Um acontecimento lamentável

Lembras-te? Aquele outro dia que me pediste para ficar, que pediste perdão e me prometeste que tudo iria ser diferente dali em diante?

Eu recordo-me como se esse teu discurso tivesse acontecido ontem! Eu não queria por nada deste mundo que aquele momento fosse o único, que fosse o último mas, não havia volta a dar à situação em que ambos estávamos metidos, um problema criado por intrusos, gente mal intencionada que não sabe o que é amar! Tu prometias, tu choravas, tu olhavas para mim e no teu olhar, notava-se um grande medo, medo esse de me perder, creio eu.

Eu não me recordo de qual foi a minha reação mas, eu lembro-me exatamente de tudo aquilo que aconteceu naquela noite, lembro-me de estarmos sentados e eu sentir uma forte vontade de te abraçar, de sussurrar-te ao ouvido o quanto eu te amava, de te dizer que apesar de tudo o que foi dito, de  tudo o que eventualmente foi feito, eu perdoo-te e quero estar contigo. Sem ti a minha visão perde a cor, perco a voz, o sentido de orientação, a vontade de querer amar quem quer que seja…

E não, não digo isto para que seja bonito, para que ao leres gostes do que está escrito, eu digo-te isto do fundo do coração, bem lá do fundo, digo-te isto porque é a melhor forma que encontrei de expressar a vontade que tenho de te amar, de te mostrar que realmente te amo, de te dizer que, apesar de sermos novos, eu amo-te com todas as minhas forças. Eu não te prometo um sempre, lamento mas não posso, não conheço o dia de amanhã mas, enquanto estivermos juntos e enquanto eu te amar, prometo-te todo o meu ser, de corpo e alma.

Espero poder contar contigo para tudo o que vier amanhã, não é desta que ficamos por aqui, o que temos é mais forte que todo o mal que possa cair sobre os nossos ombros.

Crónica enviada pelo leitor João Silva