Pensamentos dispersos na crise das burocracias

Não podemos negá-lo: estamos em crise! Eu defendo a crise não é de agora e não é só financeira, para mim é essencialmente de valores, de atitudes, de educação.
Somos um país burocrático em que são precisos papéis e mais papéis para tratar de um assunto. Temos funcionários mal preparados, apáticos e, em muitos casos, antipáticos. Ainda no outro dia numa repartição fui entregar uns papeis e qual o meu espanto quando vêm dois funcionários tirar fotocópias aos mesmos. Deve ser a politica do “senão puderes ajudar atrapalha porque o importante é participar”.Claro que houve cópias repetidas, papeis que quase não tinham direito a cópias. Enfim…
O sistema de avaliação (e atenção que não me estou a referir à avaliação dos professores) é mais uma coisa para as pessoas se entreterem. As quotas de bons e muito bons estão definidas e vão sendo atribuídas, não por mérito, mas quase por escala “este ano é fulano A para o ano fulano B”. É quase um crime dar uma má nota.
Se o trabalho não está pronto a tempo não se pode dar sermões e claro nada de preocupações porque o lugar está garantido. As pessoas não fazem, fazem mal e simplesmente não querem saber. E claro, como agora se sentem injustiçadas por estes cortes todos trabalham menos. O que implica ainda mais atrasos e ainda mais coisas mal feitas.

Crónica de Maria Café
Pensamentos Dispersos