Acordar Todas as Manhãs – Patrícia Marques

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Acordar todas as manhãs e perguntar a si mesmo, «Como viveria o dia de hoje se este fosse o último dia da minha vida?»Não é nenhum daqueles exercícios pirosos de terapia motivacional. É um modo profundo de dotar os seus dias de alguma urgência e  compromisso.

(Robin Sharma, 2007, in Seja Mestre na Arte de Viver)

         O comprometimento com os dias, verifica-se no modo como agarrámos cada tarefa e a fazemos cumprir no nosso plano da realidade. Ao acordar, e perceber as horas diárias que temos pela frente, podemos: vivê-las, vivê-las afincadamente, ou simplesmente não vivê-las. Quando eu falo em viver, quero deixar significar que determinado acontecimento é experienciado e existido até à última gota; não é fácil quando percebemos que nos espera uma tarefa que exige de nós 100%, sabendo nós que estamos num estado afetivo-emocional positivo de 40%. Mas é aqui, nessa tomada de consciência, que nos sabemos seres humanos, dotados de resistência e força de espírito. Hoje mesmo (segunda-feira) li uma frase do nosso colega colunista Ricardo Espada, que dizia: ‘…E assim começa mais uma semana de trabalho. Se gosto do que faço? Não, pelo contrário: ODEIO o que faço! Mas, lá diz o ditado: “O que tem que ser, tem muita força…” Bom dia…Isto implica uma força de espírito formidável, e decerto que por encarar as coisas desta forma, o nosso colega colunista, a meio da manhã já nem encarava as coisas com tanto esforço; pelo contrário, percebera o obstáculo que ultrapassara após este 1º momento.

       Acordar e procurar um sentimento de pertença ao mundo, torna-se imprescindível, para nos deixar perceber a importância que temos na valoração da vida dos outros e na nossa própria vida. E só assim conseguiremos achar ‘o sentido da nossa vida’. Quero dizer com isto que cada minuto, cada momento, deve de ser vivido com a maior paixão e regozijo possível; quero com isto dizer que cada acontecimento na vida daqueles que mais ama, cada mérito alcançado deve de ser convivido da maneira mais amorosa possível; quero ainda realizar a mesma pergunta que Robin fez: «E se eu morresse agora, o que é que eu deixaria por fazer?». Esta não é uma frase mórbida, que subentende escuridão de pensamento ou até mesmo desânimo em viver, esta é uma frase que nos procura alertar para o alcance de objetivos na nossa vida. Primeiramente o alcance de objetivos em grande plano (anuais, mensais) e depois, o alcance de objetivos semanais e diários. Recordo-me agora de um post no facebook partilhada pelo Prof. João Paulo (Presidente da Associação Portuguesa de Psicologia da Saúde Ocupacional) que dizia – Segunda: Levantar, beber café, vestir para impressionar, conquistar o mundo e sorrir mais. Ao ler, apercebi-me realmente que isto poderia definir um dia bem vivido, sendo que conquistar o mundo, seria o conjunto de objetivos definidos na nossa agenda para serem realizados no dia de hoje (‘a conquista do nosso mundo – como? Servindo-o).Cada vez mais percebo que a consciência do cérebro humano é extremamente importante para o alcance das vicissitudes do nosso ser enquanto humanos. Uns dizem: «É do erro que se aprende e só depois se dá valor»; outros dizem: «é a experiência e aprendizagem humana que molda o conhecimento e caráter humano»; outros acrescentam: «Tudo o que eu respiro é vida, todo Eu sou vida e o sentido humano encontra-se no amor, na verdade, na gratidão, nos sentimentos formulados na positividade, reciprocidade e abundância profundas.»

Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao Sol
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