Entrevista Guilherme Duarte – Por Falar Noutra Coisa

O Ideias e Opiniões continua a sua forte aposta nas entrevistas exclusivas trazendo, sempre que possível, profissionais talentosos das mais variadas áreas que merecem a nossa atenção e destaque! Desta vez trazemos uma entrevista com o humorista, Guilherme Duarte, conhecido também através do blogue Por Falar Noutra Coisa.

Foto de Destaque da Autoria de Matheus Cabral.

Guilherme, como surgiu o nome Por Falar Noutra Coisa?

Era uma expressão que um amigo meu usava sem se dar conta quando mudava de assunto numa conversa. Achei que dava bom nome para um blogue onde não havia um tema dominante.

Qual foi o texto que consideras ter-te dado mais prazer a escrever?

Muito difícil de dizer. Os que me dão mais gozo são os que relatam algum acontecimento da minha vida. Fosse sobre ser engenheiro informático, sobre ir a uma discoteca sóbrio, sobre andar à caça de uma velha com Alzheimer que se tinha perdido. Esses em que agarro em episódios verídicos e os relato com humor, mesmo quando são assuntos sérios, acho que são os que me dão mais gozo a escrever.

A Buraca deu a Portugal, e ao Mundo, vários nomes do humor, com excelentes exemplos em Bruno Nogueira e João Baião (assim como várias outras personalidades em diversas outras áreas). Consideras-te, também, um ilustre desta nobre localidade?

Verdade, falta aí o Quimbé, também. Ainda não, mas talvez um dia se fale na Buraca e em vez de Buraka Som Sistema se pense em Por Falar Noutra Coisa, nunca se sabe. De qualquer forma, agora já me mudei para Alvalade, foi um choque cultural muito grande.

Em que medida é que “ser buraquense” te inspira, na tua atividade como humorista?

Acho que me dá muito material para escrever, tanto de histórias passadas como das que ainda me vão acontecendo sempre que vou lá visitar os meus pais e amigos. Acima de tudo acho que me ensinou a olhar para o mundo com outros olhos e a fugir para o humor como escape e como forma de evitar assaltos e levar porrada na escola.

Se tivesses que criar um slogan para a Buraca (ou para as Águas Livres, que congrega a maior parte da Buraca, toda a Damaia e parte da Reboleira), o que dirias?

Viver na Buraca é ver alguém a fazer jogging e pensar que já houve merda.

Por algumas vezes referiste que o teu percurso nas escolas da Damaia (Pedro D’Orey da Cunha e D. João V) te formaram e prepararam para a tua vida. Em que medida é que mudaste? Como é que isto te tornou na pessoa que hoje és?

Todas as vivências nos moldam e claro que isso teve muita influência. Dou graças aos meus pais de não me terem colocado numa escola ou colégio de meninos betinhos, acho que estudar ali me fez contactar com muita gente diferente e com muito mais dificuldades do que eu e isso tornou-me mais tolerante e preocupado com o estado do mundo. Fez de mim melhor pessoa, embora mais cínico com o futuro da humanidade.

Até que ponto é que o local onde cresceste, na época da tua infância e adolescência, te levou a ter uma consciência social, ao nível dos problemas que, no final dos anos ’90, início dos anos 2000, eram tão prevalentes neste local?

Teve um papel muito importante. Faz-me rir sempre que oiço alguém dizer que em Portugal não há racismo, especialmente quando moram na Quinta da Marinha e têm zero contacto com pessoas de outras raças que nascem sem as mesmas oportunidades. Crescer ali fez-me perceber que o problema da criminalidade alta não é a raça, mas as oportunidades e o racismo latente na sociedade.

Quando era miúdo e chegava a casa dizia «Fui assaltado por um preto!» e o meu pai ralhava comigo «Que tem a ver se é preto ou não? Foi uma pessoa que te assaltou, a cor não interessa.» e acho que isso me moldou e me faz lutar contra o racismo e ajudar no que posso em tudo o que sejam causas sociais.

