Ser Poeta II – Viriato Queiroga

Caros leitores,

Hoje decido quebrar um pouco o meu habitual registo para vos sugerir que corram com a personagem do seguinte texto, uma pequena homenagem a alguns poetas portugueses, e um ligeiro “Constrangimento Opinativo”:


Irei correr!

Correr sem parar,

Correr como se o mundo fosse terminar,

E eu, nada saber!

 

Será como uma estrada

Atravessar, até horizonte, tão perto…

Mas discernir, nada mais,

Apenas um deserto

 

Olhar… a mais profunda solidão.

Saber… não é uma mera ilusão.

 

Terra ressequida,

Escassa mente instruída,

Onde o sol brilha

E a estrada fervilha.

 

Nada resta do que terminou,

Ainda menos do que começou.

 

Apenas o acto em si…

Correr, sem parar,

Como um fim

 

Não mais raciocinar

Porque tenho muito a ambicionar.

 

A estrada irei percorrer,

O calor, fome, sede,

Suor, ferida no meu ser…

Nada me irá deter!

 

Porque ser poeta…

 

Não é ser mais alto,

Não é saber como percorrer,

Não é saber onde falto,

Tão pouco o que o que arde sem se ver…

 

Ser poeta…

É ser filho do impossível!!!

É ser guerreiro do inalcançável!!!

 

È por isso…

E atentem no meu esquisso!

Irei correr sem parar,

Parando, apenas, quando o infinito alcançar!!!

Boas reflexões e uma boa semana.

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Constrangimentos Opinativos