Viva a Folia no Amor!

Eis que chegou o mês mais pequeno do ano. O mês do amor. O mês da folia. O mês da folia no amor! Quem não gosta de um bom forrobó? Seja ele mascarado, enquanto se dança o “Mamãe eu quero…” ou com um chicote e algemas, enquanto se grita “Ho’s your Daddy?!” Eu gosto! Pelo menos no que toca a primeira parte. Já a segunda, não tanto, diz que ser chicoteado é coisa para doer…

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«Diz… Atenção! Eu nunca experimentei. O mais próximo que tive de levar uma chicotada, foi daquela vez que, ao tirar o soutien da minha mulher, aquilo saltou e… Bom, isso agora também não interessa para nada.»

Este mês, na minha rubrica “C’um Catano” irei falar sobre assuntos picantes… Pregos, agulhas, alfinetes, pionés… (Eh! Eh! Estou a brincar, não ligue, isto foi apenas para quebrar um pouco o clima.)

No dia 14 de Fevereiro comemora-se o Dia dos Namorados. O pior dia do ano, na minha opinião. É porque, se por um lado, os solteiros acham que este dia é horrível visto não terem ninguém com quem o comemorar, por outro, os casais sofrem uma enorme pressão social para o fazerem:

 – “Não comemoras o dia dos namorados? Como não?!”

– “Não tens prenda para a tua namorado? Que raio de namorada és tu?!”

– “Não vais levar a tua esposa a jantar fora? Que marido desnaturado!”

– “Vais ficar a fazer serão neste dia? Logo neste dia?! Tu não me amas?”

– “Ai combinas-te um jantar, com os teus amigos, para dia 14…? Sabes que dia, é dia 14? Pois… Pois, bem me parecia…”

Estas são algumas das frases que um marido, mulher, namorado, ou namorada, tem de ouvir se decidir não comemorar o dia de S. Valentim. Eu acredito, sinceramente, que somos mais recriminados se decidirmos não comemorar o Dia dos Namorados do que o Natal…

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Quer saber de uma coisa? Eu não comemoro! Acho parvo. Acho que este dia serve apenas para fingirmos algo que não corresponde à realidade…

O dia dos namorados é sempre, meus amigos, basta termos vontade. É aquela terça-feira à noite que levamos a nossa esposa a jantar fora. É aquele fim-de-semana, que marcamos de surpresa, para a levar a conhecer um sítio que sempre quis ir. É aquela blusa que lhe oferecemos porque sabíamos que ela gostava. E, acima de tudo, é ficar em casa, no dia 14, de pijama, a ver a bola porque nos apetece! Isto é amor. Tudo o resto é marketing…

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Alguns dias após do S. Valentim (pelo menos este ano), eis que chega outra comemoração especial: o Carnaval.
Centenas e centenas de foliões tomam conta das ruas. É homens vestidos de mulheres, mulheres vestidas de homens, piratas, fantasmas, bebés, polícias, enfermeiras, padres, etc… É toda uma panóplia de máscaras, fatos e fetiches. Corsos tomam conta das ruas, pessoas mascaradas tomam conta dos bares, bailes e bordéis (peço desculpa: danceterias) Cada um faz aquilo que lhes dá na real gana. Até porque é Carnaval é isso mesmo. É o único dia do ano onde a nossa vontade sai à rua. Onde a vergonha fica em casa e o nosso verdadeiro eu vem passear.

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Claro que também há quem não goste do Carnaval. Há sempre aquelas pessoas que preferem criticar os que optam por se divertir, em vez de elas próprias se divertirem também. O Carnaval não é para todos. Não é! Aliás, o Carnaval nem sequer é os mesmos, todos os anos. Se este ano eu estou bem disposto e apetece-me ir brincar, para o ano, que vem, isso pode muito bem não acontecer. O Carnaval é quando um homem quiser! E este sim, é uma dia que se pode mesmo dizer isso. Não no Natal. O Natal é sempre dia 25 de Dezembro. Já o Carnaval é quando no apetece brincar, rir de nós próprios, pular, dançar e fazer todas aquelas palhaçadas que, regra geral, não fazemos habitualmente…

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Por isso, meus queridos leitores, aqui fica um conselho deste tipo que adora o Carnaval mas detesta o S. Valentim. Mascare-se já hoje. Vista aquela roupa sexy que tem aí escondida no armário e faça uma surpresa à sua cara-metade. Esqueça o jantar, esqueça o cinema, esqueça as flores e esqueça as prendas. Esqueça tudo. Lembre-se apenas de si e da personagem que vai encarar. Faça uma surpresa ao seu marido ou mulher e vai ver que tudo é muito melhor quando fazemos aquilo que nos apetece, quando apetece e não quando o calendário assim o exige.

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“Eh! Eh! C’um Catano!”

Artigo de Gil Oliveira