Enquanto crescia desejei muitas vezes não viver lá, não ter de me preocupar com assaltos todos os dias e poder jogar à bola na rua à vontade. Agora, vejo que isso me moldou e fez de mim melhor pessoa e que me tornou mais “rijo” para a vida. Via muita gente a sujeitar-se a ser explorada pelos patrões e acho que ter vindo da Buraca me tornou menos choninhas e mais contestatário da autoridade.

Retrospetivamente, dirias que a situação melhorou? Se tivesses essa oportunidade, que piadas dirias a António Costa e a Carla Tavares (Presidente da Câmara da Amadora) de forma a fazê-los pensar em melhorar as condições de vida locais?

Melhorou no sentido em que diminuiu o crime violento na rua a partir do momento que o Casal Ventoso foi abaixo. O tráfico passou para os lados da Cova da Moura e, com isso, há mais dinheiro e menos necessidade de pequenos assaltos na rua e de levantar suspeitas. Isto é a minha teoria. Por isso, foi um melhorar relativo. Comecei a ter menos problemas quando passei a andar de carro e não de comboio, por isso não sei se a zona melhorou ou só o meu contexto.

O facto de ter crescido também, já que a maioria dos assaltos é cometida por putos que assaltam pessoal mais novo, também. Acho que, ainda assim, as coisas têm melhorado, começa a haver uma terceira geração que vem dos bairros que tem mais acesso à informação e à educação e isso é a base de tudo.

Para melhorar as condições de vida, o principal é investir na educação, a velha história de dar uma cana de pesca em vez de dar peixe. Tratar melhor os professores, acompanhar melhor os miúdos que têm menos apoio em casa e mostrar-lhes que apesar de nascerem condicionados, podem sonhar ser alguém. Se eles virem oportunidades, afastam-se mais facilmente do crime. De resto, é investir também na educação dos privilegiados para que percebam a sorte que têm e não olhem os outros de lado.

Como é que alguém que não faz do humor, como profissão, e que por isso está nos dois lados da questão, vê o estado do Humor em Portugal?

Bem, desde fevereiro que agora é a minha profissão, mas vejo como via antes: há bons humoristas, mas pouco investimento no humor. As televisões deixaram de ter, as rádios têm, mas arriscam pouco. Espaços para stand-up há quase nenhuns e ainda olham para a comédia como a irmã feia do teatro e das artes.

A internet veio mudar um pouco isso e dar voz aos novos humoristas, mas dar o salto é complicado. Muitas barreiras de cunhas e de concorrência que não querem novos valores a roubar trabalho. Faz parte, é assim em todas as profissões. A internet democratizou a coisa e as marcas começam a virar-se para o digital, mas ainda sofrem da bipolaridade de quererem ter graça, mas fugirem do humor. Preferem quem não tem opiniões e é inócuo. Quem quer começar ou tem pais ricos ou tem de ter outra fonte de rendimento para durante os anos iniciais produzir conteúdo sem ganhar um tostão. Há mais dos primeiros do que dos segundos.

Os textos que fazes para o blogue são de alguma forma uma inspiração para posteriores piadas para os textos para o Stand-Up?

Sim, alguns são adaptados para o stand-up. A estrutura tem de ser alterada, a palha removida e as punchlines têm de ter uma cadência maior, mas é um desafio giro ver o que funciona em formato longo de crónica e depois ao vivo. Depois tenho muito texto de stand up que nunca escrevi online, seja porque acho que não funcionaria ou para ter sempre material inédito.

Podcaster, Humorista, Escritor, Engenheiro Informático… qual é o título pelo qual gostas mais de ser tratado? O que pensas dessa idiossincrasia, tão portuguesa, das titulações?

Foto da autoria de Pau Storch

Opinador, às vezes, com piada. Pode ser assim. Escritor que interpreta os próprios textos em vários formatos é uma definição gira, também. É uma palhaçada os títulos, vemos isso com o Sócrates que ainda hoje, em entrevistas, o tratam por Senhor Engenheiro, quando ele nem engenheiro a sério é. Quando alguém se apresenta como Doutor é sinal que tem a autoestima em baixo e é uma pessoa rasca.

