Vem e senta-te ao meu colo,
Abre-me o teu coração,
Mas não queiras sair logo,
Antes de auscultar-te a tensão.
Fala-me baixo ao ouvido,
Como ouvida em confissão,
No fim saio eu constrangido,
E tu com a absolvição.
Senta-te no colo e espera,
Sem teres pressa de sair,
Que onde foi já primavera,
Há ainda flores a florir.
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