergonha na cara……..
Perguntas bem Carla quem sou eu para falar da segurança social.
Se queres que te diga, nesta altura do campeonato nem eu sei quem sou, ou talvez até saiba, mas não queira admitir.
Porque na verdade considero-me um parvo que anda a pedir a pessoas amigas e outras desconhecidas comida em espécie de géneros alimentícios, para depois de os juntar mete-los em caixas e enviar para famílias que nos pedem que as ajudem porque não têm que dar de comer aos filhos.
Sou aquele parvo, que anda a gastar o pouco dinheiro que recebe de reforma em gasolina e alimentos, para ir levar comida por exemplo de Aveiro a Vila Nova de Gaia, a uma moça carenciada, moça esta que tem mais personalidade num dedo dos pés do que a Carla tem no corpo inteiro.
Sou aquele que segundo a Carla diz que não tenho vergonha na cara, mas que compra aos dois pares de calçado novos no mercado de Pardelhas para oferecer ao filho da tua amiga (salvo erro) tua prima.
E para finalizar sou aquele sem vergonha segundo a tua opinião, que andou a procurar no meio das várias ofertas que nós recebemos, as peças de roupa e a ensacá-las, que tu me pediste para oferecer aos teus sobrinhos que segundo o que tu dissestes estão ao cuidado dos teus pais, porque a mãe deles não tem possibilidade de os vestir condignamente.
Agora e perante isto, diz-me tu Carla quem sou eu, porque sinceramente eu já não sei na realidade quem sou. Uma coisa eu tenho a certeza assistente social eu não sou.
Mas sei que sou um homem que tem um coração de manteiga, que chora quando vê uma mãe, um pai a chorar e a pedir ajuda não olhando há sua classe social, porque não tem que dar de comer há sua família.
E quando esse pedido é dirigido há associação que eu presido, a primeira coisa que eu faço é ir há minha própria despensa e ver o que eu tenho lá e retiro tudo o que tenho para poder acudir á pessoa que me fez o pedido de ajuda. Agora Carla concorda lá comigo eu sou um parvo não sou. Claro que sou, pois se não o fosse estava sossegado na minha casa a viver da minha pensão de invalidez, a cuidar das minhas galinhas a fotografar o pôr do sol, e a dormir as noites completas, em vez de me andar a mendigar comida para oferecer a quem mais precisa e a passar noites em claro em frente do PC a escrever para quem eu vejo que me possa ajudar a ajudar quem mais precisa.
Uma coisa, no entanto, eu tenho a certeza, é que um sem vergonha no sentido que tu mencionaste eu não sou.
Sou sim um desavergonhado ao expor em público, aquilo que eu vejo que não está correcto, mas quando eu escrevo contra alguém tenho provas e comprovativos daquilo que eu escrevo, não dou palpites sem saber o que digo ou por dizer como é o caso agora da Carla, também não dou tiros para o ar sem alvo, até porque os últimos tiros que eu dei foram dirigidos a duas pessoas, e fui julgado e condenado a 3 anos de pena de suspensa, mesmo assim não foi condenado por eu ter atirado há queima roupa mas sim por a arma com que eu disparei não estar legal. Por esta razão não sou nem de perto nem de longe como a Carla, que de uma forma furtiva conhece a realidade do trabalho que eu faço em prol dos mais carenciados, mas mesmo assim omite a verdade, deixa se levar no prazer do seu devaneio de mal dizer, pensando que está a dizer e a fazer algo de útil para a comunidade Portuguesa.
Depois de todo este pá tua, aconselhava a menina Carla que tem idade para ser minha filha a ir amanhã há missa do padre Zé, que parece-me que o conhece bem olhando já às posteriores ameaças que me fez na minha página do facebbok, confessar-se e pedir perdão a “Deus”pelas bacoradas que deitou e tem deitado pela boca fora a meu respeito. Porque como eu já lhe disse, e repito a Carla não me conhece, nem tão pouco tem idoneidade, muito menos confiança, para poder opinar a meu respeito uma vez que só convivemos umas horas juntos numa festa de anos
É verdade Carla, só agora é que eu me lembrei, que tu és prima direita do paraplégico Luís Silva, daí tu pensares que me conheces.
Pois é bem verdade eu sou aquele sem vergonha na cara que conseguiu em 5 dias dar ao teu primo o que a assistente social não conseguiu em 15 anos, que foi duas cadeiras de rodas uma das quais eléctrica, que lhe tem arranjado e pago os comprimidos para lhe atalhar a infecção permanente que este tem na bexiga, que por meu intermédio se fez um jantar onde se arranjou o dinheiro para pagar a dívida que ele tinha nos BV, quando lhe negaram o transporte, e ainda lhe entregou o resto do dinheiro para eles fazerem compras no Mini preço.
Pois claro foi este sem vergonha na cara que com a minha acção de solidariedade fez mexer a Comunidade Murtoseira emigrada nos USA, comunidade esta que num jantar e em donativos conseguiram juntar, umas largas centenas de dólares com que compraram uma cama nova adaptada há deficiência do teu primo.
Sou o sem vergonha, que fez com que alguém de Santarém fizesse com que a Segurança Social de Aveiro se interessa-se pelo caso do teu primo e o beneficiasse com umas certas regalia se equipamentos, que ele nunca tinha tido nem tão pouco sabia que tinha direito a eles.