Nunca me apresentei como engenheiro, nem sequer gosto de me tratem por você, seja em que contexto for. O respeito vem da intenção e não das palavras e títulos. Trabalhei em sítios onde me tratavam pelo nome – ou pelo número de empregado e sem grande respeito pelas pessoas – e depois chegava a chefe e era “Vem aí a senhora engenheira”. Eu dizia, «Também sou engenheiro, mestre engenheiro, se faz favor, a partir de agora tratem-me assim.» É o portugalinho ainda, confiamos mais em doutores e engenheiros, do que em pessoas e vê-se o estado das coisas ao confiarmos nesses para nos governar.

Como é que surgiu a rúbrica Doutor G?

Era para ser uma coisa pontual, inspirada na Revista Maria, mas a adesão foi tanta que acabou por ficar. Ás vezes farto-me e paro, depois volto. Agora tenho um patrocinador, por isso agora ainda gosto mais de o fazer. Sou um vendido.

Já tiveste alguma pergunta que te tenha deixado de tal forma embaraçado, que não tenhas conseguido publicá-la ou que te tenha feito perder o controlo e rir durante vários minutos? Poderias dar alguns exemplos?

Embaraçado de rir não, mas da seriedade sim. Já recebi dúvidas que eu percebi serem reais sobre casos graves de violência doméstica. Não publiquei e passei os contactos da polícia e da APAV.

De rir, só mesmo a ingenuidade de algumas pessoas. É incrível como pessoas com vinte e poucos anos sabem tão pouco de sexo e de interação com outras pessoas. As mulheres não perceberem que se um homem parece que se está a fazer de difícil é porque não está interessado, por exemplo. Ou os homens que para as mulheres o sexo é secundário, por exemplo. E a quantidade de mulheres que acha normal não terem orgasmos durante o sexo? Asustador. Dão-se com os homens errados.

Como foi ser reconhecido com o Blogue de Entretenimento de 2016? E o Blogue do Ano?

Foi bom, os prémios valem o que valem, mas valem mais quando somos nós a ganhar. É bom saber que no caso do primeiro prémio, o público se mobilizou e votou. É bom saber que há esse reconhecimento e gratidão. O segundo, encheu ainda mais o ego por ser dado por um júri com muitas caras credíveis. Gostei da isenção, porque se havia claramente alguém sem conhecimentos ou cunhas lá dentro era eu. É uma arma gira de utilizar quando recebo críticas negativas, é um carimbo de qualidade que pode não ter mudado muito, mas que fica e dá jeito.

Entre escrever textos para o blogue ou apresentar em palco, o que é que te dá mais prazer?

Por norma, escrever é o que me dá mais gozo. É aí que me sinto confortável. O palco, começo agora a conseguir divertir-me e é algo que quero continuar a fazer, mas acho que vou dar sempre mais importância às palavras escritas, do que ditas em palco.

Para quando a nova temporada dos Falta de Chá?

Primeiro semestre de 2018, é o máximo que posso adiantar. Estamos agora em gravações.

O que nos podes contar sobre o teu novo livro, Chapadas à Padrasto?

É uma compilação dos melhores textos dos últimos dois anos de blogue. É a continuação do primeiro, que foi interrompido pelo segundo, que foi só dedicado ao Doutor G. Os textos foram melhorados e tem prefácio de Deus, mas de resto é o que fui publicando online. É para quem gosta mesmo muito e quer um artefacto físico, para quem quer oferecer ou para quem me conhece há menos tempo e não tem paciência para ler os textos antigos e assim tem aqui os melhores.

Enquanto escritor de três livros, como é que vês a afirmação no novo livro de José Rodrigues dos Santos de os portugueses o considerarem o melhor escritor nacional?  E a tua visão enquanto humorista?

