A vingança serve-se fria – Teresa Isabel Silva

O ser humano geralmente guarda mais não esquece. Cada vez, mais a vingança é tão doce como um semi-frio, e toda a gente sabe que os semi-frios nunca se comem quentes, mas também nunca se comem totalmente frios.
Tal como o semi-frio que tem uma temperatura exacta para ser ingerido, a vingança tem que ficar a “apurar” para ser servida.
O vingador pensa na melhor receita, junta uma pitada de maldade, uma boa dose de motivos e claro uma quantidade qb de como não ser responsabilizado.
Não será a troco de nada que os crimes de uma vingança que se serviu fria são aqueles que dão mais trabalho ás autoridades. Um bom exemplo disso é os episódios do CSI, onde os melhores crimes e aqueles que dão mais trabalho ao Horácio são aqueles crimes de vingança que são igualmente elaborados através de uma receita.
Este facto pode ser explicado por um simples cozinheiro, aliás, é fácil de compreender que depois de se pensar na vingança, é preciso que esta se apure no lume brando da raiva ou do desespero, depois enquanto a vingança arrefece o chefe pensa num plano elaborado para fugir á policia. Estes planos costumam ser tão elaborados porque como Portugal tem excesso de burocracias é difícil de arranjar uma maneira credível de as contornar a todas em tão curto espaço de tempo.
Resumindo, as vinganças vão começar a ser servidas quentes quando os vingadores se deixarem de preocupar com as burocracias portugueses, e forem levados a agir sem pensar.

Crónica de Teresa Isabel Silva
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