Vazio cerebral! – Gil Oliveira

Estou neste preciso momento dentro de um avião a caminho de Lisboa.
Venho de Amesterdão, tirei o portátil e pensei: “Epá porreiro vou ter que ficar aqui enfiado durante 2h30, vou aproveitar para escrever…”. Ou não! Sinto um vazio cerebral que é qualquer coisa de incrível. Acho que qualquer coisa que eu tente escrever vai ter tanta piada, como ver um miúdo a atirar pão a patos num jardim…

Não é que a ideia seja má, eu é que não estou a conseguir pensar lá muito bem. Amesterdão não é propriamente um daqueles sítios, onde vamos de férias para descansar a cabeça. É mais um sítio para onde viajamos, quando queremos esvaziar o cérebro – seja pelas substâncias alucinogénas, pelas senhoras desnudas ou simplesmente pelo acto de andar de bicicleta a velocidades estonteantes, no meio de carros, motas, carrinhos de bebés e pessoas. Sinceramente não sei como é que não morre mais gente atropelada naquela cidade. – Mas pronto, vou tentar escrever algo porque preciso mesmo de me entreter.
Se não tiver piada a culpa não é minha, a culpa é das férias!

Eu adoro férias. Por mim teríamos 343 dias de férias e 22 de trabalho! Vá… Até podiam ser 340 dias de férias e 25 de trabalho que eu não me importava. Adoro viajar, descobrir novos locais, pessoas e histórias… O que gosto menos nas viagens é da comida! Por exemplo, em Amesterdão toda a comida leva molhos, seja as tão famosas e típicas batatas fritas (o que por si já é estranho, que raio de país é que tem batatas fritas como prático típico) quer seja os hambúrgueres, as sandes ou uma fatia de pizza. Tudo leva molho, ou mostarda, ou ketchup ou mayonnaise, ou outro qualquer… Até lhe digo mais, eu sou gajo para arriscar que a expressão: “viajar na mayonnaise” foi inventada lá.
Deve ter sido inventada por um tipo que começou a alucinar graças à junção de uma ganza e uma sandes mista com mayonnaise, só pode…Aii, aiii, se eu soubesse o que sei hoje… Acho que teria levado tupperwares com comida de casa.
Agora infelizmente vou ter que desligar o portátil, senão corro um sério risco que o avião se despenhe por minha culpa. (Pelo menos é o que a hospedeira me está a dizer.) Adeus e até breve.

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Crónica de Gil Oliveira
Graças a Dois
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