Não sei até que ponto aquilo passa por ele ou é apenas o RP e a editora que decidem, mas eu tinha vergonha de ter uma coisa daquelas no meu livro. É demasiado pedante e, acima de tudo, mentira. Se houvesse um prémio que ele tivesse ganho, referir isso tudo bem, acho que é legítimo, agora falar por todos os portugueses só porque fizeram um estudo, é só parvo e arrogante. Ele é o melhor escritor da mesma forma que o Tony Carreira é o melhor cantor português. A popularidade não é qualidade e dizem que ambos copiam umas coisitas.

O que é que quem for ver o teu primeiro solo, Por Falar Noutra Coisa Ao Vivo, pode esperar?

Foto da Autoria de Pau Storch

Quem costuma ver stand up comedy pode esperar uma coisa diferente. É um espectáculo de humor e não de apenas stand-up. Vai ter vários momentos diferentes, com alguma música, Doutor G ao vivo, momento dedicado aos haters, e mais umas surpresas. Tem uma ou outra parte mais séria, mas é para rir 90% do tempo, espero eu. Estreou em Lisboa e fiquei satisfeito e consegui divertir-me no meio dos nervos todos. O feedback foi excelente e espero que não tenha sido sorte de principiante.

A facilidade com que um simples estado/imagem se torna viral nas redes sociais pode levar os mais jovens a encarar a profissão de humorista como algo “fácil”?

Talvez. Ter muitos seguidores é fácil, as pessoas metem like e partilham tudo e as coisas mais partilhadas são normalmente as mais básicas e sem grande criatividade, faz parte do mundo fast food e ninguém quer estar no Facebook para pensar um bocado.

No entanto, para fazer as pessoas seguirem tudo o que fazes, levantarem o rabo da cadeira e pagarem dinheiro seja por um livro ou por um bilhete, a coisa é diferente. Na internet, os números são enganadores e é preciso relativizar e perceber que um like não vale nada. Há muita gente sem piada a tentar ser humorista, mas isto é a minha perspetiva, depois quem manda é o público. Haverá quem diga o mesmo de mim.

Os Social Justice Warriors são uma praga para qualquer humorista?

Não, são bons. São bom material para comédia e fazem parte e acho que quando nos atacam é sinal que se tocou numa ferida. São só pessoas que precisam de atenção, mas cujas acções acho que vêm de um fundo bom e de quem gostava de ter um mundo melhor. Por isso, prefiro falar com eles e perceber o porquê de ficarem ofendidos com algo, do que bloquear e censurar já que aí estava a descer ao nível deles. Trato-os com muita estima porque sei que entre um hater recorrente e um admirador a única diferença é a inveja.

Em Portugal ainda é um fenómeno inofensivo, nos Estados Unidos e no Reino Unido, assusta-me o poder que têm. Por cá, acho que os alvos que têm escolhido são os errados e que só lhes dão força. Há muito racismo, homofobia e sexismo na sociedade e terem como alvos os humoristas é só sinal que não querem mesmo mudar as coisas e que só querem atenção. Ainda assim, prefiro que um SJW me odeie, do que um gajo do PNR me adore.

Como vês a ligação do humor textual com a nova “moda” do humor via Youtube?

Há youtubers e youtubers. Pessoal como o Dário Guerreiro e a Bumba na Fofinha, ou o Batáguas, são excelentes humoristas no Youtube. Cortar merdas com uma faca quente não é humor, é parvoíce, mas não tenho nada contra. O público é que manda e se tem público é válido. Tem criatividade? Não. Mas tem trabalho e horas de filmagens e de edição a construir um público e uma personagem que entretém as crianças. Não olho com qualquer desdém, desde que reconheçam que criativamente é fraco, mas a música pimba também é e eu prefiro-a em bailes do que Mozart.

Há espaço para todos e contexto para todos.

Se te fosse dada a oportunidade de trabalhar com qualquer humorista (nacional ou estrangeiro) com quem gostarias de trabalhar? E porquê?

