Manicómio – Crónicas Minhas

Já há muito tempo se diz que para tudo na vida é preciso um bocadinho de loucura. E por um lado, o que seria da humanidade sem os malucos?
Aliás, não existe mesmo o hábito de chamar às pessoas que tem grandes ideias de malucas e depois chegarmos á conclusão que aquele maluco até teve uma boa ideia?
Por exemplo, o Thomas Edison, quando disse aos amigos que ia descobrir a lâmpada, eles devem ter-se rido dele, e acusa-lo de loucura, provavelmente até o tentaram internar no manicómio… E no final, o grande maluco até teve razão.
Ser maluco está na moda, toda a gente tem uma ou outra ideia louca, mas que no fundo acaba sempre por ser uma boa ideia… E é sem duvida nos tempos de crise que se vêem as loucuras das pessoas, a loucura é muitas vezes a originalidade levada ao seu expoente máximo. No caso de Portugal, podemos então dizer que a economia e os cortes orçamentais, são todos loucos, arrojados e originais, tudo isso porque mais ninguém além dos nossos políticos se lembraria de aplicar coisas deste género. Analisando bem, Portugal até parece um grande manicómio da Europa.
Enquanto os políticos brincam aos malucos e dão com a população em louca, os populares descobrem que no campo da medicina não há dinheiro para tratar as doenças mentais. Mas também o que quase ninguém sabe é que o dinheiro e as instalações para tratamento da maluqueira estão limitados e reservados para o primeiro-ministro e para alguns membros do nosso faustoso Parlamento, entre eles o ministro das finanças. Aliás nós, o povo português, somos os melhores no campo da medicina para o tratamento de pessoas malucas que tem ideias loucas, somos tão bons nesse campo que a Merkel já reservou um tratamento personalizado.
O lado positivo desta história do manicómio é que mesmo com a crise este é um sector com crescimento a cada dia que passa e com garantias de futuro nos pós crise.

Crónica de Teresa Isabel Silva
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