Terras com nomes estranhos – Bruno Neves

Confesso que sou um apaixonado por Portugal. Tudo me deslumbra no nosso país: das paisagens de cortar a respiração até às características típicas dos “tugas”. E um dos aspectos que mais me fascina é o nome que certas terras têm. Existem nomes verdadeiramente inacreditáveis e o “Desnecessariamente Complicado” desta semana vai dar destaque a alguns deles.

Ponto prévio de extrema importância: este é um texto de cariz humorístico como tal tudo o que aqui for dito é única e exclusivamente uma forma de brincar com os nomes das terras em questão não existindo qualquer intenção de ofender as respectivas populações ou a história e o legado de cada uma das povoações. A minha fonte de pesquisa foi a internet como tal é falível. Caso esteja presente algum erro, ficam desde já as apresentadas as minhas sinceras desculpas.

Se fosse eu que mandasse neste país (espera aí…eu disse mesmo isto? Bolas, Deus me livre de tal castigo!) todos aqueles que estão constantemente atrasados seriam obrigados a viver numa só terra (eu sei, sou muito democrático não é?), sabem qual? Exactamente: “Ás Dez” em Angra do Heroísmo! Os amantes dos animais seriam transferidos para “Focinho de Cão” em Aljustrel Enquanto que os “pintas” com a mania que são engatatões (e o Zézé Camarinha em particular) iam imediatamente para “Garanhão” em Ponte da Barca. Os românticos iam dar este mundo e o outro para viver em “Amor”, Leiria, ou “Paixão”, Vieira do Minho.

O Presidente do Sport Lisboa e Benfica iria obviamente para “Orelhudo” em Coimbra. Por motivos óbvios Marta Leite Castro seria a Presidente da Junta de Freguesia de “Namorados” em Castro Verde. Já Betty Grafstein, mulher de José Castelo Branco, cá para mim reside no “Cemitério” em Paços de Ferreira mas ainda ninguém a avisou. Vale e Azevedo seria um autêntico Deus em “Sarilhos Grandes”, Moita.

Fico sempre a pensar como raio surgiram alguns destes nomes. Por exemplo, quem é que achou que era boa ideia chamar “Terra da Gaja” (Lousã), “Rio Seco dos Marmelos” (Ferreira do Alentejo), “Catraia do Buraco” (Belmonte) ou mesmo “Cama Porca” (Alhandra) a uma terra? E lembrem-se que estas foram as melhores opções, agora imaginem como seriam as piores…

“Ah, então e se por acaso fosse necessário um outro nome para o nosso país qual é que escolhias?” Confesso-vos que estou indeciso entre duas opções. “Mas quais, mas quais, diz que nós queremos saber!” Epah, tanto entusiasmo! Pronto, eu digo, não é preciso insistirem! Para mim passávamos o nome deste país para “Monte dos Tesos” (Avis) ou então para “Pobreza” (Caminha).

Mais uma vez repito: a intenção deste texto não é atacar nada nem ninguém, mas sim brincar e arranjar motivos para que neste país cada vez mais cinzento alguém tenha vontade de esboçar um sorriso ou soltar uma gargalhada. Tenho o maior dos respeitos pelo legado histórico de cada povoação, assim como pelas personalidades públicas acima mencionadas, não fui o primeiro a brincar com elas e certamente que não serei o último. Tal como os exemplos acima descritos existem muitos mais, contudo confesso que o pudor proibiu-me de mencionar alguns deles.

Nunca se esqueçam que é precisamente esta diversidade que torna Portugal num país único. Amem o vosso país, mas acima de tudo, amem a vossa terra e tenham orgulho nas vossas origens.

Boa semana.
Boas leituras.

Crónica de Bruno Neves
Desnecessariamente Complicado
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