Nem costumo sair muito à noite, mas estas noites de Verão são apetecivéis. Nada melhor que aproveitar para dar umas caminhadas e ver o céu coberto de estrelas a brilhar. Mas nesse dia, queria ir à festa de Verão do bar mais badalado da cidade.
Num ápice, abri o guarda-fatos e tirei o primeiro trapinho que me apareceu à frente, o habitual top e jeans.
Maquiagem nem pus, sinto-me um pouco artificial. Eu prefiro mais ao natural, pelo menos mostramos aquilo que somos, bem em termos de aspecto, claro. Só uma à parte… Já viram fotos de famosas que são lindas de morrer e depois quando tiram as pinturas revelam-se outras! Que medo!
Entrei rapidamente no carro e poucos minutos depois cheguei ao tal bar. Ao abrir a porta do carro apercebo-me que estou num mundo à parte, possivelmente devo ter parado no tempo, em relaçao à roupa. Vestidos curtos, coloridos e alguns deles cheios de proporinas. Senhoras muito maquiadas e com penteados quase que artesanais, e pensei: “Vim para um casamento e nao reparei?”
Metros à frente vi um grupo de amigas que pareciam nuas da cinta para baixo. Ai eu disse “pareciam”, nao comecem ja a lamber os beiços! Eu refleti para mim mesma: onde estão as calças? Será que agora por causa da crise nem dinheiro à para comprar tecido para cobrir esta parte do corpo. Ai nao me digas que é devido ao calor, assim ter ar condicionado direto. Ai pensamentos pecaminosos! Pronto eu agora não penso só reflito (apesar de me ter esquecido de vestir o meu colete reflector ahah).
Observei melhor e aporei que afinal existia um pedaço de tecido que envolvia as estreitas cinturas. Aquilo a que chamam mini-saias pareciam autênticos cintos largos. Só tapavam mesmo aquilo que vocês sabem e o resto estava tudo á mostra.
Já dentro do bar, elas dão movimentos suaves porque se se mexessem mais um bocadinho, via-se uma subtil mão deslizar aquela mini, mas miini-saia para baixo. Vou agora refletir, se me permitem: Então porque é que as usam se não estão à vontade? Quase que nem se podem mexer… podiam fazer como eu e levar uma roupa mais descontraída.
Cada um é como cada qual, já dizia a minha avó, mas bastava um bocadinho de mais tecido, para aumentar aquelas espécies de saias! E pelo que já ouvi dizer, o preço é quase o mesmo.
A única coisa que me leva a pensar ( desculpem, eu sei que disse que não pensava mais, mas não resisti) é que as pessoas vivem muito das aparências, em vez de serem elas próprias. Já pensaram nisso?
Crónica de Raquel Santos
Pequenos Desabafos
O que se sentir mais bonita…
Beijo Lsette,
proporinas > purpurinas
Só uma à parte > Só um aparte
maquiadas > maquilhadas
“nao comecem ja a lamber os beiços!” > o público leitor não é estritamente masculino, a não ser que se incluam pessoas do mesmo sexo (mulheres, neste caso)
“nem dinheiro à para…” > nem dinheiro HÁ para…
Ai nao me digas > “Ai” o quê?… Interjeção mal utilizada, linguagem brejeira
“assim ter ar condicionado direto” > Esta frase tem sentido?
“reflito (apesar de me ter esquecido de vestir o meu colete reflector ahah)” > de acordo com o novo acordo ortográfico, reflector transforma-se em reflector, à semelhança de “reflito”
“aporei” > não existe no dicionário, por ser uma palavra informal. No entanto, está fora do contexto. Apor = adicionar, acrescentar
“tudo á mostra” > Tudo À mostra
“elas dão movimentos suaves porque se se mexessem” > tempos não concordantes
“roupa mais descontraída” > A roupa é que é descontraída?
“bocadinho de mais tecido” > um bocadinho MAIS DE tecido
Geral > Texto fraco de conteúdo, vários erros gramaticais, linguagem muito informal.
Senhor Miguel
Errar é humano. O senhor nunca deu erros?!
Entao as mulheres também não se podem lambuzar?!
Isto é uma revista de opinoes e cada um têm a liberdade de dar a sua, mas sem ofender ninguem..
Atentamente,
Raquel Santos