Um Lugar ao Sol

Quero um lugar à sombra. Um lugar onde me possa deitar vezes sem conta com a minha opinião falerística e espremer ou expressar razões soberanas que me fazem, a mim e a ti, valer da mesma ideia e valor.

Março de 2012 (nunca mais chega a Abril, para receber o conta-gotas dos Euros que ainda vão ser gastos). Leis programadas, plano anual programado, 2012 rasurado desde já para se entrar com o pé direito ou esquerdo no outro a seguir…e nós? E tu?

O que é que cada um de nós foi cultivando para savoir-vivre neste Portugal com(paixão)? As conquistas, as figuras esguias, as figuras históricas, as que demarcaram o país, as que ainda demarcam, a evolução cultural, as figuras maternas e paternas – professores imprescindíveis – a beleza paisagística, o modelo de beleza português – o Amor, e o amor, e o amor…

Que problemas diários nos deixam terminados em nós mesmos, arrastando-nos para a exatidão de sequelas que não queremos que se aproximem de nós, mas que, como correm o mundo inteiro, também se chegam a nós, e nos vão perguntando: «E tu, o que podes fazer por mim?».

Enxergámos o problema, e se tivermos oportunidade observámo-lo atentamente, para que não seja mais um a ser colocado atrás das costas sem antes ser eliminado.

Posso ver-te como um «problema» ou posso ver-te como uma oportunidade, onde, se eu acrescentar algo de positivo que é meu, já não te poderás chamar problema, mas sim, oportunidade minha.

O que acham dos valores familiares? Na família quando existe um problema, fica tudo desorganizado: mãe com pai, filhos com pais, etc, etc.. Mas, quando alguém se lembra de sair do seu estado egoísta de ver o seu problema como “seu” e verificar uma oportunidade para se aproximar, por exemplo, mais do seu pai, e devagar analisar e “compôr a organização familiar”, vai ver o seu problema como uma oportunidade que teve, para aprender ferramentas imprescindíveis para organizar a sua vida familiar, quando assim se tornar necessário.

Por isso, se dermos verdade à capacidade que temos de amar, a vida procura-nos do jeito mais simples que somos. Tudo isto advém de um tornado feito do mesmo peso e na mesma medida, com o conteúdo chamado Amor.

Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao sol