Diálogos…(2) – Patrícia Marques

“Prescindir do que é mais fácil e dar preferência às atividades que o teu coração sabe que são as certas, é sempre o caminho mais direto para conseguires a família dos teus sonhos.”

(Sharma, R., 2010)

Pai, sei que as discussões não levam a lado nenhum; mas então é por isso que dizem que o diálogo preenche todos os vazios e desonestidades que no mundo existem. O diálogo por amor criado, é o que reúne pessoas da mesma família e concilia a irmandade entre todos os elementos.

Na confusão familiar existe a evidência de que os membros de uma família são únicos. Cada qual com a sua preciosa ação e competência; cada qual com o melhor que se entende a fazer.

O diálogo é imprescindível Pai. Dizeres o que sentes em relação à humanidade, a ti mesmo e a nós é extremamente importante. Temos personalidades, querendo dizer que o ser Humano tem nuances positivas que podem adiantar e surpreender todas as condições impostas pela vida e pela ausência de felicidade. Porque eu sei que existem limitações na vida. São as mesmas que nos condicionam a viver da melhor forma possível, mas também aprendi contigo que os obstáculos são os desafios que necessitámos para dar um passo em frente.

Sabes o que é pior nisto tudo Pai, é o sofrimento humano. O sofrimento humano é o que mais me dói. Tenho medo dele Pai. Tenho medo que ele venha por aí, de mansinho, dizer-me olá, dizer-me que chegou a minha vez, sem que eu tenha algum modo para me defender e destacar a minha presença.

Por outro lado, ensinaste-me que existem algumas pessoas boas; eu acreditei Pai. Ensinaste-me a acreditar que a família, quando decide encontrar o equilíbrio e a harmonia, necessita de ver o que está mal, necessita de ver o lado do outro, seus sentimentos e a sua razão emocional.

Daí a minha confiança. Entendes agora porque espero em ti?


Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao Sol
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