Vejo-os passar aflitos,
Alguma coisa se vai passar,
Uns a correr, outros perdidos,
No encalço de quem os queira achar.
Passam de gorro enfiado,
Erguem na mão o estandarte,
Ao centro do qual pintado,
Há no emblema a roda c’uma águia à parte.
Orgulhosos como soldados,
À laia de uma guarnição,
Numa guerra em que estão sentados,
A chamar a um juiz, cabrão.
Que estranha essa gente que passa,
Só não estranho é seu amor,
A uma causa maior que a casa,
Aonde a jogar nem sempre é o maior.
FIM
Inspirado na romagem de adeptos ao redor do estádio, jogo Benfica – Estoril, 20março22.
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