A minha Vida dava uma Crónica – Aos anónimos deste mundo

Caro(s) Anónimo(s),
o meu respeito por vós e pela vossa força é imensurável .
Queria olhar para V.Exas como Reis e Senhores do Universo, mas como são anónimos nunca sei se serão Reis ou Rainhas, se serão Senhores ou Senhoras.Confesso que às vezes até duvido que sejam pessoas.Mas isto porque creio no Olimpo e que que no Panteão em amena cavaqueira com os Deuses estão vocês, anónimos.Absolutamente intocáveis, detestávelmente inatingíveis.
Dançam descontroladamente ao som da lira de Apolo e atingem com maldade os Deuses.
Zeus tenta perceber quem perturba a divinal harmonia.Em vão.
Vocês não estão preocupados…sabem que são anónimos e que nada vos pode acontecer. Para haver culpa tem de existir um culpado, para haver castigo, um castigado.
Neste meio terreno chamam-vos cobardes, por não se mostrarem, por se ocultarem atrás de uma identidade inexistente, mas essas pessoas não sabem o que dizem.
Vocês são os donos da razão no seu estado mais puro porque comentam o que se escreve e dizem o que pensam sem preocupação de serem mal vistos.Nada vos identifica.Deixem-me chamar-vos, com carinho, os Donos da Verdade, na medida em que não admitem direito de resposta, não há contestação possível, nem recurso permitido.
A quem devo tentar convencer que se calhar não sou um idiota?A quem respondo quando me perguntam se só publico comentários que me elevem o ego?
São vocês, anónimos o último grau de jurisdição da verdade.A última palavra é sempre vossa.

Ou seria…se eu lesse os vossos comentários.