Déjà Vu do Natal – Maria João Costa

As piadas sobre o Coelho da Páscoa que tem como apelido Paços, já estão mais do que gastas; o folar do padrinho Gaspar, ninguém o viu, e ninguém pergunta por ele, porque do vítor nunca vem coisa boa. Também já esgotaram as receitas de bolos de chocolate e tudo o que envolva calorias a mais. A história do ginásio da próxima semana, já se sabe que é um mito que o inconsciente de cada um criou para se poder provar todos os bolos das tias sem sentimento de culpa.

Do S.Pedro nem vale a pena pensar em escrever (mas já escrevendo), se precisa de um canalizador, ou se teve um engarrafamento de nuvens, isso é problema dele, ou antes, parece que é problema nosso. Com chuva, trovoada bolos à mesa, presentes e lareira acesa, fica-se com a dúvida: será Páscoa ou será Natal?

Quem tinha roupa nova, teve que ir ao gavetão do inverno, porque não estava dia para saias brancas, t-shirt com borboletas, e muito menos para calções de surf, All-star e camisas sem botões. Até se pode arriscar que as igrejas tiveram menos “fregueses”, não porque estava a chover, mas porque não houve passagem de novos modelitos na hora de desfilarem pela passadeira vermelha para irem ter com Ele (com todo o respeito).

O que de bom sobra desta Páscoa são mesmo os doces. Estão sempre lá quando são mais precisos. O problema é que vão continuar por lá durante uma semana, e o inconsciente vai continuar a adiar a segunda-feira, aquela derradeira, que marca o inicio de uma inscrição no ginásio. Essa segunda-feira não esta, de certeza.

 

Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez!