Os Portugueses precisam de mais SEXO! – Ricardo Espada

«Ui, que este maluco passou-se realmente da marmita!» Será o que os meus amigos leitores estarão a pensar neste preciso momento, correcto? Eu sei que, com um título tão afirmativo, pode parecer que estou armado em psicólogo, psiquiatra, analista ou sei lá o quê. «Olha-me para este agora… Deve ter a mania que tem a solução para melhorar a vida dos Portugueses… Ganha juízo, mas é!» Descansem… Não tenho não. Aliás, tudo o que eu escrever neste texto não é para levar a sério – é apenas para ler, rir (Porventura… de tão estúpido que é…) e comentar, aproveitando para insultar-me.

Desde o início desta semana, que tenho reparado num estranho mal-estar nos Portugueses. Não sei o que passa com os comuns cidadãos portugueses. Andam chatos, stressados, mal-encarados, maldispostos, carentes, sensíveis, desanimados, obscuros, vingativos, ranhosos (Deve ser das alergias, certamente…) e algo desapontados. Desde o princípio desta semana que tenho reparado num comportamento, completamente diferente, do que se verificava no início do mês passado. Não sei o que se passa, mas estou a ficar algo preocupado. Preocupado, apreensivo e assustadiço – tal e qual, como se fosse largado numa planície africana com dois tigres e um leão a disputarem-me entre si, para decidir qual deles me iria comer. Hum, demasiado estúpido. Esperem… Ah! Já sei – tal e qual, como se fosse acampar e acordasse pela manhã, com uma viúva negra no peito a olhar para mim, como que a afirmar: «Amigo… Estás tramado. Vais desta para melhor, e é já!» Ok, continua estúpido… Esqueçam lá isto…

As pessoas, desde o início desta semana, têm revelado uma negação surpreendente para todos os factos da vida, assim como, para as situações da mesma. Pessoas que, durante o mês de Agosto, pela manhã, ao cruzarem-se comigo, disparavam alegremente um «Olá, bom dia!». Agora, essas mesmas pessoas, simplesmente ignoram-me… Tenho de ser eu a interpelar com um «Olá, muito bom dia!», mas sempre sem sucesso. Por vezes, até retrucam com um «Bom dia? Pff… Só se for para ti, ó!» A sério, o que se passa com as pessoas desde o princípio desta semana?

Levei a semana toda a tentar descobrir o que se passa com os Portugueses e, finalmente, passados 5 dias, consegui entender o que se passa. E não, não está relacionado com o actual estado do país e essa crise horrível e hedionda que nos atormenta há já alguns anos. Está relacionado com o fim das FÉRIAS DE AGOSTO! Como é que não me apercebi mais cedo? Meu Deus… Mais uma prova cabal do quão velho estou a ficar… As pessoas andavam contentes por estarem de férias, mas, agora, como estão de regresso à labuta laboral, ficaram carrancudos, tristes e muito difíceis de aturar…

Mas, claro, eu tenho uma solução para resolver esta lacuna na vida das pessoas. Meus amigos, pratiquem o sexo! Pratiquem o sexo e, rapidamente se aperceberão, que o mundo não conspira assim tanto contra vocês (Excepto se, alguns homens não conseguirem cumprir com a sua responsabilidade sexual, e dar o prazer necessário às suas companheiras…). Pratiquem o amor, o tão carinhoso e prazeroso amor…

Para todos aqueles que não têm a possibilidade (Ou capacidade…) de praticar o amor, podem sempre alugar alguns filmes do tema… Ou, então, leiam o «50 Sombras de Grey», e esperem para ver o filme que já está prontinho a ser gravado. Até já escolheram os actores para interpretarem as personagens principais da história. Pergunta: Para ver o filme «50 Sombras de Grey» no cinema, será preciso pagar um valor à parte do bilhete, para nos emprestarem umas algemas, chicotes e todo um manancial de artefactos sadomasoquistas para usar aquando da visualização do filme? Se não, então está mal. As pessoas iriam esquecer as férias de Agosto num instante… Assim, num ápice! E até ficariam com marcas no corpo para a vida – uma chicotada é coisa para deixar marca.

Memorizem o conselho que aqui o Ricardo tem para vós, malta stressada e carrancuda: PRATIQUEM O AMOR, CARAMBA!

E com isto me vou… Adeus, e até para a semana, malta catita… e stressada, carrancuda, maldisposta, chata, mal-encarada, carente, sensível, desanimada, obscura, vingativa, ranhosa (Assoem-se, pá! Que nojo…) e algo desapontada…


RicardoEspadaLogoCrónica de Ricardo Espada
Graças a Dois
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