A E3 (Electronic Entertainment Expo) realizada em Los Angeles é todos os anos a Meca da Industria Videojogos. Várias empresas se juntam para mostrar as novidades quer em termos de novos títulos quer em termos de hardware. Há um pouco de tudo mas para um gamer e vários jogos se destacam, mais do que por vezes a carteira ou o bom-senso o permite. Nesta cronica vou apresentar 10 videojogos que se destacaram ou chamaram a atenção, pondo de parte remakes e videojogos ainda em kickstarter. Relembro ainda que esta escolha é sujeita a discussão e que esta pequena lista é apenas uma fracção da enorme qualidade dos jogos apresentados no evento. Os jogos apresentados nesta lista não são obrigatoriamente títulos em estreia podendo já ter sido apresentados em edições passadas, o que interessa é que tenham sido alvo de desenvolvimento e ainda não tenham sido lançados.
10. For Honor (PC, PS4, Xbox One)
Cavaleiros Medievais, Vikings e Samurais! Sim, é uma salada cultural e militar muito grande à qual já estamos habituados especialmente através do contacto com Chivalry Deadliest Warrior. No entanto, For Honor, desenvolvido pela Ubisoft Montreal, parece prometer uma experiência multiplayer e uma jogabilidade nova e muito mais táctica no um para um. Os gráficos parecem excelentes, a interface convidativa e a luta gratificante e sangrenta. De resto parece um jogo online normal de conquista de pontos estratégicos no mapa com cercos a castelos e por isso mesmo deixa algumas reticências. Os 5 minutos de gameplay apresentados na E3 podem ser vistos aqui, onde podem tirar as vossas conclusões.
9. Deus Ex. Mankind Divided (PC, PS4, Xbox One)
Deus Ex é considerada uma das grandes franchises com raízes no ano de 2000. Muitos títulos foram feitos nesta saga de cyberpunk mas nunca nenhum parece ter chegado perto do primeiro capitulo da saga. Deus Ex: Human Revolution (2011) foi sem duvida um novo começo para uma nova geração de jogadores mas Mankind Divided promete novos gadgets e novas formas de acabar com os inimigos silenciosamente com uma interface familiar, um sistema de stealth sempre gratificante e gráficos fabulosos. O gameplay apresentado na E3 pode ser visto aqui.
8. Mirror’s Edge: Catalyst (PC, PS4, Xbox One)
Faith Connors vai estar de volta, desta vez com um mundo aberto para explorar. Com mecânicas familiares e um sistema que permite parkour e que abre caminho à originalidade do jogador em ultrapassar obstáculos. Embora muito pouco ainda tenha sido mostrado a sua apresentação contou com alguma concept art, algum background em termos de história e algum gameplay.
7. Horizon: Zero Dawn (PS4)
A combinação entre o pré-histórico e o tecnológico pode parecer estranha mas no fim das contas os gráficos e a pequena amostra de gameplay fazem prever um jogo interessante num mundo que tenta casar dois conceitos dispares com criaturas originais (umas mais mecânicas do que outras). Se esta estranha combinação vai trazer frutos é ainda uma incógnita mas a originalidade é, sem duvida, um ponto forte contando com um factor que marcou alguns jogos desta E3 2015: uma protagonista feminina.
6. XCOM 2 (PC)
A franchise de XCOM é antiga mas o recente remake e a sua expansão tornou a saga num sucesso, com um grande foco nas tácticas de combate e na importância de não cometer erros pois pode ter consequências catastróficas para a equipa e para o planeta no geral. Combater aliens pode ser divertido mas também dificil num jogo onde tudo deve ser calculado ao milímetro, inclusive no desenvolvimento de tecnologia e dos melhoramentos da base militar. Pelo que a demonstração da E3 deu a conhecer muitas das dinâmicas, algumas mantém-se inalteradas, mas quando algo resulta para quê mudar?