Em Portugal, neste momento, seria o Bruno Nogueira. Acho que é o que tem feito coisas diferentes nos últimos anos, que arriscam, e o único que conseguiria dar cara a algumas personagens que tenho pensadas para filmes e séries. Se fosse um programa de sketches, seria com o Ricardo Araújo Pereira ou com o Hérman.

A nível internacional, talvez o Ricky Gervais fosse, neste momento, o que mais gostasse de trabalhar na criação de uma série ou filme, também.

Quem são as tuas maiores influências, a nível nacional e internacional, no mundo da comédia?

A nível nacional são os invariáveis três de sempre: Ricardo Araújo Pereira, Bruno Nogueira e Hérman José. A nível internacional, a minha maior influência é o já falecido George Carlin, a anos luz dos outros todos. Ainda vivos, atualmente, talvez o Louis CK, Ricky Gervais e Bo Burnham.

Onde te vês daqui a 10 anos?

É sempre complicado ver isso. Essa pergunta feita há 10 anos eu responderia que me via como engenheiro informático a gerir a minha própria empresa, por isso, não sei. Vejo-me a fazer o que gosto, seja o que for que é nessa altura. Não estou nisto do humor para ser famoso, ou porque não tenho jeito para ser músico ou actor e quero ser conhecido, como muitos. Estou nisto porque gosto e no dia que perder o prazer de o fazer volto à minha vida normal sem qualquer problema. Isso dá-me liberdade para fazer o meu caminho sem me preocupar com popularidade.

Conheço quem não fale de religião ou política porque falou uma vez e recebeu muitos comentários negativos. Isso envergonha os humoristas a sério, isso é ser um entertainer de categoria B sem espinha dorsal. É de quem quer ser pop star e os humoristas têm de ser a antítese disso. Por isso, daqui a 10 anos gostava de me manter fiel a mim próprio e ter liberdade para fazer projectos de humor que me dêem gozo, sejam populares ou não. De olhar para trás e ver que me testei em vários formatos e que o público que fui angariando continua a gostar. Não preciso de ter mais, acho que nunca vou ser mainstream, apesar de achar que posso ser transversal e ter milhões de seguidores. Preocupa-me mais em fidelizar e não desiludir os que já me seguem.

 

 

Fotografia da autoria de Pau Storch

Para finalizar, gostaríamos de fazer uma breve review do primeiro espetáculo de Guilherme Duarte, que decorreu em Lisboa, no dia 31 de Outubro, no São Jorge.

Numa Sala Manoel de Oliveira, praticamente, senão mesmo, totalmente, cheia e passado pouco tempo da hora que constava no bilhete, o nosso entrevistado entrava, quase sem se dar por ele, isto porque tal como ele entrou, estavam todos os espectadores, ou pelo menos a maioria a olhar para os seus smartphones e, possivelmente, a contribuir para o momento da rúbrica do Doutor G, que se deu mais tarde. Seguiu-se uma voz-off bastante familiar que alertava o humorista e o público do início do espetáculo. 

Gostamos bastante do rap que deu início ao Por Falar Noutra Coisa Ao Vivo. Um rap bastante bem construído que foi totalmente feito ao vivo, isto apesar de ter um espetáculo de humor de uma hora e pouco preparada. Um rap que valeria apena editar em vídeo e colocar no Youtube, após a conclusão dos espetáculos. A estrutura planeada para o encadeamento dos vários pontos do espetáculo foi toda bem feita, apesar do momento final das escolhas das piadas já ter sido menos forte, mas, muito devido ao público já não estar tão fresco ou já estar a pensar no que iria acontecer posteriormente. E acabou com um novo rap, mostrando, mais uma vez, as suas influências da Buraca.

No geral foi um excelente espetáculo, bastante original, diferente do habitual, já que foram também ‘testadas’ algumas piadas, no sentido em que foi medida a reacção a algumas das piadas que o humorista fez ou iria fazer posteriormente. Houve igualmente momentos musicais, já referidos e ainda, um momento de consultório amoroso/sexual com o Doutor G.

Guilherme estás de parabéns!