O Número Mais Conhecido de Abril – Um lugar ao Sol

Alguém inaugurou alguma guerra, e eu não dei conta?

Segunda-Feira – restos suspeitos de um final de semana (des)cansado. Palavras simpáticas + “talvez haja uma 2ª dívida”+ palavras culturais + “quantas vezes subiu o preço dos combustíveis”+ palavras de conforto + “fome de dinheiro – desemprego, corte de pensões, de subsídios e reformas…”

Será que já inauguraram um novo 25 de Abril que se aproxima, apresentando novos argumentos para combater a situação precária atual? Ou será como nos anos anteriores: “Viva a liberdade que conseguimos em 1974, embora todas as dificuldades que estamos a atravessar?”

Apetece-me um lugar ao sol, vivido em laranjas e cores primaveris que nos trazem já o cheiro dos búzios e das conchas, ou do campo e do relaxamento…

Será que este Portugal (com)paixão irá de férias também? Irá de férias de todos estes problemas que se acrescem aos problemas do povo português? Aguardemos;  ainda estamos em Abril, a digerir amêndoas, ovos e chocolate.

Andámos todos um pouco doces, no imaginário da Páscoa, onde os confetis não entram, mas entra o convívio sério e familiar que faz amanhecer os problemas pessoais, e os torna mais sóbrios e menos importantes.

Esta semana comentaram algo comigo, que rotulei como importante. Um senhor (penso que, nascido antes de 1974), havia dito que os jovens de hoje eram uns cobardes… Abri os olhos, tipo coelho pós-Páscoa e ouvi o restante. O mesmo senhor havia dito isto porque diz que nós (jovens) nada fazemos para alterar isto, para mudar o nosso futuro, e que eles «já estão velhos para o fazer».

A confusão instala-se…surge mais um problema!

Ouvi dizer que se deve de incutir a paz e não a guerra. Mas a sobrevivência das famílias é imprescindível para que vivam bem e para que tenham todos os direitos humanos acessíveis e possíveis. Neste momento, isto não se está a verificar…e, «onde não há pão, todos ralharam e ninguém tem razão!»

Que fazer? GUERRA NÃO! Teremos de dar uma oportunidade à inteligência estadual para levarmos este Portugal (com)paixão para o 1ºlugar! O mais difícil é começar, depois…

Crónica de Patrícia Marques
Um lugar ao Sol