Chove e chove lá fora! Chuva que não pára e insiste em alagar tudo o que aparece. As gotas tornam-se cada vez mais pesadas, e o seu movimento parece uma flecha agressiva que bate constantemente no telhado. Ouve-se o som intenso da chuva a cair.
Olho através do vidro e observo atentamente o que se passa lá fora! O cair da água, pelas goteiras, nas murchas flores que sentem desejo de se erguer alegrando o jardim. Vejo os cães amedrontados a esconderem-se nas suas cómodas casotas. Não se vêem pessoas, nem os risos das crianças a brincar no jardim. Está um dia triste e só chove!
Onde andas, primavera? O bonito e melódico chilrear dos pássaros foi substituído pelo soprar do vento. As árvores estão despidas da tua beleza e luz. Primavera, porque é que saíste daqui? Os tímidos brotos parecem querer aparecer, contudo as fortes chuvas e o vento que se faz sentir, impedem-os de sair.
Primavera, não te chateies connosco! Nós precisamos de ti. Do teu sol, da tua luz que nos transmite paz e alegria. Não queremos mais vento, nem chuva, só precisamos de sol.
O mau humor das pessoas está cada vez pior e a tua luminosidade faz, como por magia, alegrar o nosso dia.
Não sei o que se passou! Apareceste tão rápido como desapareceste.
Volta primavera, estás perdoada!
Crónica de Raquel Santos
Pequenos Desabafos
Mais crónicas
EU PROCRASTINO, E TU?
As mulheres merecem um amor feliz
O MEU MUNDO INVERTIDO