Algum destes sintomas, a seguir mencionados, parecem-lhe familiares?
– sensação que tem os seus hábitos alimentares “fora de controlo”
– episódios recorrentes de compulsão alimentar
– ingerir elevadas quantidades de alimentos num ápice, até mesmo quando não sente fome
– esconder comida ou invólucros/embalagens da mesma
– sentimentos de culpa ou repulsa durante e depois de ter comido desmasuradamente
– repulsa ou constrangimento motivados pelo excesso de peso ou descontentamento com a sua imagem
– associa episódios de compulsão alimentar despoletados por determinados sentimentos como tristeza, ânsia, vergonha, cólera, ou outros
– sentimos de pouca auto-estima
– alterações de humor
Se identificou 5 ou mais sintomas como sendo habituais, é possível que tenha os seus hábitos alimentares completamente desregulados.
Também designado por comer desregradamente, a compulsão alimentar, ou binge eating disorder, é caracterizada por episódios frequentes de excesso alimentar absolutamente fora de controlo. Episódios de compulsão alimentar também são comuns em pessoas que sofrem de bulimia e anorexia de tipologia purgativa, contudo, pessoas que sofrem apenas de compulsão alimentar não se purgam (exercício físico, vómito, períodos de ausência de ingesta alimentar prolongados, entre outros) pelo que a tendência é aumentarem de peso.
Pessoas que fazem dietas muito restritas e/ou com períodos entre refeições muito longos provocam a diminuição dos níveis de açúcar no sangue despoletando assim a sensação de privação que origina, muito facilmente, episódios de compulsão.
Como evitar episódios de compulsão alimentar?
Para combater qualquer desordem alimentar deve existir uma acção a diversos níveis psicológicos e fisiológicos. Enfrentar as emoções que provocam o apetite desregrado e seguir um plano alimentar personalizado com o objectivo a neutralizar os seus desejos. Assim sendo a primeira atitude que deve tomar é aceitar que tem um problema, e posteriormente procurar ajuda junto de um dietista/nutricionista. Para ajudá-lo a resolver os seus problemas emocionais, que despoletam a compulsão alimentar, procure um psicólogo.
Crónica de Beatriz Melo
Educação Alimentar
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