Enfim sou aquele que como tu disseste aqui em cima e copiando as tuas palavras (kem e você júlio para falar da segurança social se você não merece tar a frente duma associação ganhe mas e vergonha na cara……..) pois é Carla eu posso ser isso tudo o que tu aqui dizes e até mais ainda, basta tu escreveres mais umas asneiras que te dê na telha, mas sinceramente quem é o sem vergonha na cara que fez igual em tão pouco tempo pelo teu primo? Se ser um sem vergonha, é ser um homem que fez isto por um vizinho que nem sequer o conhecia nem mais gordo nem mais magro antes de o entrevistar, então eu sou um sem vergonha na cara com muito orgulho e honestamente feliz por ter proporcionado uma vida muito mais suavizada e feliz a um paraplégico que segundo o mesmo me disse antes de eu lhe conseguir que alguém lhe oferecesse uma cadeira de rodas eléctrica ele não sai de casa há já 5 anos. Bom há sem vergonhas na cara que de vez em quando conseguem realizar assim uns milagres não é Carla, no entanto quem sou eu para falar mal das assistentes sociais não é?
Senhor Júlio Silva
Não posso concordar com o conteúdo pouco abonatório de Carla Marques. Porém, se me permite, sugiro-lhe que de futuro não coloque o nome das pessoas desfavorecidas que tem ajudado nem as causas dos seus problemas pois “o povo” não precisa de saber, quem é, onde mora e de padece. Realizou um acto de solidariedade? Muito bem! Não importa a quem!
Atentamente
Vútor Gomes
Muito bem sr. Vitor Gomes claro que eu posso evitar de colocar os nomes das pessoas que eu ajudo através da Associação que eu presido.
No entanto, deixe-me perguntar-lhe uma coisa se eu for a sua casa e começar a dar-lhe opiniões como o sr. Deve de governar a mesma o sr. Gostaria e aceitaria as minhas opiniões, ou mandava-me ir há fava e continuava a gerir a sua casa da maneira como que tem governado penso eu da melhor maneira que sabe.
Além disso, se eu uso os nomes das pessoas é mais para chamar a atenção dos nossos benévolos que nos ajudam com gêneros alimentícios, se eu deixar de publicar estes nomes de fazer publicidade (entre aspas)na página da Associação, quem é que me vai ajudar a ajudar estas pessoas que a nós recorrem em momentos de desespero. Será por acaso que o senhor Vitor Gomes está há altura e com disposição de nos subsidiar? Se assim for eu paro já de colocar e mencionar os nomes destas pessoas e passamos a ajudar estas mesmas há conta do sr. Vitor Gomes.
Enquanto isso não acontecer, eu vou continuar a usar este procedimento, e a tonar público estes atropelos a cidadãos Portugueses, e chamo atropelos às condições em que eles vivem por ineficácia de certos/as assistentes sociais.
Porque até, se eu tenho visto efeitos positivos da parte de algumas assistentes sociais, é sim depois de eu ter tornado públicas estas mesmas situações, e como eu já estou farto de escrever e repetir aqui em outros comentários. Comentários estes que tanto o sr. Vitor Gomes como as suas colegas de ofício teimam em ignorar. Uma vez que só leem e entendem aquilo que querem, para depois reproduzirem aqui em jeito de comentários.
E é tudo o que eu lhe tenho a dizer a respeito do seu conselho sr. Vitor Gomes, e como eu estou a ver que a missa continua e a procissão ainda vai no adro, cálculo que ainda vai vir por ai alguns chuviscos e aguaceiros…E o povo vai apanhar chuva.
Passar bem.
Sr. Júlio Silva
Agradeço a resposta ao meu comentário, que redundou num “mandar-me à fava”! Ora como nunca gostei que me mandassem nem “abaixo ou a cima de Braga” eu não vou continuar a entrar neste debate que vai resvalando para a grosseria, darei da minha parte por finda qualquer outra futura intervenção neste espaço.
O Sr. Júlio se continua a achar bem nomear as pessoas que são objecto de intervenção, muito bem, continue, só deixarei a pergunta: Não terão essas pessoas direito ao anonimato e ao resguardo?
Passe bem.
Vítor Gomes
Muito bem dito Sr.Júlio adorei a resposta que o sr. deu aqui à Carla Marques.
Se estas miúdas olhassem mas era por elas abaixo talvez vissem que tem muitos telhados de vidro.
Além disso tem muitos exemplos vergonhosos na família.
Não vejo qual seja a razão desta garota em provocar o sr. Júlio ao escrever mal e porcamente o que escreveu.
Para mais depois do que o sr. Fez por um familiar dela. Onde durante 15 anos ninguém se interessou pelo caso como o sr. Júlio se dedicou de corpo e alma a esse caso. Porque se esse paraplégico hoje convive na rua e nos cafés com os amigos deve-o ao sr. E não a nenhuma Assistente Social, a verdade é esta nua e crua, no entanto é sempre assim depois de servidos dão coices de burro a quem lhes fez bem, muito bem…
O seu trabalho na Associação sr. Júlio é louvável, e não tem nada que se lhe aponte, o sr. É honesto demais, e para quem tem dúvidas é só consultar a página da Associação e ver o que o sr.Fez com o caso da Vice-presidente,que a destituiu do cargo e deu-lhe um lugar secundário de vogal, segundo o que eu soube pelo motivo de ditos e mexericos entre a Vice e uma amiga recente da Associação. Quer um conselho gratuito Sr. Júlio? Tome mais cuidado com as amizades que faz é que por vezes os santos da beira da porta não são os mais benévolos e não fazem milagres.
Etelvina Soares.