5. Dark Souls 3 (PC, PS4, Xbox One)
Não há gameplay mas há cinematic. O que se espera de Dark Souls 3? A mesma vontade de destruir o comando (ou o teclado que dificulta a demanda três mil vezes) depois de morrer 300 vezes no mesmo inimigo fraco mas bem posicionado. Para quem gosta de ser desafiado ao limite, e morto ao primeiro hit, a saga de Dark Souls é a indicada. Para quem não gosta ou tem nervos de palha é melhor manter-se afastado porque tudo, literalmente TUDO, vai querer prestar contas com o aventureiro! Embora sem gameplay tudo isto é de certeza garantido e esperado, pois de outra forma não seria Dark Souls.
4. Rise of the Tomb Raider (Xbox One)
A heroína mudou muito desde a sua estreia nos já longínquos anos 90. Esta nova reencarnação (que começou em 2013 com Tomb Raider) catapultou de forma certa a protagonista para uma nova geração com mecânicas diferentes em relação ao que celebrizou a personagem no seu inicio, com um combate baseado em muitos dos jogos de terceira pessoa da altura nova geração. Podia ter sido problemático mas Lara Croft recebeu luz verde e Rise of the Tomb Raider pretende continuar o sucesso do antecessor. Embora agora exclusivo da Xbox é de esperar que as garras da companhia vão aos poucos largando a heroína e lhe permitam saltar para outras plataformas. Para isso será preciso esperar pelo menos um ano. Gameplay pode ser visto aqui.
3. Metal Gear Solid V: The Phantom Pain (PC, PS3, PS4, Xbox 360, Xbox One)
Ground Zero deu-nos uma amostra do que Phantom Pain poderia ser e embora com a recente polémica entre Kojima e a Konami a quinta instalação de Metal Gear parece de nada sofrer prometendo mundo aberto e uma grande variedade de maneiras de resolver a mesma situação. Algumas das mecânicas parecem originais ou apenas mais bem aplicadas quando relacionadas com outros jogos e outras sagas. As armas podem ser melhoradas ao gosto do jogador, os companheiros das mais variadas missões podem ser escolhidos de um leque de personagens dependendo da maneira como o jogador quer desenvolver uma certa operação. As possibilidades são muitas e a amostra de gameplay segue a onda do já mostrado da E3 2014 com maior desenvolvimento no sector do micro management da equipa e dos recursos.
2. Star Wars: Battlefront (PC, PS4, Xbox One)
Se há franchise que precisava de ser mostrado a uma nova geração é Star Wars: Battlefront. A ultima instalação remonta ao ano 2005, ou seja, uma década certa de ausência e de alguma saudade. O novo jogo dispensa o numero 3 assumindo-se quase como um reboot. Independentemente disso já promete muito, com multiplayer até 40 jogadores, missões de co-op e conteúdo temático baseado no próximo filme. O que assusta os jogadores é no entanto a politica de DLCs da EA Games e os jogos nem sempre optimizados ao launch, com problemas de conexão e performance. Vamos esperar que Battlefront seja lançado com o pé direito. O gameplay da E3 pode ser visto aqui.
1. Fallout 4 (PC, PS4, Xbox One)
A Bethesda tinha anunciado que iria marcar presença na E3, muitos suspeitavam que seria devido a uma nova instalação de Fallout e aqui está a prova de que não se enganaram. É talvez o jogo mais esperado do ano e por bons motivos. Vai oferecer pelo menos 400 horas de conteúdo, uma nova história e uma politica corajosa que coloca os gráficos em segundo plano em prol do sistema de jogo. É um facto, em termos de modelos de personagens há uma certa sensação de que o jogo esta desactualizado mas ao mesmo tempo é de encorajar a decisão da empresa que se afasta do modelo de prioridades da industria. De resto há uma ambiência nostálgica, com o regresso do Pip-boy e do sistema de V.A.T.S. Sem dúvida um dos grandes candidatos a jogo do ano, resta saber se cumpre as expectativas. Até lá o gameplay promete uma experiência única.
Volto para o próximo mês com mais videojogos…
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