Critiquei, mas agora não vivo sem – Maria João Costa

Rendi-me. Nunca pensei que isto fosse acontecer, mas caí na tentação de experimentar e agora não quero outra coisa.

Há uma primeira vez para tudo, e a minha primeira vez foi há umas horas … a primeira vez que deixei o meu pé escorregar sozinha para dentro de uma daquelas botas de pelo que parecem as pantufas de usar em casa.

Sempre fui uma dessas pessoas que critica essas botas, que diz mal e goza com quem as usa, mas só o fazia porque não conhecia as potencialidades que há nelas: quentes, confortáveis e (bonitas ou não) ficam bem com tudo (falo de roupa sem brilhos, nem nada que exija um sapato de salto alto); já para não falar no preço. Fiquei fã, adoro-as e já estou a pensar na cor da minha próxima aquisição.

A minha mãe vai gozar comigo, vai torcer o nariz e vai relembra-me de todo o meu antigo discurso sobre as botas-pantufas, mas tudo o que elas me fazem sentir compensa qualquer torça de meia hora …podes falar Maria, fala, que eu continuo com os pés quentinhos. Maravilha.

Também não me importo que toda a gente tenha umas iguais, e que tenham as «originais» cheias de acessórios e coisas giras, eu apaixonei-me pelas minhas, simples, baratas e competentes nas suas funções. Pois, não posso usar quando o S. Pedro se lembra de ligar a torneira, mas tudo bem, eu consigo viver com isso!

A partir de agora não vou falar sem experimentar … mais cedo ou mais tarde acabamos todos por ter a nossa primeira vez, e aí percebemos que já podíamos ter aproveitado o «bem bom» da pantufa mais cedo! Falo da pantufa, neste caso específico …há muitos outros «bem bons» por aí. Experimentem!

Crónica de Maria João Costa
Oh não, já é segunda feira outra vez!