Somos todos feitos da mesma fragilidade – Vânia Tavares

“Pedro Oliveira criou uma rede social para doentes” é o título de uma notícia do JPN (http://jpn.c2com.up.pt/2013/06/25/pedro_oliveira_criou_uma_rede_social_para_doentes.html).

O objetivo é as pessoas que estiveram doentes partilharem os sintomas e as formas que arranjaram para melhorar uns com os outros. Isto porque os investigadores descobriram que, muitas vezes, os doentes arranjam as suas próprias formas de ultrapassar o problema.

Esta é das melhores notícias que li nos últimos tempos. É um sinal de que a sociedade está a criar comunidades e é mesmo isso que é preciso. Mais comunidade, menos sociedade. Mais união, menos descriminação. Elevar mais os outros, rebaixar menos.

No fundo, somos todos iguais: temos dúvidas, temos medo, temos ideias. No fundo, queremos todos o mesmo: respeito, compreensão e companhia. No fundo, todos precisamos de esclarecimento, apoio, integração.

E, acima de tudo, temos muitos complexos.

Neste momento, por exemplo, estou com uma doença chamada falta de inspiração. E sei que não sou a única! Portanto, era bastante interessante criar uma conversa acerca deste micróbio e ficar a saber quais os melhores medicamentos para combater o mesmo. Tenho muitas ideias na cabeça e, ao mesmo tempo, não encontro nada. Quero dizer muita coisa, mas não sai uma frase devidamente estruturada e lógica. É o que acontece na nossa vida: está tudo misturado na cabeça, mas a boca não consegue pronunciar.

VaniaTavaresLogoCrónica de Vânia Tavares
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