Um presente envenenado 1/3 – Bruno Neves

Esta semana decidi voltar a brindar-vos com um conto da minha autoria. Esta semana é publicado a primeira parte e nas duas próximas semanas serão publicadas as duas restantes partes. Espero que seja do vosso agrado!

Um jovem jornalista ganha um passatempo e está prestes a desfrutar de uma semana na Turquia na companhia da sua namorada. Durante o segundo dia aconteceu algo que não estava nos planos…

Passavam três horas da meia-noite quando o casal regressava ao hotel da sua intensa noite. Passam pela recepção e dirigem-se para o seu quarto, mas a verdade é que já não estavam na posse da totalidade das suas capacidades fruto da longa noite e do álcool já ingerido. O que os levou ao sétimo andar e não ao sexto como era suposto. Quando finalmente chegaram ao andar correcto ouviram demasiado barulho para o que seria de esperar aquela hora. Resolveram esconder-se ao fundo do corredor e tentar perceber o que se passava.

Ao olharem com atenção ficaram boquiabertos: quatro indivíduos vestidos de preto da cabeça aos pés e com a cara tapada estavam a assaltar o quarto ao lado do seu. Enquanto fugiam, os assaltantes aperceberam-se do casal que estava à espreita e perante os gritos estridentes da jovem rapariga optaram por apontar uma arma ao homem e levar consigo a mulher. Ele não teve hipótese e não conseguiu reagir.

O jovem optou depois por permanecer escondido até ser seguro ir para o seu quarto. Seria completamente insano tentar fazer alguma coisa dado que os bandidos estavam armados, e bem armados diga-se de passagem! Quando finalmente consegue chegar ao seu quarto começa a rever os acontecimentos e constata algo muito interessante. Isto não aconteceu por acaso, isto só pode ter sido planeado por um ambicioso bando de criminosos! E foi então que se lembrou de um pequeno grande detalhe: um dos bandidos tinha uma tatuagem no pulso. E não era uma tatuagem qualquer, era a tatuagem que todos os elementos da máfia turca têm!

Pode parecer estranho mas ele tinha a certeza do que dizia! E sabia-o porque há uns meses atrás tinha feito uma reportagem sobre as máfias europeias e sobre as tatuagens que todas, sem excepção, têm como marca única e que as diferencia de tudo e todos. O local onde se encontra a tatuagem varia de país para país mas no caso da Turquia era mesmo o pulso o escolhido para tão importante acto.

Percebeu então que estava a lidar com criminosos profissionais que sabiam muito bem o que estavam a fazer. Certamente que esperavam enriquecer facilmente através do resgate. Decidiu então que tinha que fazer algo, não podia simplesmente ficar ali sentado sabendo o que tinha acabado de acontecer. Teria de ser ele mesmo a fazer algo uma vez que contactar a polícia estava fora de questão: era mais que previsível que alguns dos seus membros fossem corruptos e trabalhassem para a máfia.


Decide então dormir sobre o assunto para no dia seguinte pensar por onde deve começar. No outro dia bem cedo pensa por onde deve começar até que tem uma ideia. Opta por ligar a um velho amigo, ex-jogador de futebol, e que agora é agente de alguns jogadores de futebol na Turquia. Alguns minutos e um telefonema depois já tudo está combinado: para pôr a conversa em dia marcaram um café e para que conhecesse os seus negócios iriam assistir ao treino de uma equipa da segunda divisão turca onde alinham alguns jogadores por si agenciados.

Até para a semana.
Não percam a próxima parte, porque nós também não!
Boas leituras

Crónica de Bruno Neves
Desnecessariamente Complicado
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