Um coração, que murmura o teu nome de saudade

Escrevo para ti, por, em suma, numa perspectiva puramente filosófica de ser mais fácil eternizar o que sinto e não sendo de todo uma calenda grega. É difícil, Muito difícil. Mas, se não fosse difícil, escreveria para ti, creio que não. Gostava de te ver sorrir todos os dias, perceber no teu olhar que a vida é isso mesmo, vida, vida no teu olhar que, tudo diz sem nada dizer por tudo dizer quando nos teus olhos percebo o que significa viver. Querer acordar para mais um dia poder almejar, perceber. Mas, cada palavra dita ou subentendida silencia o tempo e a distância. Sendo, a poesia como a vida em si, não o que nós queremos, mas sim, o que conseguimos fazer com o que a própria nos proporciona. Pelo que, por vezes, a simples existência de alguém transmite-nos algo tão especial, quando, nada mais belo existe que a tua essência contemplando o mais lidimo momento de tão deleitoso olhar. Sendo, belo, muito belo.

Os Poetas dizem que, a escrita tem de ser melodiosa para ser eternizado na memória de quem lê. Em que, a luz da lua cheia numa noite escura muito escura do mais tenebroso inverno, faz sonhar, tanto quanto fazes sonhar por cada vez que em ti penso. Escrevendo-se mil vezes não por, por vezes a palavra não, ser a palavra que melhor reflecte a liberdade e o respeito mútuo. Lamentavelmente, alguns não compreendem o conceito de tão lidíssima palavra de três letras apenas. Será por tanto querer as veredas corrompidas que, brotam uma vida simples na finidade do tempo infinito de saudade. Saudade, palavra essa intraduzível que só a nossa pátria de seu nome Língua Portuguesa possui e refletida no oceano de lágrimas que nos une enquanto pátria.

No fundo, posso dissecar a mensagem de Fernando Pessoa. Em que, fala de um Quinto Império, sendo esse Império, o Português. Império esse, que seria espiritual, cultural e intelectual. Porque na concepção de Fernando Pessoa a Europa, seria uma Mulher e Portugal, obviamente, o Cérebro dessa Mulher. Pois, a Mulher é vista como muito mais ligada à beleza, natureza, espiritualidade, intelectualidade ou à arte. Podendo ou não compulsivamente ler todos os aforismos de Nietzsche que, nenhum terá a tua lidima beleza. E, se não te conseguir transmitir o que verdadeiramente sinto, tudo, mesmo tudo, se tornará secundário como tudo é, depois de um beijo de quem se ama. Em suma, tenho medo. Medo, de não poder demonstrar e dizer o quanto Eu Gosto de Ti. Emocionalmente Falando, Prendeste-me para Todo o Sempre.